O ator Pablo Morais tem 27 anos e o tempo trabalha ao seu lado. Não parece nem mais velho e nem mais novo. Autêntico e real, sim ele é digital também. Faz rap e TV e diz para seus seguidores: – vocês falam sacanagem demais. Pablo é aquariano. Ele mergulha profundo no mundo da arte e a arte é a sua prisão. Estuda diariamente e anda sobra tempo para dar uma banda de skate, fazer um desfile, posar para fotos e namorar.
Incrivelmente bonito Pablo luta para que a beleza não o atrapalhe ao contrário através dela ele mostra o lado feio do mundo também. Modelou em Nova York, conquistou os melhores fotógrafos e o depois sempre ficou sua cabeça. Quando muitos modelos querem o casar ter filhos e voltar para sua cidade natal. Pablo queria mais. Era a arte que pulsa nos seu sangue e o que inquieta que sempre o perseguiu.
Fizemos umas perguntas para Pablo Morais e ele prontamente respondeu. Caráter curioso e extremamente educado. Ele mostrou um pouco seus pensamentos e projetos para o pós- quarentena.
Como foi a sua escolha para o personagem Ninrode de Torre de Babel, a próxima novela bíblica da Record TV e você podem contar um pouco sobre o personagem?
Oi Zé, então resolvi começar pelo físico, como Ninrode é um líder em uma época onde a força era símbolo de sobrevivência comecei a malhar pra crescer um pouco. Meu corpo é definido desde os 16 anos quando entrei para o remo no Vasco da Gama, na Lagoa no Rio de Janeiro. Mas, sou magro com definições. Para Ninrode foquei num treino pra crescer meu físico. Depois fui guiado pelas características do arquétipo de Ninrode, aí só foi eu mergulhar na história dele e na troca com colegas de trabalho em cena que veio outras camadas desse guerreiro. Com a junção disso a magia da construção de um personagem acontece, isso é inexplicável.
Você já trabalhou com o diretor Edgar Miranda? É diferente a relação de trabalho com a equipe da Record?
Não. É a primeira vez que trabalho com Edgar. Ele é profissional e humano trabalhando, tenho aprendido muito com ele. Edgar sabe conduzir muito bem o set de filmagem, e isso eu admiro.
Um dos mentores de Pablo Morais é o autor de novelas João Emanuel Carneiro e vejam o que ele escreveu sobre ele: Pablo é um ator sensível e talentoso. Faz composição sem perder a verdade cênica.
“Sempre trabalhei com diversas equipes em diferentes tipos de trabalho que faço, seja no teatro, na moda, no cinema, na TV ou na música, gosto de me relacionar com todos da equipe, com a técnica e diretores, gosto de ouvir meu produtor musical falando das minhas músicas, gosto de ser dirigido no teatro, gosto dessa troca com equipe. Acredito que um trabalho bem realizado vem da harmonia que a equipe gera. E também como as equipes são montadas por trabalhos e esses profissionais da técnica são na maioria freelances acabo encontrando amigos de trabalhos antigos, e isso fortalece muito no dia a dia. São laços que crio com profissionais e isso engrandece minha arte”, conta Pablo.
Você tem uma carreira também como cantor e compositor como está esse seu outro talento?
Sim. Eu componho desde os meus 17 anos. Toco violão, guitarra, piano e arranho um violino. Aos 20 anos fui estudar música na Lincoln Center, em Nova York e lá trabalhei com o produtor musical Venus Brown ( produtor do Black Eye Piece, Nikka Costa) e gravei com Seu Jorge a musica : A bola não cai.
Nunca parei de compor, gravar e fazer shows. Adoro viajar o Brasil com minha música. Por esse amor e essa vontade de criar música acabei construindo um estúdio em minha casa. Todo equipado e preparado pra eu poder fazer o que eu quiser de minha música. Faço minhas mixagens e masterizações em casa mesmo.
Nesse exato momento estou terminado de masterizar o meu primeiro álbum: ROCK SANTO. Já tive banda de rock maracatu, já participei de bancas de Rap e poesia.
Agora me juntei com Korsian Dubs, um amigo e produtor de dubstep, estamos a 11 meses estudando, criando e produzindo o álbum totalmente independente e autoral, letras, arranjos e melodias. Gosto de fazer músicas experimentais e que trazem histórias de superações e amores, alegrias e dores, e falo muito da onde eu vim, Goiânia e de um estilo de vida regional e uma visão de mudo da perspectiva de um jovem artista na era do Brasil pegando fogo.
Você pensa em fazer teatro ou cinema?
Sim! Adoro os 2! Antes do Corona Vírus ia estrear dia 3 de abril o filme : “De perto ela não é normal”, de Susana Pires que tive a honra de fazer parte do elenco. Eu fiz a novela Sol Nascente que Suzana escreveu e depois veio o convite pra participar do filme. Faço o namorado de Tia Suely, personagem hilário de Suzana. Adorei fazer comédia. Na novela Segundo Sol, antes de meu personagem Tomé começar a namorar Lauretta, que foi interpretada pela magnífica Adriana Esteves, eu gravava com o núcleo de humor da novela. Contracenava com Talita Carauta e Luiz Lobianco e aprendi muito com esses dois geniais atores.
Ano passado estreei o longa “Happy Hour” do diretor Eduardo Albergaria, com o ator argentino Pablo Encherri, Letícia Sabatela, Chico Diaz, com quem tive a honra de trabalhar na novela Velho Chico. Fiz o Bandido Aranha, um personagem de muita ação e movimento e agora estava em processo pra começar a filmar o filme sobre a Vida do – Sidney Magal, que conta a história de amor entre ele e Magali… linda história que se passa na Bahia e será dirigida por Paulo Machline, mas com a pandemia adiaram as filmagens . O cinema tem um lado muito importante e especial na minha vida, quero cada vez mais me aprofundar nesse universo. Teatro, eu fiz uma peça chamada Os sete pecados capitais e depois não fiz mais.
Tenho 27 anos e emendei uma novela na outra (Subúrbia, Sangue Bom, Velho Chico, Sol Nascente, Malhação e Segundo Sol) e acabei não me dedicando ao teatro. Tenho um projeto com o diretor Thadeu Vivas, “Entre uma Balada e o Blues” e deve sair em algum momento. To louco pra fazer essa peça.
Você gosta das novas mídias tem vontade de aturar em séries em youtube, instagram?
Gosto muito, penso em trazer toda a globalização à internet para a minha arte, usar como ferramenta de informação, cultual, espiritual, humana, social, tudo que eu puder passar das minhas experiências pra aflorar a arte e sensibilidade para a evolução das pessoas, vou fazer tudo.
Tenho fome de aprendizado de arte!
Vejo tudo como um grande aprendizado e uso também essas novas mídias pra chegar perto das pessoas que gostam do meu trabalho!
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