Isabel Fillardis sentiu que era hora de voltar aos palcos. Procurou um diretor musical, juntos formaram uma banda e aí surgiu o show “Refeita”, com o qual ela tem rodado o país. Na noite desta segunda-feira (22/4), véspera do feriado de São Jorge, ela lotou o Hotel Fairmont, em Copacabana, com seu show.
“Minha relação com São Jorge começa no meu batizado, já que batizada na igreja dele, em Quintino. O sincretismo com o Candomblé, com toda sua ancestralidade através de Ogum, faz parte da minha essência. Fui batizada na igreja católica, mas o berço de toda a minha família é na Umbanda, tem também uma parte candomblecista.
Então, sempre digo que sou espiritualista. Minha ancestralidade fala muito alto comigo o tempo inteiro, é como eu me comunico com Deus”, diz Isabel, criticando os casos de intolerância religiosa e até mesmo o preconceito contra o uso do termo macumbeiro. “O termo macumba não tem nada a ver com feitiçaria, magia negra. A sociedade tem uma tendência a ter medo do desconhecido e isso tem nos levado a lugares muito caóticos, como o racismo religioso”, afirma.
Além da homenagem a São Jorge, no repertório, o melhor da black music com canções de seus ídolos, dentre eles, a cantora Sandra de Sá . A artista também fez bonito em uma releitura de clássicos do cantor Benito de Paula. “São canções que falam e contam um pouco da minha história. São referências musicais que eu tenho ao longo da minha trajetória no canto”, explica Isabel.
O título do show, “Refeita”, reflete o momento em que a artista, que chega aos 50 anos, está. É o momento de se rever, se refazer. “São canções que falam e contam um pouco da minha história. São referências musicais que eu tenho ao longo da minha trajetória no canto. No geral, meu repertório vai da black music ao R&b, americano e brasileiro”, explica a artista.
Isabel Fillardis na véspera do feriado de São Jorge 22/04 recebe em seu show “Refeita”
Fotos Reginaldo Teixeira