Icônico e centenário, o Hotel La Mamounia, localizado em Marrakech, há um século é sinônimo internacional de excelência em hotelaria. Entre os inúmeros prêmios que acumula em sua história, em 2023 inseriu mais dois importantes reconhecimentos ao seu já vasto portfólio. Desta vez, o de Melhor Hotel da África e sexto Melhor Hotel do Mundo de acordo com o ranking The World’s 50 Best Hotels 2023.
A celebração do centenário da propriedade foi assinalada, anteriormente, por um período de obras de renovação para preservar seu DNA, que, nas palavras de seu diretor-geral, Pierre Jochem, pode ser traduzido por nobreza e elegância. “Todo o trabalho foi pensado em cada detalhe e o designer francês Patrik Jouin e o arquiteto canadense Sanjit Manku executaram com maestria.
“Foram necessários três meses e 300 artesãos para repensar estes lugares. Por isso, em vez de utilizar a palavra renovação, prefiro inovação, que é o que foi realizado nesses dias de intensos trabalhos. Temos, agora, um La Mamounia centenário, porém mais jovem e mais resistente do que nunca e sempre fiel à sua herança e charme seculares”, diz Pierre Jochen.
Nesse contexto, a dupla de profissionais se encarregou de revitalizar e redesenhar quatro espaços do hotel: a Recepção, as Alcovas, o Salão d’Honneur e a Galeria e Lounge Majorelle. Em cada um desses locais Jouin e Manku imprimiram novas energias, criando ambientes extremamente elegantes e acolhedores para homenagear a tradição marroquina de hospitalidade e generosidade.
Destaque das inovações apresentadas, o Lustre Centenário, que mais parece uma joia inspirada nos adornos nômades, ilustra perfeitamente a ponte entre um passado ancestral e um presente com recursos tecnológicos e conceituais que imprimem um encantamento impactante.
O projeto do hotel cuja construção começou nos anos 1920 foi uma iniciativa da Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro, empresa estatal que até hoje é acionista majoritária do La Mamounia. E foi durante a concepção do hotel que começou uma longa e consistente história com arquitetos, artistas e designers franceses, representantes máximos da sofisticação há séculos.
Dos anos 1920 de Henri Prost e Antoine Marchisio aos anos 2020 do duo Patrick Jouin e Sanjit Manku, o La Mamounia teve grandes reformas assinadas por Jacques Majorelle nos anos 1940 – sua casa e jardim são passeios imperdíveis em Marrakech –, por André Paccard no fim dos anos 1980; por Alberto Pinto, no fim dos anos 1990; e por Jacques Garcia entre 2006 e 2009.
Icônico Hotel La Mamunia celebra 100 anos sinônimo internacional de excelência em hotelaria
Foram muitas as ampliações, mudanças e reposicionamentos. Hoje, o La Mamounia tem 135 quartos – a partir de 28 metros quadrados –, 65 suítes, 6 suítes excepcionais e 3 riads, as villas típicas marroquinas, fechadas para o exterior e construídas em volta de um pátio central, com 700 metros quadrados, piscina privativa e três quartos cada um.
Se grande parte das acomodações tem terraços com vista para os jardins, os picos nevados da Cordilheira do Atlas ou para o minarete de Koutoubia, todas são ricamente decoradas com o melhor das artes tradicionais marroquinas, como os mosaicos zelliges, as madeiras entalhadas e pintadas tazouaqt, o trabalho ornamentado em stucco, além de mármores, veludos, flores frescas e camas king-size.
Mas o hotel está em constante aprimoramento de olho no futuro – e na concorrência, que não para de aumentar em Marrakech –: “Além do passado prestigioso, da localização imbatível no coração de Marrakech e depois da primeira fase de renovação assinada pelo célebre escritório Jouin Manku, o La Mamounia está passando agora pela renovação dos espaços públicos que serão inaugurados durante as festividades do centenário, em outubro de 2023”, anuncia o diretor-geral do hotel, Pierre Jochem.
“Nosso desafio é manter a autenticidade da herança do hotel ao mesmo tempo que responder às necessidades e expectativas de uma clientela mais jovem. No quesito sustentabilidade, por exemplo, temos o projeto de um sistema de tratamento de águas residuais que tornará o La Mamounia autossuficiente na irrigação dos jardins ”, complementa.