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O artista Fernando de La Rocque abre individual “Derretendo” no próximo 18 de abril

A Artur Fidalgo galeria irá inaugurar no dia 18 de abril, terça-feira, das 19h às 22h, a exposição “Derretendo” do artista Fernando de La Rocque. A curadoria é de Vanda Klabin.

 “Derretendo é um poema de uma palavra só. Uma palavra que define muitas coisas. Derreter-se de calor, derreter-se de amor, derreter-se de entorpecimento. E outras mudanças de estado. As obras da exposição tem em comum diferentes formas de representar derretimento.” – Fernando de La Rocque.

 A mostra contará com um conjunto de obras inéditas realizadas entre 2020 e 2023, dentre elas pinturas, esculturas, bordados, desenhos e obras impressas com giz de cera em papel ou tecido.

  Derretendo fica em cartaz na Artur Fidalgo galeria até 12 de maio. A inauguração é aberta ao público.

​TEXTO VANDA KLABIN

As leituras poéticas de Fernando de La Rocque constroem um novo espaço para a sua sensibilidade transitar, inventam um outro território repleto de dissonâncias e de improvisações ao pavimentar emoções, articular coisas que não existem, quase como antessalas de algo ficcional.

Suas obras incorporam o corpo como receptáculo, como elemento constitutivo da imagem, que dilata e expande a sua gramática visual ao ativar uma pulsão sensorial em diversas situações estéticas. Exprimem uma indagação existencial que encontra seu abrigo nas florações corporais pictóricas. Esse emaranhado de inquietos contrapontos visuais através da fusão de diferentes elementos, traz um fraseado particular, ao recriar uma condição plural de Eus, através de formas de representações híbridas que escapam do encadeamento linear dos acontecimentos.

Fernando de La Rocque nos direciona para um labirinto de sinuosos percursos, ao criar o encadeamento de corpos num anel infinito de repetições, de maneira que parece contemplarmos, em uma única imagem, vários rebatimentos de um mesmo elemento compositivo. Os corpos, flexionados sobre si mesmos, ingressam em um certo desconforto acumulativo, com a presença de uma intimidade densa, e ao mesmo tempo, um clima onírico, delirante por si mesmo.

O artista Fernando de La Rocque