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Os diretores Alessandra De Blasi e Frederico Ferrer lançam nessa terça feira 13, no Canal Arte 1, a série “O Brasil na 59ª Bienal de Veneza“. São quatro episódios de 50 minutos, exibidos sempre às terças as 21:30.

A série é uma imersão na Bienal de Veneza – uma das exposições mais relevantes do mundo da arte contemporânea – intercalando entrevistas com artistas e momentos de contemplação dos trabalhos ali expostos. Essa, aliás, é uma assinatura da dupla, que seutiliza muito da música como forma de guiar esses mergulhos nas obras de arte.

A dupla esteve em Veneza durante a semana de pré abertura e, além de entrevistar a curadora geral Cecilia Alemani, conversaram com os cinco artistas vivos que foram selecionados para participar da mostra: Lenora de Barros, Rosana Paulino, Solange Pessoa, Luiz Roque e Jonathas de Andrade, esse último ocupando o Pavilhão do Brasil.

Nessa edição da Bienal, foram 213 artistas de 58 países e mais de mil e quatrocentas obras de arte. A curadoria se diferenciou de edições anteriores ao trazer artistas de países não ocidentais antes ignorados, e 80% dos trabalhos são de mulheres. O público se surpreende com diferentes linguagens e olhares – e arte de muita qualidade. Entre elas, trabalhos dos seis artistas brasileiros, que são o fio condutor da série – costurando as obras nacionais com as internacionais que dialogam com o artista em questão.

Entrevista com Lenora de Barros

 

As entrevistas passam ainda pelo curador Jacopo Crivelli Visconti, curador do pavilhão do Brasil (e da 34ª Bienal de São Paulo), que além de explicar as relações diplomáticas das bienais, também fala sobre o artista indígena Jaider Esbell, cujo destaque nessa edição de Veneza não foi visto pelo próprio, que morreu meses antes.

O artista indígena Denilson Baniwa, que tinha uma relação próxima com o Jaider Esbell, também participa compartilhando a sua visão sobre o espaço que a arte indígena ocupa nessa Bienal.

Por conta da Covid-19 e do adiamento de um ano, a curadora Cecilia Alemani teve mais tempo e criou algo inédito nas bienais: as cápsulas históricas. São espaços que exibem obras de arte do século passado, sua maioria de mulheres que a história não reconheceu no devido tempo, e dialogam diretamente com o que os artistas contemporâneos produzem hoje. Uma delas, Leonora Carrington, artista surrealista que saiu da Europa para viver no México fugindo da Segunda Guerra, é quem dá o nome e tema da exposição desse ano: The Milk of Dreams. Segundo Cecilia Alemani, a artista celebra as diferentes formas de vida ao retratar criaturas sem identidade fixa em seu livro infantil The Milk of Dreams.

Para os que não conseguiram visitar essa Bienal, a série dá o gostinho da experiência de ver a crème de la crème do que se vem produzindo em arte contemporânea no mundo. Para os que foram, é uma forma deliciosa de matar as saudades!

Serviço

A série estreia dia 13 de dezembro no canal Arte 1 as 21:30 Sky. Canal 81 · NET. Canal 553 · Oi TV. Canal 31 · Claro. Canal 553 · GVT. Canal 84 · Vivo. Canal 102 cabo e 555 satélite.

Alessandra De Blasi e Frederico Ferrer