Programa Empoderadas premia personalidades que se destacaram no enfrentamento à violência contra a mulher na noite desta terça-feira (19/9), no Copacabana Palace
O combate à violência contra à mulher vem, ao longo dos últimos anos, ganhando uma série de aliados que atuam diretamente para diminuir os casos, informar e proteger as vítimas. Assim, para valorizar essa causa, o Programa Empoderadas vem, pela terceira edição, premiar essas importantes contribuições. Foram homenageadas 19 profissionais entre autoridades policiais, judiciárias, políticas, atrizes, cantoras e outras personalidades. A premiação aconteceu no teatro do Hotel Copacabana Palace, em cerimônia seguida de coquetel, que se encerrou na madrugada, com direito a apresentação da bateria da Beija-Flor de Nilópolis.
É inclusive lá , na quadra da agremiação, que funciona um dos 60 polos espalhados pelo estado, do programa. O polo de Nilópolis é, infelizmente, o recordista de denúncias e ocorrências de violência contra mulheres, em todo o estado do Rio. A outra grande atração da cerimônia de premiação é a cantora Karinah.
A grande homenageada desta edição foi Maria da Penha, ativista do direito das mulheres e farmacêutica brasileira, que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Vale lembrar que, em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome, e que é hoje, uma importante ferramenta jurídica no combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres no Brasil. Enfrentando problemas de saúde, ela não pode vir do interior do Ceará, onde mora, mas gravou um vídeo emocionante para a grande noite.
O mesmo fez a atriz Carolina Dieckmann, que também tem uma lei com seu nome, a Lei Carolina Dieckmann de delitos na internet.. Uma das premiadas na categoria artistas contra a violência, Carolina está em Miami, onde foi passar seu aniversário, e gravou um vídeo para agradecer seu prêmio.
“Uma honra participar de um prêmio que tem profissionais da esfera pública que fazem a diferença na luta contra a violência feminina”, disse Carol. O ponto alto da noite, também veio da categoria artística – Zezé Motta cantou, de improviso, três músicas. E foi ovacionada pela plateia que lotou o Copa. “Me orgulho de ser uma ativista ferrenha do direito das ulheres e também uam dfas fundadoras do Movimento Negro no país”, reflete Zezé.
A atleta Kyra Gracie, que faz um trabalho com mulheres de baixa renda, para aproximá-las do esporte, também foi premiada. O marido, Malvino Salvador, era só elogios. “Ela é o meu grande orgulho, uma mulher atenta ao seu entorno e às outras mulheres”, elogiou o ator.
O Programa atua na prevenção e no enfrentamento à violência de gênero, e foi criado em 2019 por Erica Paes, especialista em segurança feminina, fundadora do IDMEP (Instituto de Defesa da Mulher Erica Paes) e superintendente do programa. O Empoderadas faz parte do Programa Estadual de Enfrentamento ao Feminicídio no Estado do Rio de Janeiro, instituído através da Lei Estadual nº 9.985 de 7 de novembro de 2022.A prevenção é a base da metodologia do Empoderadas, que leva aos seus polos em todo o estado, tatames e professoras graduadas em artes marciais, treinadas por Erica Paes.
Essas profissionais são preparadas para oferecer educação, alertar para direitos e identificação dos sinais da violência, sempre atuando de forma preventiva. Uma vez que nossas alunas se identificam como vítimas de violência, são inseridas na rede de acolhimento social, jurídico e psicológico do próprio programa. Ou mesmo direcionadas aos equipamentos municipais e estaduais de atendimento para mulheres.
Com o rompimento do ciclo da violência ou ao se deparar para com a violência patrimonial, nossa equipe oferece ainda cursos profissionalizantes e de empreendedorismo para que as mulheres tenham autonomia financeira.
O Programa Empoderadas, tem quatro anos de funcionamento e, ao longo deste tempo, dá assistência, cursos profissionalizantes e rede de apoio que conta com advogadas, psicólogas e assistentes sociais para um melhor acolhimento das suas alunas. E segue em expansão.
Hoje, são mais de 60 polos ativos por todo território fluminense e cerca de um milhão e trezentas mil mulheres já foram acolhidas. Os polos promovem o atendimento de mulheres continuamente levando informações sobre as leis e direito das mulheres e fornecendo dicas preventivas de segurança para elas.
Categoria 1: PIONEIRISMO NA LUTA
1- Marta Livia Suplicy- Presidente do conselho feminino da Fiesp (Federação das indústrias do Estado de São Paulo) e do Instituto Virada Feminina.
Categoria 2: PROTEÇÃO E DIREITO
4- Fernanda Fernades Delegada de Polícia PCERJ
Categoria 3: ACESSO À JUSTIÇA
1- Sueli Lopes – Desembargadora e segunda vice-presidente do TJRJ
2- Adriana Ramos- Desembargadora do TJRJ
4- Elen Barbosa – Juíza de direito do TJRJ
3 – Gabriela Graça Suarez Pinto -Médica legista da Polícia Cívil do RJ
4- Almir Reis – Presidente da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis
3=- Carolina Dieckmann, atriz (participação por vídeo).
Categoria 6: POLÍTICA PARA TODAS
Rosangela Gomes – Deputada Federal e Secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro