A poetisa americana Louise Glück ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2020. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (8) pela Academia Sueca. O júri escolheu Glück “por sua voz poética inconfundível que, com beleza austera, faz universal a existência individual”.
Décima sexta mulher a receber o Nobel de Literatura, Louise nasceu em Nova York em 1943 e estreou na poesia em 1968 com o livro Firstborn. Com a obra The wild Iris, levou o Pulitzer em 1993 e seu livro mais recente, Faithful and virtuous night, de 2014, venceu o National Book Award. Ao todo, Glück publicou 12 coleções de poesia e alguns ensaios sobre o assunto. Em 2016, a poeta também recebeu a National Humanities Medal do então presidente dos EUA, Barack Obama.
Este ano, o prêmio para cada um dos ganhadores do Nobel é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões). Glück sucede o austríaco Peter Handke, escolhido no ano passado junto com a polonesa Olga Tokarczuk. Em 2018, a Academia Sueca resolveu suspender a entrega do prêmio por conta de uma polêmica envolvendo um dos membros do júri.
O presidente do comitê do prêmio Nobel, Anders Olsson, saudou a voz “sincera e intransigente” de Glück, que é “cheia de humor e sagacidade mordaz”. Suas 12 coleções de poesia, incluindo seu mais recente Faithful and Virtuous Night, o vencedor do Pulitzer The Wild Iris e o “magistral” Averno, são “caracterizadas por uma busca pela clareza”, acrescentou ele, comparando-a a Emily Dickinson com ela “Severidade e falta de vontade de aceitar princípios simples de fé”.