Ontem foi noite de abertura do calendário anual de exposições da Portas Vilaseca Galeria com a coletiva “Fissura”, que reúne 30 obras, entre pinturas e desenhos, de 11 artistas contemporâneos, 3 deles representados pela galeria – Gabriel Secchin, Julia Debasse e Raquel Nava; e 8 artistas convidados – Alvaro Seixas, Andrew Silva, Bel Petri, Joana Uchôa, Larissa Cardoso, Sylvana Lobo, Tainan Cabral e Victor Mattina.
As obras selecionadas de alguma forma induzem ao título da exposição. Fissura, entre outras coisas, remete a um desejo pictórico carnal, bestial, algo que reverbera nesse calor do verão. Também remete ao vício, a uma ansiedade de consumir imagens, a um desejo insaciável de olhar. Sob outra perspectiva, fissura é fresta, separando quem faz do que faz, uma ambivalência entre um e outro diluída junto com a tinta em múltiplas existências.
Em comum, as pinturas e desenhos são atravessados pela figuração, que ora se apresenta dissolvida ou evaporada em uma psicodelia particular, ora resiste cristalizada em paisagens fictícias. “Fissura” fica em cartaz até 19 de fevereiro e a visitação (respeitando todos os protocolos da OMS) acontece de terça a sexta, das 11 às 19h; e aos sábados, das 11 às 17h. Entrada gratuita.