No último sábado á tarde (21/05) no frio intenso de Petrópolis aconteceu a abertura da exposição “O Olhar Germânico na Gênese do Brasil Coleção Geyer – Museu Imperial“.
Em 1999, o casal Maria Cecília [1922–2014] e Paulo Geyer [1921–2004] doou ao Museu Imperial, em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, sua coleção de arte e a casa que a abriga, no bairro carioca do Cosme Velho. Em 2014, a Coleção Geyer foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tornando-se Patrimônio Cultural do Brasil. O conjunto era considerado a maior brasiliana em mãos particulares do país.
A partir desta coleção preciosa de 4.255 pinturas, gravuras, desenhos, mapas, livros de viagem e objetos, os curadores Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial, e o historiador de arte Rafael Cardoso selecionaram 200 obras, para reconstituir parte da contribuição germânica [alemães, austríacos e suíços] à formação cultural do Brasil do século XIX, completada por peças do acervo do Museu Imperial e itens emprestados da coleção particular de Flávia e Frank Abubakir.
Nasceu, assim, a mostra O Olhar Germânico na Gênese do Brasil, em cartaz a partir de sábado, 21 de maio de 2022 [para convidados], às 19h, no Museu Imperial, sob patrocínio da Unipar, através da Lei de Incentivo à Cultura.
“Ao contrário do que preconiza o senso comum, que costuma enfatizar a relação com a França, a participação de artistas de língua alemã foi intensa e constante ao longo do século XIX. A exposição recupera o legado desses artistas através das obras de Thomas Ender, J.M. Rugendas, barão de Löwenstern, Ferdinand Pettrich, Augusto Müller, Friedrich Hagedorn, Eduard Hildebrandt, Franz Keller, Ernst Papf, Emil Bauch, entre outros, oferecendo uma visão nova e vibrante do Brasil numa época formativa para a ideia da nacionalidade”, declara a curadoria.
Fotos Marco Rodrigues