A artista Claudia Sehbe e a psicanalista Gilda Pitombo debatem a poetisa e escritora Sylvia Plath, terça-feira, dia 1 de junho às 17 horas na sala de Leitura da Cidade das Artes. O tema será a obra confessional da americana que teve uma vida de altos e baixos emocionais, suicidando-se aos 30 anos. Vivendo um relacionamento abusivo, ela deixou 2 filhos pequenos e de alguma forma ela faz uma retratação ao feminino através do rompimento com um olhar submisso sobretudo da mulher casada. Vale Conferir
Cidade das Artes: Avenida das Américas 5300 – Barra da Tijuca – O evento é grátis.
“Qual seria a minha contribuição como psicanalista neste projeto de literatura ?
Penso que o que nos acorda é a questão do feminino que Freud chamou de continente obscuro e situou a solidão de cada um . Os poetas conseguem dizer desse vazio sem representação possível, foi como Sylvia Plath falou da maternidade logo no inicio do livro , a primeira voz. Me sensibilizou muito a maneira como descreveu seus filhos: Estas imagens puras e minúsculas / Têm as solas dos pés incólumes . Como se caminhassem no ar /
Penso que o que nos acorda é a questão do feminino que Freud chamou de continente obscuro e situou a solidão de cada um . Os poetas conseguem dizer desse vazio sem representação possível, foi como Sylvia Plath falou da maternidade logo no inicio do livro , a primeira voz. Me sensibilizou muito a maneira como descreveu seus filhos: Estas imagens puras e minúsculas / Têm as solas dos pés incólumes . Como se caminhassem no ar /
A poética de Plath substancia-se na ambivalência , na dualidade , na tensão constante entre afirmação e contradição, entre enclausuramento versus liberdade – Essa seria sua estética feminina . Entre a Corda e a Mulher a relação é ambígua. Dizia Plath : “ sou uma ferida aberta que eles deixam passar” . Para a psicanálise a relação é faltosa , incompleta. O ato criativo busca dar visibilidade ao vazio , revelam a incompletude constituinte dos objetos e a relação faltosa que os sujeitos estabelecem com eles. Esses campos poéticos rompem com os sentidos e com as estruturas lógico- discursivas, propiciando a criação de novos objetos. Lacan nomeou de objeto a , o objeto causa de desejo, objeto furado que move o sujeito em busca de um ideal do qual não se tem consciência , esse objeto que recobre a falta de representação e que se aproxima do conceito de objeto da arte contemporânea , mais próximo do registro do Real , da angústia , do inominável e que uma escritora como Sylvia Plath consegue dizer …
Cito Lacan 1995, p.13:”
Cito Lacan 1995, p.13:”