Jeane Terra, representada por Anita Schwartz Galeria de Arte, do Rio de Janeiro, foi a artista selecionada na SP-Arte pelo EFG Latin America Art Award, em associação com ArtNexus e colaboração de Fernando Oliva, professor e curador do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), junto com Celia Sredni de Birbragher, diretora e editora da ArtNexus.
Os dois trabalhos de Jeane Terra exibidos no estande de Anita Schwartz Galeria de Arte na SP-Arte – “Virtuoso” (2022) e “Margem” (2022) – são feitos em sua técnica singular, patenteada, de pintura seca feita em montagem de 1cm x 1cm em pele de tinta sobre tela, com tamanhos de 143cm x 100 cm e 141,5cm x 100 cm, respectivamente.
Jeane Terra, “Virtuoso” (2022), pintura seca feita em montagem de 1 x 1cm em pele de tinta sobre tela, 143 x 100 cm O EFG Latin America ArtAward – com o desenvolvimento estratégico da Liaisons Corporation – é anual, e foi criado para apoiar a produção de artistas latino- americano e promover as feiras regionais entre colecionadores em todo o mundo. O prêmio tem um corpo de jurados para escolher artistas nas feiras SP Arte, em São Paulo; PArC, em Lima; arteBA, em Buenos Aires; Ch.ACO, em Santiago do Chile e ArtBo, Bogotá.
Em sua décima-terceira edição, o prêmio anunciará na feira Pinta Miami (6 a 10 de dezembro de 2023), durante a semana da Art Basel, o artista vencedor, que terá uma obra adquirida pelo EFG Capital, que tem sua coleção sediada em Miami.
Jeane Terra conta que recebeu “com imensa alegria esta nomeação ao EFG Latin America ArtAward, na SP-Arte”. “Este tipo de prêmio fomenta o artista, o nosso meio, nossa pesquisa. É importante e necessário, e eu estou imensamente agradecida e feliz pelo olhar dessas pessoas sobre meu trabalho, para a história que quero contar através da minha arte. São muitos anos de dedicação a ouvir e colher histórias de outras pessoas, de lugares, em cima de uma pesquisa alquímica de materiais. Este prêmio vem pra mim como uma resposta muito importante, como artista, e pra minha pesquisa. Me dá força para seguir em frente, me encoraja ainda mais”, disse.
Anita Schwartz comemorou o fato de Jeane Terra ter sido “escolhida entre tantos artistas na SP-Arte”. “Foi um reconhecimento de grande importância para a pesquisa de Jeane, que desenvolveu uma técnica muito particular como suporte para suas obras, e que vem ao longo dos anos abordando as conseqüências das ações dos homens contra a natureza. Representar Jeane Terra e o seu trabalho é um orgulho para a galeria, e a sua estreia na SPArte não poderia ser melhor”, destacou.
MEMÓRIA E MEIO AMBIENTE
Jeane Terra (1975, Minas) é radicada no Rio de Janeiro, e se interessa sobre “as curvas da memória”, e os impactos da devastação do meio ambiente e da mudança urbana “na vida e na memória das pessoas”. Em sua trajetória, ela vem pesquisando, em residências artísticas feitas nos locais de seu interesse, a memória que persiste no processo de apagamento de casas, bairros e até mesmo cidades.
Seu trabalho em Sobradinho, Remanso, Casa Nova, Pilão Arcado e Sento Sé, submersas nos anos 1970 pela barragem de Sobradinho, na Bahia, resultou em uma série de obras – pintura, pintura seca, monotipia em pele de tinta, escultura, fotografia, vídeo e videoinstalação, apresentados em outubro e novembro de 2022 no Centro Cultural dos Correios, no Rio Janeiro, na exposição “Territórios, rupturas e suas memórias”.
Em 2021, mostrou em “Escombro, Peles Resíduos”, com curadoria de Agnaldo Farias, na galeria Simone Cadinelli, no Rio de Janeiro, as obras criadas a partir de sua vivência no Pontal de Atafona, bairro litorâneo do norte fluminense que está sendo engolido pelo mar.
“Margem” (2022), pintura seca feita em montagem de 1 x 1cm em pele de tinta sobre tela, 141,5 x 100 cm PELE DE TINTA, PINTURA SECA Em 2017, Jeane Terra desenvolveu uma técnica que chama de “pele de tinta” ou “pintura seca”, um composto feito de pigmentos de tinta e aglutinante, e desde então essa pesquisa está em constante expansão. O historiador de arte Paulo Herkenhoff conceituou esses trabalhos de “pixel analógico”.
Quadriculando a tela como uma “receita” de bordado em ponto-cruz, técnica aprendida com sua avó, Jeane Terra projeta a imagem de uma fotografia que fez, e demarca as cores que vai usar. Aí aplica minúsculos quadrados de 1cm da “pela de tinta”, obtendo um efeito surpreendente. As cores usadas são da paleta do local estudado: o sertão baiano, o Pontal de Atafona, bairro litorâneo do norte fluminense que está sendo tragado pelo mar.
Seu trabalho abrange pintura, pintura seca, monotipia em pele de tinta, escultura, fotografia e vídeo.
SOBRE A ARTISTA
Jeane Terra frequentou cursos em diversas instituições no Rio de Janeiro e em Minas. Em 2010 participou da 4ª Biwako Biennale, Japão. Em 2022 fez a individual “Territórios, Rupturas e suas Memórias”, no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. Em 2021, fez “Escombro, Peles Resíduos”, com curadoria de Agnaldo Farias, na galeria Simone Cadinelli, no Rio de Janeiro. Outras exposições individuais são: “Inventário”, AB Galeria, Rio de Janeiro, em 2018; “Inventário”, Cidade Das Artes, Rio de Janeiro, em 2018; “Um olhar invisível”, no Centro Cultural Correios, Juiz de Fora, Minas Gerais, em 2007; “Um olhar invisível”, no Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, em 2007; “Ardor”, na Galeria de Arte Sesi Minas, Belo Horizonte, em 2006.
Principais exposições coletivas são: “Chromatic Vigor: Affirmation, na VorticArt, em Londres, Inglaterra, em 2023; “Dialetos do Firmamento”, na Anita Schwartz Galeria de Arte, em 2023; “Unity & Diversity”, The Japour Family Collection, na galeria The House, Miami, em 2023; “Chromatica”, na galeria The House, Miami, em 2022; “Me Two”, Brasil!
Obras da coleção de Ernesto Esposito” no Museu Ettore Fico, Turim, Itália, em 2019; “O Ovo e a Galinha” na Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, em 2019; “Exposição 360”, Museu da República, Rio de Janeiro; “Abre Alas” na A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, em 2019; “Projeto Montra”, em Lisboa em 2013; “Nova Escultura Brasileira – Herança e Diversidade” na Caixa Cultural, RJ, em 2011. Sua obra faz parte de coleções privadas e das coleções institucionais do Museu de Arte do Rio e da Coleção do Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro.
Serviço: Anita Schwartz Galeria de Arte Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, 22470-100, Rio de Janeiro
Telefones: 21.2274.3873 | 2540.6446 | 99603-0435 (whatsapp)
Segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados das 12h às 18h
Entrada gratuita
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