Pintor, desenhista, escultor e gravador, Carlos Bernardo Bracher nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1940. Em sua premiada carreira, o artista tem como tema recorrente a paisagem e dedica-se ao “dramático e mágico exercício de compreendê-la”.
Bracher substitui a pincelada solta por outra mais impessoal, criando superfície lisas, valorizando as linhas de contorno e a definição quase escultórica das formas, com o predomínio de uma gama cromática constituída por tons frios.
Como poderemos ver no vídeo com lançamento sexta, dia 18 de setembro, às 16h, no Projeto Arte em Diálogo – Na Quarentena, nas redes sociais do do Museu Nacional de Belas Artes: Facebook – MNBARio e Instagram – @mnbario
Frequentador da Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, em Juiz de Fora, (MG), no inicio de sua formação, entre 1965 e 1966, Carlos Bracher foi aluno de Fayga Ostrower (1920 – 2001) na UFMG, em Belo Horizonte, quando pintou as igrejas barrocas e o casario colonial mineiro. Estudou técnicas de mural e de mosaico com Inimá de Paula
Em 1967, recebeu o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, o que o levou a fixar-se principalmente em Paris e Lisboa, onde aperfeiçoou sua pintura e expôs em galerias locais. Em 2016, Bracher ganhou o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais, vencendo a categoria Cultura – Artes Plásticas – Pintura outros tempos.
Retornando ao Brasil em meados de 1970, Bracher passou a residir em Ouro Preto (MG). Em 1989, ganhou a exposição retrospectiva de seus 30 anos de trabalho, intitulada “Pintura Sempre”, em São Paulo, Curitiba, Rio, Brasília e Belo Horizonte. No ano seguinte, o artista pintou uma série de quadros em homenagem ao centenário da morte do pintor holandês Vincent van Gogh (1853 – 1890), que foi exposta em galerias e museus no Brasil e no exterior.
Sua obra foi analisada em vários livros, como “Bracher”, do crítico Olívio Tavares de Araújo, em 1989, e “Bracher: Do Ouro ao Aço”, em 1992. “A obra de Bracher apresenta uma visão dramática da paisagem mineira. Também as paisagens do Rio de Janeiro e São Paulo são marcadas por essa dramaticidade, conferida principalmente pela gama cromática densa e escura”, afirma Olívio Tavares.
O Museu Nacional de Belas Artes/IBRAM, desenvolveu o projeto Arte em Diálogo – Na Quarentena, para proporcionar aos artistas contemporâneos e à sociedade civil uma interação afetiva e reflexiva, neste difícil momento de isolamento social.