Abrindo as comemorações dos 80 anos do Museu Antonio Parreiras (MAP), a FUNARJ apresenta a exposição “Antonio Parreiras: paisagens e marinhas”, de 7 a 23 de janeiro, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Com curadoria de Vanda Klabin, a mostra reúne 37 telas realizadas pelo pintor, entre 1887 e 1937, e evidencia o pioneirismo do MAP, como primeiro museu de arte do estado do Rio de Janeiro e o primeiro, no Brasil, dedicado à memória de um artista.
Reconhecido como um dos principais paisagistas brasileiros, Antonio Diogo da Silva Parreiras nasceu em Niterói, em 1860. Em 1884, quando aluno do artista alemão Georg Grimm, abandonou a Academia Nacional de Belas Artes, acompanhando o mestre e outros colegas para formar o Grupo Grimm, no bairro de Boa Viagem. Realizou diversas viagens de aperfeiçoamento à Europa, pintou paisagens, nus, retratos e quadros de temas históricos, sendo escolhido como o maior pintor brasileiro em votação realizada pela revista Fon-Fon, em 1925. No ano seguinte, amplamente consagrado como artista, publicou o livro autobiográfico História de um pintor contada por ele mesmo.
Sobre a obra de Parreiras, Vanda Klabin destaca a forte relação do artista com a paisagem: “Sua sensibilidade pictórica e o constante fascínio que a natureza observada de perto exerceram no seu vocabulário visual traduzem a sua contribuição inovadora para o universo da arte brasileira”. A intepretação singular da natureza pelo pintor poderá ser conferida, no salão principal do MAC, em telas como “A tarde”, vendida em 1887 para financiar a primeira viagem de estudo do artista à Europa, e “O fogo”, integrante da última exposição de Antonio Parreiras, em 1936, e que denuncia as queimadas nas florestas brasileiras. A exposição, que é patrocinada pela SPE Praia de Boa Viagem, conta também com duas obras do artista alemão George Grimm, mestre de Parreiras, e um retrato do homenageado, por Numa-Camille Ayrinhac.
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