Gustavo Kronig é um nome branding que é conhecido por ser surfista há mais de 50 anos e por fabricar pranchas há mais de quarenta. O que o coloca naquela geração de surfistas que começaram através do esporte formatar a industria do surf no Brasil. O carioca e seu grupo de amigos queriam se livrar daquele paradigma de que todo surfista é cabeludo,vagabundo e maconheiro e conseguiram.
Nessa geração vários surfistas com suas expertises desenvolveram seu jobs ligados ao surf. Kronig foi para as pranchas já que a família era de velejadores e construtores de seus próprios barcos. Quarenta anos na arte de pegar o bloco de poliuretano e dar um shape, uma forma que sustende o surfista e torne aquele surf board ride uma experiência inesquecível e que se ajuste perfeitamente aquele mar.
Todo mar tem seus segredos e o shaper é aquele cara que sabe qual é a melhor prancha para surfar naquela condição. Pois é, Gustavo Kronig conhece todos esses mares e essas ondas, principalmente as grandes, as desafiadoras. Craque e ter uma prancha assinada pelo Kronig é um objeto de arte. Vale colocar na parede. Na Osklen tem alguns pranchões remarkables podem adquirir.
Os engenheiros navais são grandes sonhadores e os surfistas também. Ambos executam Gustavo Kronig tem esse dom. Surfa e dá forma aos sonhos. As estórias são muitas de todos os tipos como a indústria do cinema. Não falta gêneros, comédia, drama, suspense, aventura, amores, traições, vitórias e derrotas. Mas, o importante é o lifestyle não morrer. Hoje, pranchas robóticas teleguiadas por softwares de computadores fazem aquele trabalho mais duro. Mas, o touch of class do mestre tem que ter. Por isso Carlos Burle, o líder dos cascas grossa dos mares gigantes vai de Kronig board.
Conversamos um pouco e quem conhece Gustavo Kronig sabe que ele um grand Chevalier e ficamos amarradão.
- Quando você começou a fazer pranchas foi interesse genuíno?
Foi por uma questão de necessidade, e não ter muitos fabricantes e $$$ para ter uma prancha e também porque os surfistas éramos todos do Colégio Brasileiro de Almeida e na minha turma tinha alguns dos poucos surfistas da época como Pepê, Tico Cavalcante (primeiro a fazer shorts para surfistas no Brasil) Cacau Falcão, Zeca Proença e outros mais velhos como Ricardo Bocão, João Príncipe de Orleans e Bragança, Rico de Souza e poucos outros.
2) Hoje você consegue ver nos jovens o mesmo espírito do soul surfer do que antes?
Sim, sendo que na nossa época não havia muitos campeonatos e muito menos internet para acessar site para ver as condições de ondas
2a) Fala um pouco sobre a amizade dos surfistas e sobre se existia uma rivalidade territorial nas praias do Rio?
Éramos poucos surfistas e todos se conheciam, quando o surf explodiu começou a ter um pouco de bairrismo e com isso em certos lugares começou a ter uma certa rivalidade. Mas os que se sobressaíam não tinha essa porque ele iria surfar em outra área que não fosse a área dele
3) Quando você começou a fazer dinheiro com as pranchas você resolver que era daquilo que queria viver?
Comecei a fazer prancha em 1973 para meus amigos de colégio e em 76 fui à primeira vez no Hawaii aí vi o que era ser um shaper de verdade, voltando fiz o vestibular e comecei a fazer de uma forma para viver rompendo varias barreiras até pela dificuldade de se ter uma fábrica de pranchas de verdade.
4) Você produz pranchas com características especiais. Você pode dizer que sua pranchas são únicas; Como uma obra de arte?
Sim pura obra de arte !!! E cada prancha é única e cada Shaper tem suas características. A minha é muito direcionada para ondas grandes e gigantes e também para onda pequenas
5) Com as proibições de viagens e com a alta do dolar, o surf nas praias brasileiras vão ser mais privilegiados. A consciência de preservação dessas praias está na alma dos novos surfistas?
Surfistas que gosta de buscar ondas melhores sempre irão viajar até porque aqui não tem uma certa constância de ondas de bancadas de coral onde as ondas quebram perfeitas e regularmente. Quanto à preservação das praias, todo Surfer é um fiscal da natureza nato
6) Você considera surf um esporte popular houve varias ações durante os anos que tentaram fazer esse trabalho você acha que deu resultados? E olímpico sem a premiação como será?
Hoje em dia sim e quebrarmos muitas barreiras, pois quando comecei era bem marginalizado fiz parte do desenvolvimento do esporte no Brasil tanto a nível de $$$ e de imagem pois surf faz bem à saúde e a mente e após as olimpíadas vamos viver a era da massificação do Surf !!!! E se competirá por medalhas e não por $$$
7) Com a pandemia os campeonatos seletivos e os mundiais estão parados. O que você sabe sobre isso há alguma novidade?
Estamos esperando a decisão da WSL e das olimpíadas, por enquanto tudo parado
8) Você faz pranchas para meninas .Existe um interesse crescente por parte delas em surfarem? Você conhece alguma mulher que faz shape de pranchas?
Muitas mulheres estão indo para dentro d’água pelo bem estar e prazer de se equilibrar em cima de uma prancha. No Brasil não conheço até pelo trabalho árduo poeirento é pesado que é sheipar pranchas, uma vez na Califórnia conheci uma que se dedica e ser uma Shaper e faz boas pranchas
9)Você se considera um arquitetos das pranchas?
Sim, mais para um engenheiro naval !!!
10) O surf no Brasil não conhecido por ondas grandes, porém a lugares clássicos? Onde você acha que tem as melhores ondas no Brasil?
Sem duvida Saquarema (nosso Maracanã do Surf) e Santa Catarina e um pedaço da Costa da Bahia
11) Dos surfistas de hoje quais você gosta? O Rio é um celeiro de bons surfistas mas ultimamente não tem tido nem um nome que destaque internacional? Qual é o problema?
Gosto muito do Gabriel Sodré , Erik de Souza (filho do Rico) e Lucas Chumbo nosso campeão de ondas gigantes e Matheus Herdy que é carioca e se mudou para Santa Catarina
O problema é a falta de investimento, (falta de incentivo para o esporte) e a política atual que envolve o esporte