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Ontem (12/09) Ipanema bombou ás vésperas da abertura da ArtRio 2023, a galeria Nara Roesler Rio de Janeiro abriu a exposição O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, com obras da grande artista Amelia Toledo (1926, São Paulo – 2017, Cotia, São Paulo) desenvolvidas no período em que viveu no Rio de Janeiro, nas décadas de 1970 e 1980, trazendo também uma seleção de obras mais recentes, que dão seguimento às experimentações que ela iniciou naquele período.

Foi um entre e sai que perdurou por horas e esquentou o clima artsy da cidade. Colecionadores como Ronaldo Cezar Coelho e  Cleusa Garfinkel que após esse pit stop ofereceu um jantar onde a figura chave era o curador e crítico de arte Paulo Herkenroff. 

Vejam nas fotos de Murilo Tinoco quem passou por lá.

Fotos Murilo Tinoco 

Além de trabalhos icônicos, como “Divino Maravilhoso – Para Caetano Veloso” (1971), um livro-objeto em papel, acetato e fotomontagem, dedicado ao cantor e compositor – um dos exemplos na mostra de seu caráter profundamente experimental, com um interesse voltado para formas orgânicas e linguagens pouco usuais, produzidos pela artista na década de 1970 – O rio (e o voo) de Amelia no Rio” reúne pinturas e aquarelas inéditas criadas na década de 1980, como as quatro obras da série “Anotações da Casa”, em acrílica sobre tela, em que a artista busca representar sua experiência com a luz, seu espaço criativo e sua morada no Rio de Janeiro.

Os colecionadores Ronaldo Cezar Coelho e Cleuza Garfinkel na abertura da expo “O rio (e o voo) de Amelia no Rio” na Nara Roesler Rio de Janeiro

diversidade de meios de Amelia Toledo é reveladora de um espírito voltado para uma investigação expandida das possibilidades artísticas. A partir dos anos 1970 a produção da artista ultrapassa a gramática construtiva, que fazia uso de elementos geométricos regulares e curvas, e passa a se debruçar sobre formas da natureza. Ela começa a colecionar materiais como conchas e pedras, e a paisagem passa a se tornar um tema fundamental de sua prática. Já a pintura da artista possui inclinações monocromáticas, revelando seu interesse pela pesquisa com a cor.

Amelia Toledo (1926, São Paulo – 2017, Cotia, São Paulo) iniciou seus estudos em arte no final dos anos 1930. Estudou com Yoshiya Takaoka (1909-1978) e Waldemar da Costa (1904-1982), e em seu período formativo tomou contato com algumas figuras-chave do modernismo brasileiro, como Anita Malfatti, de quem foi aluna, e o arquiteto Vilanova Artigas (1915), quando em 1948 trabalhou em seu escritório fazendo desenhos arquitetônicos.

Este contato com figuras chave da arte moderna brasileira, assim como sua experiência no laboratório de anatomia patológica de seu pai, possibilitaram o desenvolvimento de um trabalho multifacetado que faz uso de diversas linguagens como escultura, pintura e gravura. Essa produção floresce, ainda, no convívio com outros artistas de sua geração, tais como Mira Schendel (1919-1988), Tomie Ohtake (1913-2015), Hélio Oiticica (1937-1980) e Lygia Pape (1927-2004).

Ao longo de sua trajetória, a artista fez uso de variados meios e técnicas, transitando entre pintura, desenho, escultura, gravura, instalação e design de joias, sempre mantendo uma grande atenção às especificidades da matéria e à sua aplicação. Seu trabalho esteve alinhado, primeiramente, com a pesquisa construtiva, ecoando noções do neoconcretismo e as preocupações correntes na década de 1960, em especial o interesse pela participação do público, assim como o entrelaçamento entre arte e vida.

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Os colecionadores Ronaldo Cezar Coelho e Cleuza Garfinkel na abertura da expo “O rio (e o voo) de Amelia no Rio” na Nara Roesler Rio de Janeiro
Lili Pinheiro e Jesper Stieler

 

Pedro Melo e Juliana Lima Vasconcelos

 

Alexandre Roesler e Maria Klabin

 

Marcela Bartolomeo e Zanini de Zanine

 

Adriana Lerner e Beatrice Ponce Leon Gouvea

 

Lavinia Hollanda

 

Nara Roesler e Cleusa Garfinkel

 

Lurdinha e Claudio Piquet

 

Guilherme Schiller e Mariana Gross

 

Deborah Engel e Flavia Nardini
Sara e Daniel Venosa

 

Ronaldo Cesar Coelho e Nara Roesler

 

Caique Hertz e Luciana Raab

 

Marcos Chaves, Nara Roesler, Raul Mourão e Raquel Rodrigues

 

Silas Martins e Otavio Tronco