Christiane Torloni está de volta e um retumbante flashback da novela das nove, “Fina Estampa” na Rede Globo. No meio da quarentena temos a grata surpresa de depois do terrível Jornal Nacional com os números assombrosos do dia, eis que aparece Tereza Cristina com seu charme e sandices para nos divertir.
Nesse momento pandêmico resolver conversar com a atriz que nos dá certa alegria á noite antes de voltarmos a triste realidade da saúde pública. Outro fato que me mobilizou a ir atrás de nossa amada atriz foi o do triste cotidiano das famílias manauaras e dos índios no meio dessa guerra do vírus. Christiane Torloni há décadas defende os povos da floresta amazônica e em 2018 lançou o documentário “Amazônia, o despertar da Florestania”, dirigido por Christiane Torloni e Miguel Przewodowski e está no catálogo do NOW.
Por intermédio de Luiz Fernando Coutinho e Liege Monteiro conseguimos um hotline com ela. Hot, porque a voz de Christiane é acalentadora e muito sedutora. Seu pensamento alinhado ao momento atual logo nos levou aos povos da floresta, hoje tão desamparados. Christiane é conselheira da organização Fundação Amazonas Sustentável (www.fas-amazonas.org) e essa é a sua missão mais importante dar voz a eles. Está com eles há dez anos participando ativamente das ações da FAS e também está divulgando a mais recente ação para campanha de doação para combater o Covid -19 no link https://www.welight.io/combate-covid-no-am
“Sou apaixonada pelo trabalho da FAS, que atua principalmente na educação com sustentabilidade, na saúde e na cidadania. Além de trabalharem em uma grande área de aproximadamente 11 milhões de hectares na floresta do estado do Amazonas, eles atuam também comunidades carentes dentro de Manaus e outras cidades. É um trabalho belíssimo e muito necessário, principalmente neste tempo de pandemia mundial”, conta ela.
O filme que Christiane dirigiu foi um salto na sua carreira, por trás das câmeras Christiane se jogou na busca da identidade dos povos ribeirinhos da floresta amazônica. Seus medos e conflitos e também sua cultura. Esperamos o próximo.
Além de seu trabalho no cinema Christiane Torloni estava interpretando Maria Callas, no espetáculo Master Class, do autor Terence McNally, o espetáculo chegou ao número de 75 mil espectadores e viajou por grande parte do Brasil e Christiane e com diretor José Possi Neto pensavam em retornar aos palcos nacionais.
-Foi muito feliz fazendo “Callas” tive a chance de representar em teatros maravilhosos como Theatro Amazonas, o teatro da Paz e Theatro São Pedro em Porto Alegre. Teatros operísticos que captavam a magnitude dessa grande estrela.
-Fiquei muito triste com a morte do Terence Mcnally, um dos primeiros a morrer de Covid -19, nos Estados Unidos. A peça é um presente que eu tinha muito receio em fazer até Marília Pera, disse que a peça tinha tudo de belo e que eu faria uma linda Callas, me senti apadrinhada por ela, conta Christiane.
Sobre Tereza Cristina, a atriz conta que foi uma surpresa a volta desse sucesso.
– A dramaturgia e o texto são excelentes, Aguinaldo Silva me deu esse presente e a parceria com Marcelo Serrado também foi fundamental para o sucesso.
A volta de Tereza Cristina com seus ataques histriônicos são com um bálsamo depois das tristes realidades apresentadas pelo Jornal Nacional.
Christiane Torloni é uma voz muito ativa em seu instagram principalmente cobrando nossas instituições em relação a cultura, saúde e cidadania. A sigam.