A artista plástica Mariannita Luzzati expõe suas mais recentes pinturas na Cassia Bomeny Galeria, em Ipanema. A exposição em cartaz ” Full Monn” desde o dia 06 de setembro e até 05 de novembro. A curadoria é Paula Neale-Terra e é uma oportunidade de vislumbrar o talento de Mariannita Luzzati.
A pintora nascida em São Paulo, hoje mora e trabalha em Londres, e está presente em importante coleções públicas e particulares.
Mariannita Luzzati respondeu por email algumas perguntas que traçam um perfil dessa importante artista.
1) Quando você começou a pintar?
Na minha memória desde a infância eu passava longas horas desenhando e pintando. Era onde eu gostava de estar.
2) Sua educação familiar a levou até as artes?
Meu pai era advogado e minha mãe trabalhou em várias frentes mas nenhuma ligada as artes. Pelo fato de os dois serem italianos com uma forte educação cultural, a cultura sempre fez parte de nossas vidas.
3) Qual a importância da cor na sua obra? Como você escolhe o seu colorido?
A cor na minha obra é um acidente, eu não a procuro. Ela chega ao meu trabalho aos poucos com a construção e o desenvolvimento da pintura.
4) As paisagens são uma escolha natural para você ou é um exercício para suas formas?
As paisagens são uma escolha ligada a natureza que é meu grande interesse na vida.
5) Sua pintura é contemplativa, você tem esse tempo interior para o seu processo?
Eu tenho e busco esse tempo interior, que é algo fundamental para o meu trabalho e para a minha vida.
6) Morar em Londres afetou ou modificou o seu processo de pintar?
Eu acredito que a principal mudança, quando passei a viver em Londres, foi perceber melhor o Brasil e a importância da sua natureza.
7) Como foi o processo de pintar na pandemia?
Estava no Brasil no início da pandemia e não pude voltar para a Inglaterra. Passei a maior parte do tempo na Serra da Mantiqueira e isso foi um respiro para o meu trabalho. Muitas mudanças ocorreram em virtude de eu estar em meio a natureza. Especialmente na questão cromática.
8) Quais são seus planos para 2022?
Este ano, além da exposição ” Full Moon” que inauguro hoje na Galeria Cassia Bomeny no Rio de Janeiro, em outubro abrirei uma exposição individual retrospectiva no Instituto Figueiredo Ferraz em Ribeirão Preto que terá duração de 6 meses.
Com a pandemia presente os planos mudam a cada mês e exposições que deveriam ter acontecido há um ano, acontecem agora.
Difícil fazer planos…
9) Como hoje são feitas suas escolhas no seu trabalhos, o fazer, a pesquisa a investigação da matéria?
As minhas escolhas temáticas acontecem de acordo com os meus interesses em cada período. São projetos que surgem a partir de alguma observação que me desperta.