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A partir do Dia Internacional de Museus, 18 de maio, a exposição “Rio 1922” irá conduzir o público à cidade do Rio de Janeiro de 100 anos atrás, quando foi criado o Museu Histórico Nacional como uma das atrações da Exposição Internacional do Centenário da Independência.

Resultado de uma curadoria colaborativa, a mostra apresenta aspectos da então capital da República em um ano-chave para a história brasileira. Reunindo cerca de 100 itens do acervo do MHN, entre Pinturas, fotografias, objetos, itens de numismática, vestuário e mobiliário de época, buscam dar o tom de como se vivia na cidade e os desafios do período.

Para a coordenadora da exposição, a arquiteta do MHN Simone Kimura,”’Rio-1922’ é um trabalho coletivo, dedicado à celebração do centenário do Museu Histórico Nacional, e foi idealizado e realizado por amor aos museus”.

Patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a exposição está organizada em quatro módulos: “Desmonte do morro do Castelo”; “Efervescência carioca”; “Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência”; e “Criação do Museu Histórico Nacional”.

O primeiro módulo traz as reformas de modernização e embelezamento da cidade, iniciadas no início do século XX, com o intuito de aproximá-la das capitais europeias, em especial Paris. O caso mais emblemático desta fase foi o desmonte do morro do Castelo, local onde foi assentada a cidade no final do século XVI, para a construção dos pavilhões da exposição de 1922, na antiga região da Misericórdia.

O segundo módulo, “Efervescência carioca”, apresenta o contexto cultural e social do Rio naquele ano, a partir de imagens e itens do cotidiano da cidade.

Já o terceiro módulo aborda a Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência, que aconteceu na cidade do Rio, entre setembro de 1922 e março de 1923, e recebeu milhões de visitantes. O público poderá ver de perto a planta em larga escala da exposição, anúncios publicitários da época, raras imagens em movimento da exposição, além de itens criados especialmente para a ocasião.

A criação do MHN está remontada no módulo quatro, com objetos e imagens que contam um pouco a história centenária do museu, que inicialmente ocupava apenas duas salas do pavilhão das Grandes Indústrias da exposição internacional.

A Exposição “Rio-1922” conta com o apoio da Associação dos Amigos do MHN e a parceria de instituições públicas, como o Museu da República, Museu Nacional de Belas Artes e Centro Técnico Audiovisual; e fica em cartaz até dezembro de 2022 – com entrada franca.

Medalha Tiradentes
Antes da abertura da exposição, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) concede ao Museu Histórico Nacional a medalha Tiradentes, maior honraria concedida pela Alerj a pessoas e instituições que prestaram relevantes serviços à causa pública no Estado. Para o
deputado Luiz Paulo, propositor do projeto, justifica-se a concessão da medalha ao museu por ser um “espaço representativo e guardião de grande parte do acervo da história brasileira, do Estado e da cidade do Rio de Janeiro”.

Além da entrega da medalha, e respectivo diploma, ao MHN, serão entregues moções honrosas a quatro ex-diretores da instituição: as museólogas Heloísa Duncan, Solange Godoy e Vera Tostes, e ao historiador Paulo Knauss. A Associação dos Amigos do MHN também recebe moção honrosa.

“A entrega da honraria ao museu é um presente de aniversário merecido para celebrar o centenário da instituição”, aponta a diretora Substituta do Museu Histórico Nacional, Aline Montenegro. “O museu se consolida, a cada dia, como referência no campo da história, da museologia e do patrimônio, sendo esta uma homenagem também a todas as equipes que o fizeram ao longo deste século”.

Fotos Marco Rodrigues

Aline Montenegro,Fernanda Castro, Maria Linhares Pinto, Hugo Barreto

 

Hugo Barreto, Paulo Knauss e Sergio Fonta

 

Jose Antonio MacDowell e Bia Sampaio

 

Mariana Oscar e Guilherme Pfisterer

 

Item da exposição

 

Tony Chalita, Rosa Araújo e Isabel Werneck