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O programa Mulheres In Tech, desenvolvido pela ONG Fly Educação, com o apoio do Instituto Syn, foi co-criado por e para pessoas negras e formou as primeiras 30 alunas 

ONG Fly Educação
ONG Fly Educação

 

]Segundo dados da Brasscom, a presença de mulheres negras no setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) cresceu 1,6% em 2023, e 13,3% em 2022, ou seja, mais de 135 mil profissionais negras foram contratadas para a área. Ainda assim, mulheres e pessoas negras ainda são minoria entre as lideranças, é o que aponta o Panorama da Liderança Tech no Brasil 2023/2024, da Strides Tech Community.

Com iniciativa pioneira na América Latina, a ONG Fly Educação, ong que capacita pessoas em vulnerabilidade social com ferramentas de inteligência socioemocional, tecnologia social e empreendedorismo, identificou esse gap e quer mudar essa realidade. Por isso, desenvolveu a primeira turma dedicada a mulheres negras com capacitação em Gestão Tech e Inteligência Artificial (IA).  

A ideia nasceu da própria experiência de Alejandra Yacovodonato, fundadora e diretora executiva da Fly Educação, que, ao buscar por uma profissional negra atuante da área de Tech Lead, não a encontrou no mercado.

“Essa ausência de mulheres negras nas áreas de inovação tecnológica é um reflexo da desigualdade”, afirma. “Quando falamos em acesso à IA, cerca de 90% das patentes relacionadas a essa área estão concentradas nos EUA e China. Democratizar o acesso a essa tecnologia, bem como preparar mulheres negras para estarem nessa frente enquanto liderança significa garantir que elas tenham acesso aos seus benefícios e oportunidades”.

A primeira turma do “Mulheres in Tech versão Pretas: IA & Gestão”, composta por cerca de 30 alunas, foi formada no dia 9 de outubro e contou com o apoio da edtech Alura, maior ecossistema de educação em tecnologia, e do Instituto Syn, área social do Grupo SYN, que promove projetos e ações de responsabilidade social focados em quatro pilares de atuação: Empregabilidade, Empreendedorismo, Relacionamento & Cultura, e Voluntariado.  

“Esse é um programa que temos orgulho em financiar, pois além da possibilidade de gerar melhores oportunidades de emprego e renda, ainda permite diminuir a lacuna de mulheres no mercado de trabalho de tecnologia. A realização no entorno dos nossos empreendimentos em São Paulo e Rio de Janeiro tem como objetivo contribuir para a evolução social nos locais e a diminuição das desigualdades sociais”, explica Grasiela Caldeira, Coordenadora de Responsabilidade Social do Instituto SYN.  
 
Por e para pessoas negras 

O curso teve como diferencial a presença de mulheres negras em todas as etapas – professoras, mentoras e palestrantes convidadas – com exceção de Abner Simões, voluntário, Consultor de IA e Educação Corporativa, além de Coordenador de Educação no Cenp, que foi responsável por desenvolver os primeiros módulos da turma: técnico, para que as alunas compreendessem os fundamentos da tecnologia, explorando conceitos como IA e Machine Learning; e outro voltado para habilidades de liderança, idealizado pela especialista Jessica Alves, com o objetivo de promover o empoderamento.  

“O senso de pertencimento perpassou cada detalhe da formação, desde a escolha de imagens e vídeos com personas pretas, até a priorização de conteúdos que promovessem  identificação. Essa abordagem contribuiu para criar um ambiente mais receptivo para a absorção do conhecimento. Afinal, não basta o discurso técnico, é preciso fazer a conversão para o ‘não-técnico’ e adequá-la para aquela realidade”. 

Histórias reais. Mulheres reais 
Formada em jornalismo e mestre em Relações Étnico Raciais, Beatriz Carvalho, carioca de 31 anos, se define como teimosa e apaixonada por desafios. Atualmente,  ocupa cargo de gestão na área comercial e viu no curso da ONG Fly a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos.

“Não planejava atuar como gestora, nem estar fora da minha área de formação, ainda assim, tenho extraído ensinamentos dessa experiência. É impossível negar que na prática as coisas são diferentes, tendo que driblar assédios e outras violências. No entanto, com as ferramentas socioemocionais me sinto mais apta a perseverar”. 

Tânia Coimbra, carioca de 46 anos e mãe de três filhas, é formada em Logística Empresarial, e atualmente lidera a área financeira de uma empresa. No último aniversário, em meio a tantas adversidades, pediu por mais oportunidade e a ganhou por meio do Mulheres in Tech. “Defino o desenvolvimento das habilidades socioemocionais em uma palavra: ‘perfeito’.

Nas aulas me senti fortalecida e estimulada a continuar. Dificuldades reais foram divididas, gerando grande pertencimento. Vejo como esse conhecimento atua como divisor de águas e me permitiu lidar com as situações de forma mais inteligente emocionalmente”.  

Mulheres In Tech 
Com cerca de 10 anos de atuação, a ONG Fly Educação já impactou 300 mil pessoas indiretamente, sendo 8 mil diretamente, por meio de mais de 200 projetos, dentre eles o Mulheres in Tech, que já atendeu mais de 16 turmas. Segundo o censo Fly de Empregabilidade, o projeto gerou R$ 5 milhões em renda anual para mulheres em vulnerabilidade social, sendo que 54% das estudantes formadas pelo programa encontraram um trabalho na área da tecnologia após o curso.  

Além disso, nestes empregos, cerca de 77% das estudantes estão recebendo de 1 a 3 salários mínimos (de R$ 1.412,00 a R$ 4.236,00), 14% recebem de 3 a 4 salários mínimos (R$ 4.236,00 a R$ 5.648,00), enquanto pouco mais de 2% entre 5 a 7 salários mínimos (R$7.060,00 a R$ 9.884,00). “Nosso objetivo é impactar diretamente a vida de mais de 10 mil jovens e mulheres, oferecendo programas personalizados de desenvolvimento de habilidades técnicas e socioemocionais”, estima Yacovodonato. 

Sobre a ONG Fly Educação & Cultura 
A ONG Fly Educação e Cultura é pioneira que capacita pessoas em vulnerabilidade social para o mercado de trabalho por meio de ferramentas de inteligência socioemocional, tecnologia social e empreendedorismo. Fundada em 2014 por uma mulher venezuelana refugiada, a ONG conta com programas pioneiros no Brasil e já impactou mais de 8 mil pessoas em cerca de 10 anos no Brasil e América Latina. Até 2025, projeta impactar diretamente mais de 10 mil pessoas. 

Sobre o Instituto SYN 
O Instituto SYN é a área social do Grupo SYN, especialista no mercado imobiliário comercial brasileiro. Por meio de parcerias estratégicas, o ISYN promove projetos e ações de responsabilidade social focados em quatro pilares de atuação: Empregabilidade, Empreendedorismo, Relacionamento & Cultura, e Voluntariado.   

As iniciativas apoiadas pelo Instituto SYN são direcionadas às comunidades dos entornos dos shoppings centers, empreendimentos comerciais e galpões administrados pela SYN, localizados no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santo André. Empreendendo ações que possam gerar renda, aprendizagem e capacitação profissional, o ISYN busca colaborar para a mobilidade e inclusão social no Brasil.   

Em 5 anos de atuação, o Instituto já impactou mais de 820.000 pessoas, com um investimento na ordem de R$ 16 milhões.

Saiba mais em: https://www.institutosyn.org.br/ 

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