Foi em 2018 que conheci o trabalho do artista plástico Elvis Almeida, na abertura da primeira exposição individual em espaço público no Paço Imperial. Percorri a grande galeria e fiquei impactado com as obras. Formatos grandes e todos bem estudados e pensados. Formas tão simples que se transformavam em um conjunto impactante.
Esperei conhecer um senhor, mas que nada. Um rapaz cheio de vida e contagiante apareceu. Conversamos pouco é verdade, mas suas obras falavam por si. Na primeira oportunidade que uma obra sua surgiu nem um charity auction ano seguinte no Parque Lage eu não resisti e fiz meu lance. Tive sorte. Fiquei com um gostinho de quero mais. Vou visitar a galeria Mercedes Viegas para ver mais obras desse colorista sensacional.
1) Quando você começou a pintar?
Eu sempre desenhei, e o desenho já fazia um meio termo com a pintura, mas eu só comecei a girar o pensamento na direção da pintura em 2012/ 2013
2) A partir do desenho vem a pintura?
Não. Porém hoje uso muitos recursos que talvez estejam mais relacionados a gravura e ao desenho, geralmente estou tentando fazer uma mistura com os recursos que vão aparecendo, mas a pintura não nasce a partir de um desenho.
3) Você segue algum padrão, símbolos?
A bola, bolinha, bolota(risos)! O círculo está sempre presente na minha pintura, é um elemento que vai aparecendo naturalmente, cada vez menos tímido e que contamina tudo. É legal perceber que o círculo foi e é fortemente representado em diferentes culturas e a simbologia que ele carrega.
4) Sua rotina mudou com a quarentena?
Tudo mudou com a quarentena!
5) Quem você pesquisa?
No momento acho que estou revisitando com força aspectos artísticos da minha adolescência, coisas relacionadas ao skate, rock e quadrinhos. Mas ao mesmo tempo estou passando muito tempo prestando atenção em artistas como o Jorge Mautner, Jards Macalé e a Nação Zumbi.
6) Sua pintura tem uma explosão de cores os eventos culturais populares te inspiram?
Sim, certamente!
7) Nesse momento como artista o que mais te preocupa?
Nesse momento sinto raiva, mas como cidadão mesmo(risos)! A coisa toda da pandemia já era o suficiente para deixar qualquer pessoa preocupada e somando com o cenário político do Brasil é pra ficar de cabelo em pé!
8) Você acha que artista tem que ter plano de carreira?
Difícil essa! Acho a carreira artística uma corda bamba. Sempre penso na figura do equilibrista. As vezes bate um desespero, mas costumo acreditar na sorte e no trabalho.
9) Você tem planos de residencia internacional?
Não.
10) Uma experiencia mais global é importante para você ou tá tudo dentro de você?
No momento caminhar sem objetivo pelo bairro e conversar com a caixa do supermercado são as experiências globais que estão sendo importantes.