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Amanhã, sábado (14/05) a partir das 15h, dentro e fora da galeria ATHENA estarão reunidas cerca de 35 obras entre pinturas, esculturas, fotografias, vídeos e arte sonora, de 20 artistas brasileiros de diferentes gerações: Angelo de Aquino (1945-2007), Anis Yaguar & Sumé Yina, Aoruaura, Antonio Dias (1944-2018), Bruno Brito, Bruno Ferreira, Darks Miranda, Desali, Diambe da Silva, Dora Smék, Frederico Filippi, Ilê Sartuzi, Janaina Wagner, José Antonio da Silva (1909-1996), Luiz Alphonsus, Rafael Alonso, Renan Teles, Vanderlei Lopes e Zé Tepedino.

O título da mostra foi tomado emprestado da obra prima do antropólogo Lévi-Strauss, publicada no ano de 1964. O Cru e o Cozido reúne mitos que falam da passagem da natureza à cultura, do contínuo ao descontínuo, e revelam uma lógica nada arbitrária de ver e pensar o mundo, que se expressa por categorias empíricas como cru, cozido, podre, queimado, silêncio, barulho. A exposição coletiva traz essa temática como mote inicial, em uma reflexão sobre as negociações entre natureza e cultura a partir dos recursos da linguagem e da ficção, relacionando
obras mais históricas com trabalhos das novas gerações.

“Tem me interessado, nas pesquisas recentes, observar, junto aos artistas, como o presente soa delirante: não sobrou acordo algum a respeito de fatos sociais básicos, os parâmetros de leitura do real caducaram ou tornaram-se descontínuos e episódicos, e o pacto democrático parece cada vez mais longínquo. Por outro lado, o acentuamento do caráter ficcional da realidade também tem nos permitido produzir sentidos desviantes aos modelos vigentes. É a imaginação, afinal, que expande os horizontes negociáveis do possível e se afirma enquanto prática social essencial para a construção de identidades coletivas, afirmando-se enquanto operação fundamentalmente política.”- diz a curadora Pollyana Quintella.

Fotos Divulgação

Bruno Brito

 

Frederico Filippi

 

Janaina Wagner