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Vik Muniz é um ilusionista – um mágico na construção de imagens que não existem, mas que se tornam reais”, afirma Daniel Rangel.

Vik Muniz - Postcards from Nowhere São Paulo 2014
Vik Muniz Postcards from Nowhere São Paulo 2014

“Suas obras possuem camadas que tensionam diferentes questões de cunho poético – aspectos formais e processuais – e político, abordagens e relações que estabelece com o sistema da arte”. O curador complementa: “As obras dialogam com essas camadas do cotidiano, atravessando os espectadores por meio de um encantamento visual e um deslumbramento processual que despertam distintas interpretações cognitivas e sentimentos de afetividade e pertencimento”.

Para explicar o processo criativo de Vik Muniz, o curador chama o artista de “fotógrafo agricultor”, “um jardineiro que utiliza sementes diversas – açúcar, chocolate, caviar, diamantes, brinquedos de plástico, revistas, cartões-postais e até mesmo resíduos — que florescem em potentes imagens, ‘re-retratando’ aquilo que parece já termos visto”. O artista cria imagens usando determinados materiais, e as fotografa. “Isso captura nosso olhar e ativa nossa mente”, assinala Daniel Rangel.

Relicário Fetiche de Pregos [Nail Fetish] 2010
Relicário Fetiche de Pregos [Nail Fetish] 2010

Além das obras iniciais de Vik Muniz, dos anos 1980, algumas das 37 séries de obras que serão exibidas são: “Imagens de arame”, “Imagens de linha”, “Crianças de açúcar”,“Imagens de terra”,“Imagens de chocolate”, dos anos 1990; “Imagens de caviar”, “Imagens de diamantes”, “Pictures of Earthworks”,“Imagens de sucata”,“Imagens de lixo”, dos anos 2000; “Dinheiro Vivo”(2022 e 2024), e obras feitas com manteiga de amendoim e geleia – “Duas vezes Mona Lisa (1999), da série “AfterWarhol”; com um prato de macarrão e molho – “Medusa Marinara” (1997); ou com feijão:“Che, a partir de Alberto Korda”(2000).

Daniel Rangel salienta também que a exposição “aproxima a produção de Vik Muniz do universo (pop)ular, tão presente e recorrente na cultura nordestina – seja pela utilização de elementos do cotidiano, pela forma como os organiza ou pelas imagens que produz”.

No Octógono, dentro da Galeria Lourdes Brennand, haverá uma linha de tempo e será exibido um vídeo com depoimentos de Vik Muniz.

Medusa Marinara 1997
Medusa Marinara 1997 

 

Serviço: Exposição “Vik Muniz – A Olho Nu”

13 de junho a 31 de agosto de 2025

Instituto Ricardo Brennand

Alameda Antônio Brennand, s/n, Várzea, Recife

Funcionamento (horário estendido): terça a domingo, das 10h às 17h (última entrada às 16h30)

Ingressos: (http://www.institutoricardobrennand.org.br) e na bilheteria local

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