O Museu Janete Costa de Arte Popular abre ao público, no dia 16 de junho, quarta-feira, a partir das 11h, a exposição “Tudo que move é sagrado”, que apresenta sessenta obras de trinta artistas brasileiros, com técnicas diversas. A curadoria é assinada por Jorge Mendes.
Nas peças, recursos manuais, manivelas, motores e vento evidenciam a dinâmica do movimento, justificando o nome da mostra, que é dividida em cinco setores integrados no andar térreo do Museu.
“É com enorme emoção que iremos inaugurar esta nova exposição, que, mais uma vez, tem como pano de fundo um tema bem atual que dialoga com este momento tão delicado que estamos vivendo: a dificuldade de nos mover e respirar. A exposição está lúdica e colorida e isso se torna um convite também para as crianças virem nos visitar. Para que todos se sintam seguros, o Museu está respeitando todos os protocolos sanitários contra a Covid-19”, explica Daniela Magalhães, Diretora do Museu Janete Costa de Arte Popular.
Logo na entrada, o público vai poder ver um barco do mestre Fida, seguido de uma grande escultura de sinaleiro confeccionada pelo mestre Laurentino Rosa dos Santos, referência na arte popular brasileira. Em seguida, cinco cataventos com temáticas diversas e elaborados pelos mestres Zezinho de Arapiraca, Lampião, Zé de China, Kito Catavento e Darci de Resende.
No setor 2, são expostas quinze obras, entre brinquedos e esculturas, feitas por artistas diferentes, onde são utilizados recursos variados, com o intuito de proporcionar movimento e vida aos trabalhos.
O setor seguinte, intitulado ‘Mestre do movimento’, faz uma homenagem ao artista e ceramista de Niterói, Adalton Fernandes, falecido em 2006, e considerado um dos grandes mestres nesse tipo de trabalho. Suas obras pertencem a coleções particulares e se encontram em vários museus. As cenas criadas por esse inventivo escultor são dotadas de movimento e retratam a vida urbana: festas e atividades do povo.
Seguindo o percurso, o visitante vai se deparar com ‘Dança dos ventos’, homenageando Iansã.
Por fim, tem o ‘Teatro de mamulengo’, com a instalação de seis pequenas barracas, inspiradas no formato utilizado no município de Glória do Goita, em Pernambuco, onde estão presentes os trabalhos dos mestres Miro Solon, Saúba, Tonho, Titinha, Bel e Bila.
“Em momento tão difícil na história da humanidade, quando as dificuldades de nos mover e respirar nos fazem refletir sobre os valores da vida, a arte inspira e traz esperança em dias melhores”, finaliza o curador.
No dia da abertura, o público poderá assistir, somente via facebook e instagram @museujanetecosta, a uma apresentação da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói, às 18h, gravada anteriormente no espaço expositivo. Trata-se de uma ação integrada com o Museu Janete Costa e propõe novas percepções para a exposição “Tudo que move é sagrado”. Uma experiência plural capaz de despertar reflexões através dos corpos de diferentes bailarinos.
Fotos Paulo Ribeiro