Julie Wein é uma garota/mulher que canta e muito bem. Dia 6 de janeiro, ela estreia um show no Blue Note em São Paulo só cantando musicas do compositor carioca Chico Buarque. Como não aproveitar e pedi-la uma canção exclusiva para o projeto “Minhas Amigas e Chico“. Julie Wein escolheu a canção “Todo o Sentimento” que nós adoramos e esperamos que vocês também.
Quando você se descobriu cantora?
Me descobri cantora quando criança. A música é uma das primeiras lembranças que tenho da vida. Eu passava horas e horas ouvindo música, cantando junto com os álbuns, isso era minha brincadeira favorita. Aos 6 anos entrei para o coral da escola e não parei mais. Fiz corais até quando fiquei velha demais para participar dos corais infanto-juvenis, então entrei para o teatro. Como sou filha de pais artistas e a maioria dos amigos deles também eram artistas, ser artista foi a profissão com a qual eu mais convivi.
Você gosta mais do palco ou do estúdio?
Amo o estúdio e sou apaixonada pelo palco. Difícil viver sem um dos dois.
Onde está seu coração nas letras ou na música?
Na música.
Você gosta de poesia?
Sim, muito!
Quais são seus autores prediletos?
De poesia eu diria que: Drummond, Clarice Lispector e Cecília Meireles
O que você tem que guardar segredo?
Tenho um diário que escrevo desde os 15 anos. Acho que nunca ninguém leu, além de mim.
Quais são suas referências musicais?
Dentre minhas referências musicais estão Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Jobim, Elis Regina, Marisa Monte e Milton Nascimento.
Você é da noite?
Costumo dormir às 22h30. Gosto de acordar cedo e fazer exercícios matinais, como natação no mar ou pedalar ao ar livre.
Porque Chico e quem te apresentou a ele?
Comecei a escutar Chico muito cedo. Lembro quando me apaixonei pelo CD “O Circo Místico”, que até hoje considero uma das maiores obras musicais já feitas. Por isso fiz questão de colocar duas músicas desse álbum no repertório do show. Chico foi um dos meus primeiros ídolos da vida. A primeira vez que ouvi Chico foi numa fita cassete no carro indo para o jardim de infância. Fiquei apaixonada, perguntei quem era. Minha mãe falou: o lado A da fita é Caetano, o lado B é Chico. A partir desse dia, eu só ia para a escola se fosse ouvindo o lado A e voltasse ouvindo o lado B, ou vice-versa. Certa vez pediram um trabalho na escola sobre ídolos e fãs, conceitos que eu ainda nem entendia direito o que era. Quando me explicaram, escolhi Chico e Caetano. A professora pensou que minha mãe tinha feito o trabalho (risos).