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O anfitrião Luiz Caldas adianta que os artistas convidados fazem parte da sua história, pessoas com quem ele compartilha uma grande amizade e o amor pela música. “Brown, por exemplo, é um cara que esteve comigo desde o início disso tudo. A gente tem um carinho e um respeito mútuos gigantescos, a obra dele fala por si só e eu tenho a honra de ser parceiro em muitas canções. A gente tem uma história muito bonita na música brasileira, na música baiana. Foi maravilhoso esse encontro do Pai do Axé com o Cacique”, comemora Luiz.
Com Durval Lelys, a parceria também é antiga. “A carreira de Durval se funde com a minha no início do Asa de Águia. Até antes disso, com o Bloco Mel, quando ele fez um disco com Ricardo Chaves e eu gravei as guitarras com ele. Desse dia em diante, nós travamos uma irmandade fora de série Durval é uma pessoa que todos adoram pelo astral altíssimo que ele tem e pelo artista maravilhoso que ele é. Vai ser muito bom”.
Sobre Ivete Sangalo, Luiz Caldas realça que ela é a maior representante da Axé Music. “É a nossa rainha, além de ser uma grande amiga. Recebê-la num dia como esse foi ser um presente, não só para mim, mas para todo o público que esteve  presente  na Concha”. E, claro, que não poderia faltar a guitarra baiana de Armandinho Macedo. “Ele é um amigo e mestre que eu amo. Antes de eu ter iniciado o movimento da Axé Music, ele já era meu amigo e já trocávamos muitas ideias”, relembra 
o aniversariante.
Mais de 50 anos de música – Além da criação da Axé Music, Luiz Caldas chega aos 60 anos  celebrando outro grande feito da sua carreira. Há 9 anos, o cantor, compositor e multi-instrumentista vem lançando um álbum por mês, feito que escancara a sua paixão pela música. “Eu sou música”,  costuma dizer o artista quando é questionado sobre a inspiração e a motivação de produzir incessantemente, perscrutando os mais diversos estilos musicais e, assim, deixando um legado único 
para a música do Brasil e do mundo. 
Como começou a cantar em bailes aos sete anos de idade, ao completar 60 anos Luiz Caldas soma 53 dedicados à música. Primeiro foi como cantor mirim, depois como um adolescente autodidata que,  só de olhar outros músicos das bandas de baile, aprendeu a tocar com maestria quase todos os instrumentos. E quando a voz estabilizou, revelou-se como esse cantor, compositor e multi- instrumentista pronto para abalar as estruturas da música brasileira. 
Dono de um estilo próprio, tendo se lançado cantando de pés descalços, Luiz Caldas consegue extrair  o melhor da combinação entre inquietude profissional e simplicidade no seu modo de viver. Do  estúdio da sua casa, todo mês sua voz ecoa mundo afora e, ao tempo que espalha seu talento, extrai  da música ensinamentos para sua vida.
“A música não existe sem as pessoas que a escutam. Então fazer música nos torna sensíveis ao  outro. Ao longo do tempo, isso faz com que o artista, que quase sempre já é sensível, cresça como  ser humano também. E foi assim que eu consegui me mover na vida, mesmo com os altos e baixos  comuns a trajetória de artista, mas sempre superando tudo com os pés no chão literalmente”, brinca.
Fotos Fred Pontes 
Luiz Caldas e Carlinhos Brown

 

Gilberto Gil e Luiz Caldas

 

Ivete Sangalo e Luiz Caldas

 

Luiz Caldas, Gilberto e Flora Gil

 

Armandinho, Luiz Caldas e Ivete Sangalo e Durval Lelys 

 

Gilberto Gil, Flora Gil e Ivete Sangalo

 

Gilberto Gil

 

Armandinho e Luiz Caldas