O lançamento do livro “O Rabino do Mundo” de Gustavo Binenbojm

Um dos mais notáveis defensores da liberdade de expressão no Brasil, advogado constitucionalista Gustavo Binenbojm, mostra que os valores humanistas do judaísmo prezam o livre-arbítrio e podem ser aplicados ao cotidiano de todos.

Nascido em Londres, filho de um mercador, Jonathan Sacks (1948-2020) se tornou uma das maiores lideranças espirituais de seu tempo. Filósofo, teólogo, membro da Câmara dos Lordes e rabino-chefe do Reino Unido, Sacks construiu uma extensa e influente obra sobre o judaísmo e seus valores humanistas. Gustavo Binenbojm mergulhou nessa obra e extraiu lições valiosas e universais.

Alessandro Molon - O Rabino do Mundo
Alessandro Molon

 

Em “O Rabino do mundo” , que chega às livrarias pelo selo História Real (Intrínseca) em maio, Binenbojm entrelaça a história do povo judeu e o legado de Sacks a reflexões filosóficas de autores como Nietzsche e Primo Levi, preceitos religiosos e experiências pessoais. O resultado é uma leitura clara e tocante, em que esses ensinamentos são aplicados no dia a dia, seja em diálogo com nossos dilemas imemoriais – como o medo da morte e a busca por um sentido na vida –, seja em questões contemporâneas, como os tribunais morais da internet e seus implacáveis cancelamentos.

Elizabeth Chreem e Samuel Benoliel

 

Gustavo Binenbojm e Anna Bella Geiger

 

“O cancelamento é o novo desterro, uma condenação coletiva, sem que exista processo, defesa ou juiz. Não é à toa que o rabino Jonathan Sacks chamou o nosso tempo de a ‘era do imperdoável’. A internet tem uma aversão absoluta ao erro. E, no entanto, seres humanos cometem erros. Essa é, no mundo real, a matéria-prima da qual todos somos
feitos”, conclui o autor.

Gustavo Mizrahi e Leticia Levy

 

Assim, a história de transformação pessoal de Moisés é relembrada para mostrar a visão do rabino Sacks sobre liderança e quem são os verdadeiros líderes da nossa sociedade: os educadores. Em outra passagem, Binenbojm parte das prédicas do rabino durante a celebração do Yom Kippur (o Dia do Perdão) para refletir sobre arrependimento, perdão e a importância do erro. “A exigência da perfeição não é divina, mas uma neurose humana. Se saber é poder, reconhecer os erros e aprender com eles é a forma mais elevada de sabedoria.”, afirma.

Fotos Ari Kaye 

Leticia Binenbojm e Jorge Oakim

 

Após apresentar uma instigante reflexão sobre a defesa da liberdade enquanto conquista civilizatória, em Liberdade igual, também lançado pelo selo História Real, Gustavo Binenbojm mostra que o judaísmo oferece preceitos universais ao destacar a crença judaica no livre-arbítrio e na defesa da moralidade, do humanismo e da democracia.

Gustavo Binenbojm é professor titular da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com mestrado e doutorado pela mesma universidade e o título de Master of Laws (LL.M.) pela Yale Law School (EUA). Desde 2022 é membro da Academia Brasileira de Letras Jurídicas.

Roberto Feith e Renata Capucci

 

O lançamento do livro “O Rabino do Mundo” de Gustavo Binenbojm

Como advogado, notabilizou-se pela defesa de causas ligadas à liberdade de expressão perante o Supremo Tribunal Federal, como a que liberou as biografias não autorizadas e a que derrubou a censura ao humor e à crítica jornalística em período eleitoral. Seu maior orgulho é ser pai da Laura e da Beatriz.

Merval Pereira

 

“Gustavo Binenbojm nos leva a um mergulho nos pilares do judaísmo sob a ótica do rabino Jonathan Sacks, um defensor dos valores judaicos, como moralidade, humanismo e democracia.” – Renata Capucci

Rabino Dario Bialler e Leticia Levy