Ao longo de décadas os sinos do século XVIII, XIX e XX tocavam na capital baiana todos os dias. Com o passar do tempo a tradição foi rareando até o surgimento do projeto que está devolvendo o toque dos sinos nas igrejas da Bahia.
O projeto de resgate do Toque dos Sinos nasceu em 2019 e foi idealizado pelo Secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco. Nos próximos meses mais igrejas serão beneficiadas ampliando a atuação para interior baiano. Além das igrejas beneficiadas no Centro Histórico de Salvador, a Igreja de São João Batista, em Trancoso, também foi contemplada.
A missa solene foi celebrada pelo Arcebispo Primaz do Brasil Dom Sérgio da Rocha. A Igreja da Conceição da Praia foi apadrinhada pelos empresários benfeitores Antônio Andrade Júnior, Jorge Simões e Jorge Goldenstein. Cada uma das reativações, desde 2019, contou com o apoio da iniciativa privada, em uma parceria que só trouxe a valorização da história e da rica cultura baiana, pontuou o Secretário Fausto Franco na solenidade.
Fotos Fred Pontes
Também participaram da cerimônia o vice-governador da Bahia João Leão, que abrilhantou a manhã, junto com os deputados Rosemberg, Eduardo Salles, José Rocha, secretários estaduais Nelson Pelegrino, Arany Santana, Jeronimo Rodrigues, comandantes das forças armadas, representantes das instituições: IPAC BA, Fecomércio, Sebrae, FIEB, Senac, Codeba, Abav, Abih e Ademi. O empresário e benfeitor Joaci Goes, o presidente do Club Med na América Latina Janyck Daudet, o historiador e coordenador do projeto dos sinos Rafael Dantas, a juíza da irmandade responsável pela Igreja Marília Gabriela e apoiadores do projeto.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia foi uma das primeiras igrejas de Salvador. A atual construção foi iniciada na primeira metade do século XVIII. Antes existiram outras construções, a mais antiga construída na época do Governador Geral Tomé de Souza em 1549, na região da Praia. Os 16 sinos das duas torres foram instalado a partir do século XVIII, lembra o historiador Rafael Dantas. Ao longo de séculos o toque dos sinos alertou a capital baiana em cerimônias políticas, religiosas, incêndios, falecimentos e chegadas de personagens ilustres.