Depois de quase dois anos fechada devido à pandemia, será reaberta neste sábado, dia 4 de dezembro, a exposição da artista Patrizia D’Angello, na Galeria do Lago, no Museu da República. Rebatizada de “Jardim do Éden 1.2”, a exposição, que tem curadoria de Isabel Portella, será ampliada, com novas obras, que foram produzidas durante o período de isolamento, ganhando um novo significado. “A exposição reabre impactada pelo tempo passado”, afirma a artista, que lançará, no dia da abertura, o catálogo da primeira versão da mostra. Das 25 pinturas que integravam a exposição original, 15 permanecem e outras 13 foram acrescidas, totalizando 28 obras. Os novos trabalhos foram produzidos no ateliê que a artista tem em casa e retratam a natureza.
“Durante a quarentena, confinada em um apartamento super urbano, totalmente apartada do ar, da água, do mato, do céu e do sol, retomei uma série de pinturas já iniciada de lagos e vegetação de cores fluidas, lisérgicas e tempo suspenso, uma espécie de vertigem necessária onde é possível ver discos voadores flutuando na água e nenúfares no céu, um salvo conduto para se passar os dias monocórdicos de um eterno presente sem sucumbir à loucura”, conta a artista.
Agora, neste sábado, a 10 dias de completar 2 anos da 1ª abertura, a exposição reabre outra, com nova montagem e novos trabalhos, perpassada por esse tempo estranho, suspenso, mas que se faz presente na percepção de que eu também sou outra”, conclui a artista Patrizia D`Angello.