A partir de amanhã 25/07 começa o Leilão Acervos/Coleções 2024 da querida Martha Burle Escritório de Arte e a a exposição dos itens abriu essa semana e também seguiu em catálogo on-line para clientes e colecionadores de um vasto material de importância cultural e histórica que sempre está presente nos leilões da leiloeira Martha Burle.
Um retrato pintado á óleo do fim do século XIX em que muitos acreditavam ser o retrato da Imperatriz Leopoldina foi finalmente revelado o mistério trata-se “Katharina Barbara Weiss “.
Óleo sobre tela, portrait de Katharina Barbara Weiss, nascida Roser (1773-1835), retratada pelo renomado artista alemão Gottlob Wilhelm Morff (1771-1857), um dos retratistas mais requisitados do Reino de Württemberg. Med. 73 x 58,5 cm (MI); 87 x 72 cm (ME). Europa – Século XIX.
Reentelada e restaurada, a obra apresenta intervenção, tendo sido acrescida à tela as iniciais “D L I”, Dona Leopoldina Imperatriz, encimadas por coroa de Dom Pedro I, coroa confeccionada ao primeiro Imperador do Brasil, Provavelmente acrescidos a época de sua restauração na Europa. Existe pintura semelhante com imperceptíveis diferenças de autoria de Gottlob Wilhelm Morff , que nos revelou a identidade da retratada, catalogada no Acervo do Museu Alemão Staatsgalerie Stuttgart, tendo sido um legado de Friedrich Dörner, Stuttgart em 1935.
A descrição da pintura na ficha técnica do museu catalogação nº 1944 – “A babá parece fora de cena com uma sugestão de sorriso. Uma larga tiara cravejada de coral adorna seu cabelo, que cai em cachos em forma de saca-rolhas. Um babado de renda decora o decote do vestido esverdeado, cujo fecho também é decorado com coral. O vestido tem corte clássico, tem decote largo e mangas bufantes.
A filha do açougueiro de Stuttgart, Katharina Barbara Weiss, nascida Roser (1773-1835), é casada com o mestre construtor Johann Jakob Weiss desde 1799. Morff também pinta seu retrato em contrapartida ao de sua esposa (inv. nº 1943). O casal tem quatro filhos. O pintor de retratos e miniaturas de Stuttgart Gottlob Wilhelm Morff (1771-1857) é aluno de Philipp Friedrich Hetsch.
Ele é um dos retratistas mais requisitados do Reino de Württemberg.” Proveniência através de relato oral: A obra pertenceu a Massimo Sciolette (italiano naturalizado brasileiro), que ocupava o cargo de adido comercial do Brasil em Paris desde o tempo do Getúlio Vargas.
Ele era apaixonado pelo Império do Brasil. Na revolução de 1964, os militares o retiraram do cargo. Ele e a mulher Irene continuaram a morar em Paris, mas tiveram que se desfazer de parte da coleção. O Colecionador Basileu da Costa Gomes, amigo de Sciolette, comprou o quadro e trouxe para o Brasil. Posteriormente sua filha presenteou a obra para o acervo, de outro apaixonado por titulares, Coleção Stambowsky – Rio de Janeiro/RJ.
Nota de Agradecimento : Gratidão a Tarcio Via, antique jewelry and art consultant em Fort Lauderdale, Florida, que nos proporcionou a oportunidade de identificação da identidade da retratada. Muito bom somar esforços e fazer trocas amistosas, amorosas e pró-ativas que nos levam ao nosso objetivo comum que é salvar obras de arte e encaminha-las para novos cuidadores – colecionadores. Fonte : https://www.staatsgalerie.de/
Leilão Acervos/Coleções de Martha Burle amanhã 25/07 com destaque para retrato famoso
Outras peças de destaque no leilão de Martha Burle
Brasonado – Preciosa travessa de porcelana na cor branca sem marca de manufatura aparente. Borda adornada por filete de dourado, ostentando brasão de Marques não identificado. Ao centro, uma paisagem pintada à mão reproduzindo a iconografia Pernambucana. Med. 3 x 23 cm (ME). Marcas e desgastes do tempo. Acervo Particular Rio de Janeiro – RJ. A partir de pinturas de Franz Post.
Fotos Divulgação
