A galeria Verve exibe “Abismo Contínuo”, exposição individual do artista mineiro Marco Paulo Rolla, com texto crítico de Júlia Rebouças. A mostra inicia o programa de exposições do novo espaço da galeria, reinaugurada no histórico Edifício Louvre, projeto da década de 50 de Artacho Jurado em plena Avenida São Luís, no centro da cidade de São Paulo.
O recorte de obras de Abismo Contínuo apresenta a produção de um artista verdadeiramente multidisciplinar – com trabalhos que datam desde os anos 1990 até os dias atuais, todos inéditos em São Paulo, e que tem como eixo o corpo e suas inúmeras possibilidades. A mostra também conta com obras da série Transmutações, sua série mais recente, em que o artista investiga o limiar entre a abstração e a figuração na pintura. Nas palavras de Júlia Rebouças,
que assina o texto crítico da mostra, “o corpo na obra de Marco Paulo Rolla parece atuar como entidade detonadora de processos de transformação ou como meio catalisador de transmutações.
Ele é o molde da escultura, além de tema dos trabalhos; o condutor da performance, o motivo da pintura, a razão de desenhos, colagens, estudos. Do ponto de vista conceitual, para o artista o corpo é o agente que media a matéria dos dias e o sopro dos sonhos, que conecta espiritualidade e imanência, que aproxima a subjetividade individual da experiência coletiva”.