Geneton Moraes Neto recebeu homenagem terça-feira (10/03) na Livraria da Travessa, com o lançamento de “Geneton: viver de ver o verde mar”, livro que conta sua trajetória de vida, desde a época em que, com apenas quatorze anos, foi colunista do suplemento infantil do Diário de Pernambuco.
Os autores do livro, o casal Ana Farache e Paulo Cunha, são amigos de Geneton desde essa época. Estudaram jornalismo juntos, na PUC de Recife e formaram um ruidoso movimento de resistência ao governo militar, produzindo filmes de Super-8 que reuniam multidões quando exibidos em bares, teatros ou nos pilotis da universidade.
A popularidade de Geneton na capital pernambucana acabou resultando num convite para trabalhar na Globo Nordeste. Depois foi transferido para o Rio onde trabalhou no Jornal Nacional e no Fantástico, até ser promovido a editor da Globo News.
Em julho de 2016 o jornalista foi levado ao hospital para tratar de um aneurisma da aorta e acabou morrendo de complicações da enfermidade. Seu último grande trabalho foi lançado no Festival do Rio do ano anterior, o documentário Cordilheiras no Mar: a Fúria do Fogo Bárbaro, que trata da polêmica provocada pelo cineasta Glauber Rocha quando decidiu apoiar o projeto de abertura política do governo militar. Um filme que diverte e educa, ao tratar de um curioso episódio da cultura brasileira.
Fotos Waldir Leite
