O Museu de Arte Sacra de São Paulo abre a coletiva Volto ao Jardim, no período de 5 de agosto a 1 de outubro de 2023
Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS.SP), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição coletiva VOLTO AO JARDIM, com trabalhos de Carla Fonseca, Julia Bac, Lidia Lisbôa, Nathalie Nery, Paula Scavazzini, Yasmin Guimarães, artistas brasileiras emergentes, que exploram a conexão com a natureza e a beleza dos jardins, proporcionando reflexões sobre tempos incertos e os encantos naturais da vida.. Sob curadoria de Simon Watson, a abertura ocorre no dia 5 de agosto – sábado, às 11hs.
A mostra, com título mencionado na música de Cartola ‘As Rosas não Falam’, reconhecida amplamente na versão gravada por Beth Carvalho, inclui estrofe que conduz o conceito da exposição:
“Volto ao jardim,
Com a certeza que devo chorar,
Pois bem sei que não queres voltar,
Para mim,
Queixo-me às rosas,
Que bobagem as rosas não falam,
Simplesmente as rosas exalam…”
“As obras das artistas podem ser compreendidas como mensagens de envolvimento com o mundo natural, de belos jardins e esperança em tempos incertos. E, como na música, esta é uma exibição com sensações doces e amargas. Sendo expostas no inverno, está diretamente ligada aos ciclos da vida, aos finais e recomeços: uma metáfora de nascimento e renovação, bem como um gesto de abraço ao equilíbrio da natureza”, discorre o curador.
A exposição ocupa dois espaços distintos nas instalações do MAS.SP: uma das salas de exposições temporárias e os jardins internos do claustro. Todos os trabalhos estão sendo criados pelas artistas on-site, no MAS.SP e, desta forma, dialogam com esse exemplar do Patrimônio Histórico Brasileiro.
A instituição está instalada em uma área pertencente ao Mosteiro da Luz, da Ordem da Imaculada Conceição – Congregação das Irmãs Concepcionistas, circundado por jardins e um chácara conventual. O prédio é um exemplar raro de arquitetura histórica colonial do Brasil.
“VOLTO AO JARDIM” é uma jornada de contemplação que abraça os ciclos da vida, simbolizando o nascimento e a renovação. A exposição celebra o talento e a criatividade de seis artistas mulheres brasileiras emergentes, cujas obras revelam uma profunda conexão com a natureza e a harmonia do mundo natural.
“O Museu de Arte Sacra é constantemente reavivado por seus visitantes e por artistas contemporâneos que fazem trabalhos on-site, que dialogam com a tranquilidade do local, ao mesmo tempo em que trazem uma nova perspectiva sobre nossos tempos”. Simon Watson
- Artistas
Carla Fonseca (Viçosa, MG)
Vive e trabalha em São Paulo. Suas obras participaram de inúmeras exposições coletivas, como em Brasília, no Museu Nacional (2022), onde criou sua primeira instalação imersiva combinando mural de parede e pinturas em tela. Em julho, a artista entrou no programa de residências artísticas Simon Watson Arts em Lisboa que, em sua conclusão, promoveu sua primeira mostra individual da artista em uma galeria comercial, Edison Gallery, no distrito de Saldanha, em Lisboa, Portugal.
Julia Bac (São Paulo, SP)
Vive e trabalha em São Paulo. Poetisa e produtora cultural, é bacharel em História (PUC/SP, 2004), em Artes Visuais (Centro Universitário Belas Artes/SP, 2009), e mestre em Arte e Patrimônio (Maastricht University, Holanda, 2011). Na área literária, se formou no núcleo de ficção do Curso de Formação de Escritores do Instituto Vera Cruz (São Paulo, 2018) e no Curso Livre de Preparação do Escritor/ Poesia da Casa das Rosas (São Paulo, 2017). Publica seus poemas em seu blog (papelpele.com) e em zines que faz de maneira independente.
Lidia Lisbôa (Guaíra, PR)
Vive e trabalha em São Paulo. Artista multidisciplinar que se destaca pelas performances e esculturas suaves. Estudou gravura em metal no Museu Lasar Segall, escultura e cerâmica contemporânea no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE) e no Liceu de Artes e Ofícios.
Em 2020, expôs no Centro Cultural São Paulo e, em 2021, na 12ª Bienal do Mercosul; participou das coletivas Enciclopédia Negra na Pinacoteca de São Paulo (SP); Carolina Maria de Jesus: um Brasil para brasileiros no Instituto Moreira Salles (SP); A Substância da Terra: O Sertão, com curadoria de Simon Watson, no Museu Nacional da República; Galeria Central, São Paulo; e Slag Gallery, Nova York. Mais recentemente realizou exposições individuais na Galeria Millan (2022) e no SESC Pompeia (2023).
Nathalie Nery (Rio de janeiro, RJ)
Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Bacharel em Psicologia, com pós-graduação em Clínica, a artista inspira-se indiretamente na psicanálise e nas questões ligadas à linguagem vegetal em seu trabalho como artista. Usando objetos do cotidiano como metáfora, acumula-os e os serializa, gerando corpos não compactos que nos causam estranheza e familiaridade ao mesmo tempo. Suas obras, nos últimos anos, se voltaram para a observação e interferência. A artista vem desenvolvendo obras com folhas de árvores que são raras e trabalhadas esculturalmente.
Paula Scavazzini (São José dos Campos, SP)
Vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em Artes Plásticas pela FAAP- Fundação Armando Álvares Penteado (2014). Sua pesquisa com a pintura passa por retratos, pinturas-objetos e instalações nos quais os personagens e objetos são marcados pela gestualidade e cores vibrantes; quase como uma reminiscência do início de sua formação como arquiteta.
Participou de inúmeras exposições como Galeria Bergamin & Gomide, SP (2020); Museu de Arte Brasileira – MAB/FAAP, SP (2021); Instituto Artium, SP (2021); Cité internationale des Arts, Paris, França (2022); “Estranhamente Familiar” na Galeria Projeto Vênus, SP (2022); e “Dentro de ti” na Quadra Galeria, São Paulo (2022). A artista é representada pela Galeria Casa Albuquerque, Brasília.
Yasmin Guimarães (São Paulo, SP)
Vive e trabalha em São Paulo. As pinturas da artista partem da representação de paisagens, imagens e elementos do mundo, que se desmancham e se fragmentam através de diferentes suportes, em pinceladas curtas, manchas de tinta rala ou empastados de cor. Uma possível representação da ação dos ventos sobre a paisagem, ou sobre as coisas que estão no mundo. Realizou as exposições individuais, “Minutos antes de acordar” (2020), na Galeria Simões de Assis, Curitiba, PR; “Eyes e Yes” (2018) e “Reticências” (2016), na Galeria Superfície, em São Paulo, SP, além de diversas exposições coletivas.
- Curador
Simon Watson (Canadá) – Nascido no Canadá e criado entre a Inglaterra e os Estados Unidos, é um curador independente e educador artístico que atualmente divide seu tempo entre Nova York e São Paulo. Atua há trinta e cinco anos na cena cultural em três continentes diferentes, concebeu e foi curador de mais de 300 exposições de arte para galerias e museus, além de atuar como consultor para colecionadores de arte, entre clientes institucionais e privados. Sua área de atuação dentro da curadoria de arte é na identificação de artistas visuais com grande potencial, muitos dos quais já são reconhecidos internacionalmente dentro da categoria blue-chip e são representados por algumas das galerias mais famosas e respeitadas do mundo.
- Projeto LUZ Contemporânea
LUZ Contemporânea é um programa de exposições de arte contemporânea que se desdobra em eventos e ações culturais diversas, públicas e privadas. Desenvolvido pelo curador Simon Watson, o projeto, atualmente, encontra-se baseado no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Nesse espaço, apresenta exposições temáticas de artistas convidados, de modo a estabelecer diálogos conceituais e materiais com obras do acervo histórico da instituição. Embora fortemente focada no cenário artístico brasileiro atual, está comprometido com uma variedade de práticas, cultivando parcerias com artistas performáticos e organizações que produzem eventos de arte.
- o museu
O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 29 de junho de 1970.
Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar a ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade.
Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos XVI e XX, contando com exemplares raros e significativos.
São mais de 10 mil itens no acervo. Possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus, entre tantos, anônimos ou não. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.
Exposição: “VOLTO AO JARDIM”
Artistas: Carla Fonseca, Julia Bac, Lidia Lisbôa, Nathalie Nery, Paula Scavazzini, Yasmin Guimarães
Curadoria: Simon Watson
Abertura: 05 de agosto – sábado – das 11h às 14h
Período: de 05 de agosto a 01 de outubro de 2023
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo || MAS/SP
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)
Estacionamento gratuito/alternativa de acesso: Rua Jorge Miranda, 43 (sujeito à lotação)
Tel.: 11 3326-3336 – informações adicionais
Horários: De terça-feira a domingo, das 09 às 17h (entrada permitida até as 16h30)
Ingresso:
- R$ 6,00 (Inteira) | R$ 3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem – mediante comprovação); Isenções: crianças de até 7 anos, adultos a partir de 60, professores da rede pública, pessoas com deficiência, membros do ICOM, policiais e militares – mediante comprovação; gratuidade para todos PCDs mais um acompanhante, todos os dias. GRÁTIS AOS SÁBADOS
Acessibilidade:
- Estacionamento com vaga exclusiva para deficientes e idosos, banheiro acessível e adaptado, rampa de acesso para cadeirantes na entrada do MAS, acessibilidade informacional com QR Code nas principais obras do acervo, acessibilidade física e comunicacional utilizando recursos multissensoriais como maquetes e peças táteis utilizadas pelo setor educativo, intérprete de Libras e profissionais bilíngue no atendimento de público, mediante agendamento, recursos digitais no site do museu, com a utilização de caracteres ampliado, Libras e trilíngue, audiodescrição, Janela de Libras e legendas em Braille na exposição de longa duração do Presépio Napolitano (em construção), exposição Itinerante “Ver e Sentir” com 70 réplicas do acervo produzidas em 3D, 100% táteis e legendas em Braille, visita com audiodescrição ao vivo com educador, mediante agendamento.
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