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A exposição “Afinidades Eletivas”, de Claudia Moreira Salles abre de 04 de abril a 21 de maio na Casa Zalszupin em São Paulo, espaço cultural administrado pela ETEL e galeria Almeida & Dale. Serão apresentadas cerca de vinte peças que marcaram a longa parceria entre ETEL e Claudia, que datam desde os inícios dos anos 1990 até hoje, e que dialogam com obras de arte intermediadas pela galeria Almeida & Dale e curadas pela própria Claudia, provenientes de movimentos artísticos variados, mas que se relacionam com sua obra na mescla de rigor técnico, elegância e delicadeza, características estas que estão presentes no DNA das criações da designer. A exposição é marcada pelo diálogo entre obras de arte e design de peças que marcaram a parceria entre ETEL e Claudia nos últimos 30 anos, além de duas criações inéditas da designer.

“Afinidades Eletivas”, tem seu nome inspirado em uma obra do escritor alemão Johann Wolfgang Von Goethe, um romance que trata de vontades e escolhas, mas principalmente sobre “as naturezas que ao se reunirem, rapidamente se prendem e se identificam”. Os móveis, objetos, e luminárias escolhidos, manifestam as afinidades entre seus diferentes materiais, com texturas, cores, formas e temperaturas, unidos em harmonia e função.

Dentre as peças de Claudia, estão o Carrinho de Chá, Banco Jangada, Banco Iracema, Mesa Cubo Livre, as Luminárias Excêntrica e Concêntrica, entre outros.

Banco Reentrância Claudia Moreira Salles com pedra natural em tom de goiaba e Obra Amilcar de Castro Casa Zalzsupin Foto Ruy Teixeira

 

Além disso, Claudia apresentará duas peças inéditas, a Mesa Afinidades e o Banco Medeiros. A Mesa Afinidades foi criada exclusivamente para a exposição na Casa Zalszupin. Seu desenho e escolha de materiais são baseados na mesa Guanabara de Jorge Zalszupin, com o intuito de estabelecer um diálogo e mostrar afinidade com a peça do mestre.

Já o Banco Medeiros parte de uma composição de planos verticais e horizontais com sua ortogonalidade quebrada pelo ângulo do assento. O banco possui uma presença arquitetônica e os materiais, pedra rústica e pinho de Riga, justapõem cores e texturas opostos. O uso do pé central, o balanço do tampo até o limite do possível e o uso da madeira e do concreto são elementos que definem ambas as criações.

“A arte sempre foi uma fonte de inspiração para mim. A concisão e clareza de ideias, a simplicidade e quietude trazida por formas e composições, a coerência e a mágica entre forma e matéria, são experiências que compartilho com certas obras e que guiam meu desenho. A casa que Jorge Zalszupin, por quem tenho imensa admiração, projetou e morou durante anos, transmite esses valores e se torna um catalisador para esse convívio da arte e design”, explica Claudia.

Dentre as obras de arte intermediadas pela galeria Almeida & Dale estarão expostos nomes como Willys de CastroLygia PapeGeraldo de Barros e Waldemar Cordeiro cuja geometria tem uma ligação óbvia com os móveis e objetos, e também obras de José Leonilson Bezerra DiasAlberto da Veiga Guignard e Lasar Segall que segundo Claudia, a emocionam por sua beleza forte e delicada.

Além disso, no andar de cima da casa, ao lado do estúdio do mestre Zalszupin, será mostrado o projeto da exposição como foi desenvolvido por Claudia no estúdio e uma série de painéis com os croquis das peças expostas, inspirações, amostras de materiais para mostrar que design é um processo, uma série de reflexões e idas e vindas até chegar ao produto final.

Mesa Reverso Claudia Moreira Salles e Obra Amilcar de Castro – Casa Zalzsupin – Fotos Ruy Teixeira

 

Luminária Cantante Claudia Moreira Salles e Obra Luiz Sacilotto – Casa Zalzsupin – Foto Ruy Teixeira

 

Banco Reentrância Claudia Moreira Salles com pedra natural em tom de goiaba e Obra Amilcar de Castro Foto Ruy Teixeira