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O ator Dudu Pelizzari é paulista, taurino e completou esse ano 39 anos e sua carreira artística começou na Rede Globo em Malhação e no mesmo ano trabalhou no filme Carandirú, de Hector Babenco. Dois caminhos diferentes mas que conduziram o ator ao seu denominador comum as artes dramáticas. Dudu Pelizzari esteve em todas as emissoras de tv aberta e também em streamings e em reality shows, sem falar em peças de teatro e filmes nacionais. Um ator completo.

Hoje, o ator ganhou maturidade e parte para novos voos. Dudu Pelizzari conversou conosco sobre um tudo.

Fotos Marco Brozzo

Há vinte anos você começou sua  carreira artística como foi sua trajetória nesse começo? 

Meu primeiro contato com as artes cênicas. Eu tive uma avó que era pedagoga e ela tem um colégio. Ela fundou um colégio chamado Colégio Santa Ilzidinha. E lá atrás, quando eu ia dormir na casa dela, ainda muito jovem, em vez de ela me colocar pra assistir desenho, ela me colocava pra assistir Mazzaropi, me colocava pra assistir o gordo e o magro, me colocava pra assistir Chaplin, os três patetas.

Então, eu acho que de alguma forma eu comecei a me encantar pela ideia de contar histórias de uma forma artística desde muito cedo, assim, graças à inspiração dessa minha avó. De alguma forma ela percebeu em mim um lugar artístico como pedagoga durante tantos anos e começou a me inspirar e a me motivar a consumir arte nesse âmbito.

A fazer teatro assim objetivamente na igreja para fugir da missa a companhia de teatro ensaiava enquanto a missa acontecia para as apresentações para as apresentações da própria igreja então eu comecei a experimentar a sensação do palco do teatro na igreja contando histórias religiosas e aí a partir disso eu percebi a paixão real que existia lá pelo teatro pelas artes cênicas pela interpretação.

Sempre gostei muito de Ariano Suassuna também gosto a forma que lhe conta histórias gosto é a forma que lhe enxerga a narrativa e eu comecei a estudar teatro em quando tinha 15 anos foi em 2000 no teatro escola Macunaíma ali na Marechal Deodoro foi meu primeiro contato real assim com o teatro.<

Pelizzari
Dudu Pelizzari

Dentro do aprendizado da sua carreira como ator, o que você destaca?

Ah, eu destaco o enxergar o outro e o enxergar a si mesmo. Todo processo artístico e humano exige empatia consigo e com o próximo, né… eu acho que eu passei a ser um pouco mais empático… comigo e com o coletivo. O teatro, ele obriga a gente a trabalhar em grupo, a entender que cada pessoa tem uma função em um sistema construtivo e criativo.

E é muito legal isso, né, porque você percebe que as pessoas são boas naquilo que fazem e se você agregar com o seu dom, com a sua arte, com a sua entrega, é possível construir uma grande obra ou um grande projeto artístico, então eu acho que é isso.

O que você  mudaria nesse percurso?
Eu não mudaria absolutamente nada eu acho que todas as passagens da nossa vida fazem parte de um processo de um processo que ainda não foi finalizado mas que reverbera ao bem e a transformação e ao crescimento de todas as pessoas.

Você é um leitor constante o que você tem lido?
Eu sou um leitor constante assim eu eu li algumas coisas muito bacanas esse ano eu li um um livro chamado o ato criativo uma forma de ser do Rick Rubin que é um produtor musical.

“A Cabeça do Santo” da Socorro Acioli que é muito bacana esse livro eu li da Cida Bento “Pacto da Branquitude” que fala um pouco sobre o estado de privilégio das pessoas brancas e entender o formato racial eu li o “Avesso da Pele” do Jefferson Tenório.

Eu tenho lido a Odisseia do Homero também que é um clássico eu tenho lido algumas coisas assim. A minha lista esse ano já tem 23 livros, então se eu falar tudo aqui, talvez a entrevista fique só nisso. Mas eu sou muito apaixonado pela leitura, assim. Grande companheiro de jornada.

Dudu Palizzari

Dentro do seu laboratório de emoções, o que você gosta de trabalhar? Gosta de chegar a emoções através do trabalho corporal?

O chegar nas emoções tem muito a ver com presente, com estar presente naquele momento, não só em cena, mas na vida também. A gente só se comove, se emociona com estar vivo quando a gente está presente, quando a gente observa a nossa respiração, quando a gente observa o tempo, o espaço ao nosso lado, assim.

Às vezes eu tenho um pouco de dificuldade de olhar para as emoções, por ser um homem, por ter sido criado numa estrutura machista, mas cada vez mais eu tenho exercitado essa sanfona emocional, que é o Expandir e o Encurtar e o trabalho corporal sempre me encantou muito.

Eu sempre gostei do movimento corporal a dança é o yoga como atividade física é a minha grande terapia diária

Você é engraçado, você se diverte com você mesmo?

Não, eu não sou engraçado. Eu definitivamente não sou uma pessoa engraçada mas as minhas três últimas montagens são personagens engraçados eu tenho me experimentado na comédia. Assim tenho gostado.

Tecnicamente eu me saio bem com uma obra cômica, mas na vida não me considero uma pessoa engraçada não e me divirta comigo mesmo assim me divirta com as coisas do que normalmente deixa as pessoas putas eu olho pra mim falar meu deus não é possível que você fez isso.

Quais são suas referências, seus assuntos preferidos?
Ah, eu gosto assim de troca, eu gosto de escuta, eu gosto de conversar, eu tenho amigos em diversas áreas, eu tenho amigos médicos, eu tenho amigos arquitetos, eu tenho amigas bancárias, economistas, políticos, eu tenho muitos amigos artistas em geral 80% mas eu gosto de falar sobre tudo.

Eu gosto de falar sobre fé eu gosto de falar sobre crescimento espiritual, eu gosto de falar sobre futebol, eu amo falar sobre futebol eu gosto de falar sobre individualidades medos eu gosto da troca real.

Dudu Pelizzari

Você tem algum Hobby?
Cara eu eu tenho hobby, atividade física é um hobby, eu gosto da leitura é um hobby, é um bom vinho acho que seja um hobby acho que hobbies mais tranquilos, eu gosto de uma roda de samba eu acho uma delícia estar em volta de uma roda de samba.

Qual é o seu maior desejo?
Meu maior desejo cara meu maior desejo é ter uma vida longa é ver o meu filho crescer é poder viver bem da minha arte dignamente e ter belos encontros é que é isso assim eu não tenho mais um grande desejo utópico, eu tenho um pequenos desejos que me que me façam feliz no dia a dia.

strong>Você vai voltar aos palcos?

Voltar aos palcos, eu estou começando a ensaiar o Mercador de Veneza, uma obra do William Shakespeare um texto clássico das poucas comédias do Shakespeare e a gente entra agora no segundo semestre em São Paulo então já deixo o convite aí para todos os leitores

 Você gosta do Cinema Nacional?
Cinema nacional sou apaixonado pelo cinema nacional eu como eu disse o que me introduziu nas artes foi o cinema né. Foi Mazzaropi, foi Charlie Chaplin, o gordo magro, os 3 patetas consumo muito cinema nacional, eu gosto muito do do Cláudio Assis,  o que é um diretor nordestino. Gosto muito do Fernando Meirelles, gosto muito Heitor  Dahlia.

É eu gosto muito do cinema nacional. Eu gosto muito da diretora  Laís Bodansky. Esses são os meus meus diretores prediletos.

Conta sobre seu trabalho na novela “Reis” 
Está assim no topo assim dos trabalhos mais importantes da minha carreira na televisão, não é um personagem grande um personagem cheio de camadas cheio de reviravoltas com uma estrutura importante que transforma vidas assim essa essa formação bíblica foi um grande presente da Cristiane Cardoso autora me dar esse personagem e confiar a mim.

É transformar esse livro que foi é um livro mais lido de todos os tempos da bíblia em imagem em voz em temperatura estão fora os laços afetivos que eu fiz em reis as pessoas que eu conhecia as trocas que eu tive foi realmente dos trabalhos mais importantes mas significativos da minha carreira.

Dudu Pelizzari completa 20 anos de carreira e fala sobre sua carreira e o que vem por aí