O mais tradicional salão de arte de São Paulo abre o calendário anual de exposições da cidade com mostras simultâneas nas galerias Lona e Zipper.
A 12ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria, promovido pelo impresso e portal Mapa das Artes (www.mapadasartes.com.br), realiza duas exposições simultâneas com obras dos 10 artistas selecionados. A abertura das exposições acontece em 14/01/2021, na Lona Galeria de Arte, e 16/01/2021, na Zipper Galeria. As duas mostras ficam em cartaz até 20/02/2021.
Participam da 12a edição do Salão dos Artistas Sem Galeria os artistas: Ana Andreiolo (RJ), André Bergamin (RS), Evandro Angerami (SP), Laura Villarosa (Itália/RJ), Leonardo Luz (RJ), Marc do Nascimento (SP), Mateus Moreira (MG), Paloma Mecozzi (SP), Rafaela Foz (SP) e Thiago Fonseca (RJ/MA). Os dez artistas foram selecionados entre as 375 inscrições recebidas de maneira mista, via online ou pelo envio de portfólio impresso, pelo júri formado por Jurandy Valença (jornalista, curador independente, produtor cultural e poeta), Julie Dumont (curadora independente e criadora do projeto The Bridge Project) e Fernando Oliva (curador do MASP). Os dez artistas participam de duas mostras coletivas simultâneas em São Paulo, nas galerias paulistanas Lona e Zipper, a partir de janeiro de 2021. A mostra dos artistas selecionados reúne obras em diferentes técnicas e formatos, como pinturas, esculturas, assemblages, colagens e fotografias.
O Salão dos Artistas Sem Galeria tem como objetivo avaliar, exibir, documentar e divulgar a produção de artistas plásticos que não tenham contratos verbais ou formais (representação) com qualquer galeria de arte na cidade de São Paulo. O Salão tradicionalmente abre o calendário de artes em São Paulo e é uma porta de entrada para os artistas selecionados no mundo das artes.
Inúmeros artistas que hoje são representados por galerias nacionais e internacionais passaram pelo Salão dos Artistas Sem Galeria, que além de apresentar esses artistas para um público maior traça um painel do que está acontecendo no momento no mundo da arte contemporânea nacional. Entre eles Angela OD, Andrey Zignnatto, Daniel Jablowski, Stella Margarita entre outros
Conta um pouco sobre a sua trajetória profissional
Eu me profissionalizei pintando tecidos e durante muitos anos trabalhei na moda . Paralelamente , sempre que podia , frequentava cursos de arte .Tive a sorte de conhecer e ser aluna do Zé Maria Dias da Cruz quando morava em Miguel Pereira, época em que pude me aprofundar bastante na questão da cor . A partir daí comecei a me arriscar em alguns trabalhos e a participar de exposições coletivas . Em 2017 participei do programa Imersões Poéticas no Paço Imperial onde o trabalho se desenvolveu e em seguida continuei com o acompanhamento “Poéticas em processo” com o Efrain Almeida e comecei a pesquisa que continuo a aprofundar até hoje . No ultimo ano tive minha primeira exposição individual na DotArt em BH e , apesar da pandemia , 2020 foi um ano de muitas conquistas profissionais.
Onde você busca suas inspirações?
A inspiração está em todos os lugares , somos provocados o tempo todo. Tudo está aí , já foi pensado e se transforma sem parar . Procuro “ligar os pontos” à minha maneira. Misturar técnicas aparentemente incompatíveis como um processo e um caminho. Acredito na simplicidade improvável das coisas .
Estar atenta. Treinar o olhar e estudar artistas do passado e do presente procurar saber onde me encaixo e qual pode ser minha contribuição para a construção do mundo do futuro são os lugares onde encontro minhas inspirações.
Dentro do seu processo criativo quais sãos suas pesquisas?
Minha pesquisa é sobre paisagem, que é uma das três categorias da pintura clássica junto com o retrato e a natureza morta. Quanto mais estudo mais me interesso , é uma linguagem completa , pela paisagem pode-se falar sobre tudo.
E como falar de paisagem no mundo contemporâneo ? É um assunto esgotado ou é justamente agora que precisamos falar mais ? Esses são alguns questionamentos. Se o homem significa a natureza pela cultura e é isso que está em crise e é por esse lugar que a transformação deveria começar, pelo respeito ao mundo que nos acolher .Esse é o motivo pelo qual acredito que seja tão importante re-olhar em torno , começar pelo básico, pelas primeiras coisas com as quais nos relacionamos, pela natureza, por onde a gente está.