Filme No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, é selecionado para o Festival do Rio 2024
Produção da Ocean Films, Marola Filmes e Kiwi Filmes, em coprodução Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil, que registra o processo das eleições de 2022 e as invasões de 8 de janeiro de 2023, vem fazendo carreira em festivais internacionais, e agora chega ao Rio de Janeiro pela primeira vez; distribuição é da O2 Play
No Céu da Pátria Nesse Instante, novo documentário da premiada diretora e roteirista Sandra Kogut, foi selecionado para o Festival do Rio 2024 e terá sessão especial para convidados no dia 4 de outubro. No dia seguinte, 5 de outubro, às 19h haverá uma sessão aberta ao público, seguida de debate, no Estação Net Rio. O filme, que levou dois prêmios no Festival de Brasília depois de uma sessão catártica, vem emocionando plateias fora do Brasil. É produzido por Ocean Films, Marola Filmes, Kiwi Filmes, em coprodução Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil e tem distribuição da O2 Play.
“Sentia muita necessidade de registrar esse momento, fazer um arquivo do presente. Sabia que era muito importante para nós, brasileiros, com tanta coisa séria em jogo”, assim a cineasta Sandra Kogut comenta como tomou a decisão de documentar, r ao longo de todo o ano de 2022, como pessoas diferentes estavam atravessando esse período de enorme tensão no país, quando a própria sobrevivência da democracia estava em questão. “Pensava muito que, um dia teríamos que tentar explicar essa época tão estranha para nossos filhos, nossos netos. Ficava até com pena dos historiadores do futuro.”
Articulando o pessoal e o político, o filme faz o público reviver essa circunstância através das experiências e dos olhares de um grupo de personagens que estão em diferentes pontos do espectro ideológico e do país. Em comum, todos têm alguma ligação forte com o processo eleitoral. A produção aprendeu, fazendo o filme, como esse processo se desenrola. São muitas vezes personagens que não costumam estar no centro da tela, e sim nos bastidores, trabalhando, invisíveis. O filme conta ainda com a participação especial de Antonia Pellegrino.
Outras figuras também em destaque no longa são voluntários que trabalham nas eleições, que fazem o processo eleitoral e a democracia acontecer. Isso permitiu descobrir coisas geralmente pouco retratadas na mídia, como o funcionamento das urnas eletrônicas.
“Foi preciso inventar uma maneira de fazer esse filme. Como filmar um personagem que desconfia de você? Como fazer um filme quando todos os envolvidos têm lado?” O documentário, destaca a diretora, não é apenas sobre o período eleitoral, é “também sobre o medo e a tensão que estavam contidos naquele momento, as realidades paralelas, as fake news”.
Com personagens espalhados por lugares muito diferentes do país (Anajás, na ilha de Marajó, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília) a relação de confiança foi se construindo ao longo de muitos meses e conversas regulares. “Era importante ter um dispositivo de filmagem que fosse híbrido e flexível para lidar com a imprevisibilidade do instante. A gente vivia com o coração na boca, sem ideia do que ia acontecer”.
Kogut define que cinema é sempre um olhar, uma maneira de estar no mundo e, naquele momento tão conturbado, teve a sorte de estar fazendo um filme, que é uma forma muito rica, complexa e intensa de atravessar uma ocasião tão extrema como aquela. “Quando vejo o filme, revivo muita coisa, como acho que isso vai acontecer com todo mundo. Vendo o filme, cada um vê também seu próprio filme passar em sua cabeça. Fico feliz que tenha conseguido chegar ao final desse filme, que ele exista hoje e a gente possa mostrar.”
Depois de ganhar dois prêmios no Festival de Brasília (Prêmio do Júri e Melhor Montagem), No Céu da Pátria Nesse Instante vem percorrendo festivais no exterior. Foi selecionado para o Festival Biarritz Amérique Latine, o 27º Festival de Málaga (Espanha), a Dok.fest München (Alemanha), o 26º Festival du Cinéma Brésilien de Paris, Brésil en Mouvements (Paris), o Fidba (Buenos Aires), entre outros.
Sobre a diretora Sandra Kogut
Cineasta e documentarista, Sandra Kogut vem há anos utilizando diferentes mídias e formatos: ficções, documentários e instalações. Seus filmes receberam dezenas de prêmios internacionais e foram lançados em diversos países. Entre eles estão o documentário Um Passaporte Húngaro (2003); Mutum – longa-metragem de ficção baseado em Guimarães Rosa – que teve estreia mundial no Festival de Cannes (2007) e recebeu mais de 20 prêmios internacionais, além de ser lançado comercialmente em mais de 20 países.
Ambos os longas Campo Grande (2015) e Três Verões (2019) estrearam no Festival de Toronto e também correram o mundo, recebendo prêmios em Havana, Antalya, Málaga, Mar del Plata entre outros. Em 2021 Sandra Kogut idealizou e dirigiu o documentário Voluntário ***1864 sobre os voluntários das vacinas contra a Covid, uma produção GloboNews/Globoplay.
Sinopse: Rodado ao longo do ano de 2022, o filme acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, no dia 8 de janeiro de 2023. Através do olhar e da vivência de alguns personagens envolvidos no processo das eleições, mergulhamos num Brasil de tensão e expectativa, onde coexistem realidades paralelas, que têm dificuldade de se enxergar mutuamente. Um registro de um momento na história do país onde a democracia esteve seriamente em jogo.
Ficha Técnica
Roteiro: Sandra Kogut
Direção: Sandra Kogut
Fotografia: Léo Bittencourt
Montagem: Renata Baldi, Sandra Kogut
Som: Bruno Armelin
Trilha sonora: O Grivo
Produção Executiva: Desirée Portela
Direção de Produção: Ligia Turl
Produtores: João Roni, Sandra Kogut, Henrique Landulfo
Produção: Ocean Films, Marola Filmes e Kiwi Filmes
Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil
Elenco: Adenilson Ferreira, Antonia Pellegrino, Edivan Santos, Estela Maria de Oliveira, Juliano Maderada, Milena Batista, Neli Belem, Osvaldo Pires, Rute Sardinha
Sobre a Ocean Films
Ocean Films é uma produtora brasileira com mais de 20 anos de experiência. Já colaborou com diversos canais e plataformas, como: Netflix, Globoplay, HBO, ESPN Brasil, TV Globo, Turner Broadcasting Latin America, RTP (Portugal), MTV (Índia), TV Cultura, Canal Brasil, entre outros.
Entre seus projetos destacam-se produções de esmerado apuro técnico e artístico e também com um forte teor de responsabilidade social e ambiental.
Seu primeiro longa-metragem, “Pequeno Segredo”, foi selecionado para representar o Brasil no Oscar de 2017 na categoria de Melhor Filme Internacional.
A empresa produziu a série de doc-reality “Por Um Respiro” (Globoplay), a série de ficção “Temporada de Verão” (Netflix), a qual criou e coproduziu, e a série documental “Transamazônica – Uma Estrada Para o Passado” (HBO), vencedora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2022, na categoria Melhor Série de Documentário.
O longa-metragem documental “Amazônia, a Nova Minamata?” (dirigido por Jorge Bodanzky) teve mais de 27 exibições em festivais e eventos internacionais – como na Conferência das Águas da ONU. Em 2024 estreou o longa-metragem de ficção “Meu Amigo Pinguim”, protagonizado pelo astro francês Jean Reno, no qual João Roni, sócio da Ocean, é produtor executivo.
COPRODUÇÕES GLOBO FILMES, GLOBONEWS E CANAL BRASIL
Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil assinam juntos a coprodução de cerca de 50 documentários. São projetos artisticamente contundentes, diversos, atuais e que geram debates essenciais para a sociedade brasileira; linguagens e olhares que atravessam tempos e fronteiras. Os docs frutos dessa parceria já estiveram em centenas de festivais no Brasil e no mundo, como IDFA, Hot Docs, ganhando prêmios em Veneza e no É Tudo Verdade (ÉTV) – maior festival de documentários do Brasil, que habilita o filme para o Oscar.
Alguns destaques: “Sinfonia de um homem comum”, de José Joffily (único brasileiro na mostra Frontlight do IDFA 2022, maior festival de docs do mundo, exibido no Hot Docs, Menção Honrosa do ÉTV 2022); “Menino 23”, de Belisário Franca (pré-lista do Oscar 2017); “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (Melhor Documentário sobre cinema da Venice Classics no Festival de Veneza 2019 e segundo documentário mais assistido no Canal Brasil em 2021);
“Fevereiros”, de Marcio Debellian (maior bilheteria do cinema entre docs brasileiros em 2019, 1º lugar no ranking das TVs por assinatura na faixa de documentários da GloboNews em 2021); “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor ÉTV 2020); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do ÉTV 2019); e “Mussum – Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira (documentário mais assistido do Canal Brasil no sinal ao vivo do Globoplay+Canais em 2021).
Sobre a distribuidora O2 Play
A O2 Play é dirigida por Igor Kupstas sob a tutela de Paulo Morelli, sócio da O2 Filmes. A distribuidora faz parte do grupo O2, que também tem como sócios o cineasta Fernando Meirelles e a produtora Andrea Barata Ribeiro.
Em atividade desde 2013, a O2 Play se diferencia das demais distribuidoras por trabalhar, além do cinema, TV e vendas internacionais, o VOD (Video on Demand) – licenciando conteúdo para além de 30 plataformas digitais.
Já foram mais de 80 filmes lançados em cinemas, entre títulos brasileiros premiados, como Sócrates e Chorão – Marginal Alado, e internacionais, em parceria com a Netflix, como O Irlandês, Dois Papas, Não Olhe Para Cima, Bardo, Pinóquio por Guillermo Del Toro – estes dois últimos indicados ao Oscar® 2023, Priscilla e Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você.
A lista de longas ainda inclui parcerias com a MUBI: Annette, que abriu o Festival de Cannes 2021 e conquistou o Prêmio de Melhor Direção, Crimes of the Future, que estreou no Festival de Cannes 2022, o vencedor do Oscar® 2022 de Melhor Filme Internacional Drive My Car, o vencedor do Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes 2022 Holy Spider, o indicado ao Oscar® 2023 de Melhor Ator Aftersun, o indicado ao Oscar® 2023 de Melhor Filme Internacional Close e o indicado ao Oscar® 2024 de Melhor Filme Internacional Dias Perfeitos.
Mais informações no site da O2 Play.
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