Inspirando novas experiências comportamentais e estéticas quanto ao ato de se adornar
A Brazil Jewelry Week – BJW chega à Biblioteca Mario de Andrade – BMA para sua primeira edição presencial pós-pandemia. Idealizada pela joalheira Chrissie Barban, a BJW cresceu, se consolidou e transformou-se em mais que uma exposição. Em 2022, permite viver uma experiência de imersão cultural com uma gama diversa de atividades sobre o tema A História que me Habita- CORPO LIVRO | CORPO LIVRE.
Uma celebração ao reencontro e exaltação ao belo, à beleza, com grande exposição de peças autorais de joalheiros de sete países norte e sul-americanos, palestras e um simpósio nos quatro dias de duração do evento. A identidade cultural da joalheria latina contemporânea contém uma multiplicidade de expressões humanas que sobrevivem a séculos, preservando memórias e traços ancestrais. Porém, em sua evolução, adotam expressões que surgem em diferentes períodos históricos até os dias atuais.
“A História que me Habita representa a identidade individual de cada artista joalheiro. Uma identidade composta por diferentes atributos e características que se manifestam no processo de individualização. Individual, mas não único. O artista joalheiro carrega uma identidade que é, por si, múltipla devido à sua constante transformação. Uma identidade singular influenciada por características biossociais, específicas, de cada indivíduo”, diz Chrissie Barban.
A quarta edição da BJW é um convite a cada autor para que exponha sua história, a identidade social e cultural da joalheria contemporânea com identidade latino-americana. Como interagimos social e artisticamente dentro de uma mesma comunidade? Como nos comprometemos individualmente com essa transformação? A História que me Habita busca oferecer uma possibilidade de criar e expressar uma identidade, em permanente construção, fruto de diálogo constante ao longo da experiência. “São obras de arte que são adornos, são joias, são objetos escultóricos, são vestes? É tudo isso e muito mais. A BJW promove um encontro com o corpo que também fala pela pele, que escreve, que descreve nele mesmo a história que o habita’, declara Jurandy Valença, diretor da BMA.
O evento
Ocupando e abraçando ampla área na BMA, a BJW tem duração de quatro dias – de 1 a 4 de dezembro – com um amplo leque de atividades e possibilidades. Um evento híbrido, transmitido simultaneamente pela plataforma www.Braziljewleryweek.net .
Na entrada, o coletivo chileno JOYABRAVA, composto por 30 joalheiras chilenas, recepciona o público com uma mostra de suas peças as quais trabalham a joalheria como meio de expressão artística, investigando e experimentando novos materiais, conceitos e processos. No térreo, quatro joalheiros foram convidados a criar exposições individuais com foco em experiencias estéticas.
No primeiro e segundo pisos, uma mostra especial com os coordenadores da História que me Habita: Ana Calbucci, Carmen Tapia, Chrissie Barban, Jorge Manila, Josette Barban, Roxana casale, Patricia Iglesas e Titi Berrio. A presença de Jorge Manila merece uma ênfase especial visto que o joalheiro mexicano é considerado, na atualidade, um dos dez melhores artistas criadores de joalheria contemporânea do mundo e está presente tanto como embaixador do evento, palestrante e expositor com suas criações surpreendentes.
Na Sala Tula Pilar, artistas joalheiros, nacionais e internacionais, selecionados pela equipe curatorial, expõem suas peças que estarão disponíveis para compra através de plataforma online – www.braziljewleryweek.net. Durante A BJW, o visitante tem a oportunidade de ver, vestir e tocar as joias, além de ter acesso direto aos joalheiros: “uma rara oportunidade de estreitar o acesso à arte vestível e colecionável”, comenta Chrissie Barban.
Simpósio & palestras
O auditório da BMA recebe uma potente agenda de palestras com profissionais da joalheria latino-americanos que discorrem sobre temas diversos e diferenciados.
- Dia 1º de dezembro (quinta-feira)
- 17h – Abertura
- 18h – Leslye Arredondo e Jorge Manilla – “”Dos Materiais ao Comportamento Social” – uma conversa sobre perspectiva êmica e ética
- 19h – Ana Calbucci e Carmen Tapia – “Joalheria Liberada” – uma conversa entre duas artistas joalheiras
- Dia 2 de dezembro (sexta-feira)
- 18h. – Patrícia Iglesas e Rita Soto – “Joya Brava e Narrativas Circundantes”
- 19h. – Jorge Manilla – “Notas de joalheiro”– prática da anotação e sua relação com o fazer artístico
- Dia 3 de dezembro (sábado)
- 15h. – Saritha Themonia – “Queima Lá, Chove Aqui” – performance ritual quanto aos deslocamentos e desvios que constituem a memória afetiva e o imaginário da Amazonia
- 17h. – Gabriela Luz – “Reaproveitamento Material e Imaterial do Mundo” – articulação de pensamento quanto a cultura do consumo e descartes
- 18h. – Elisa Stecca – “Lapidária de Palavras” – a importância da narrativa na trajetória artística
- 19h. – Roxana Casale e Titi Berrio – “Nossos olhares. fronteiras sutis… ou nem tanto?“
Enquanto sentimentos positivos enriquecem e engrandecem o interior de cada ser vivo, as joias cumprem o papel de evocar o belo, adornar a pele, banquetear os olhos com sua delicadeza e/ou aridez, transmitindo mensagens subliminares da alma.
“A Joalheria Contemporânea é focada na interação constante com a diversidade cultural; a coexistência múltipla entre diferentes culturas, sem hierarquias, para um crescimento mútuo.” Chrissie Barban
SERVIÇO
Evento: BRAZIL JEWELRY WEEK 2022 – A História que me Habita – CORPO LIVRO | CORPO LIVRE
Idealização e Coordenação Geral: Chrissie Barban
Datas: 1 a 4 de dezembro de 2022
Horários: de segunda a domingo, das 9 às 21hs
Local: Biblioteca Mario de Andrade – BMA
Endereço: R. da Consolação, 94 – República, São Paulo – SP, 01302-000
Entrada Franca
Joalheiros
Argentina
Amhe Joyeria, Carmen Romero, Carolina Moya, Cecilia Kesman, Cecilia Mattera, Florencia Barbaresi, Gabriela Varela, Laura Escliar, Lena Echelle, Maria Laura Egea, Marisa Kesman, Patricia Mogni, Roxana Casale, Vicky Biagiola
Brasil
Alexandre Martins, Amanda Daher, Ana Calbucci, Antonio de Moura Castro, Camila Ligabue, Carol Gomes, Carol Roz, Chrissie Barban, Cristiane Arenas, Daniela Foresti, Diana Martire, Diego Saraiva, Evelina Egedy, Flavia Vidal, Gis Ribeiro, Josette Barban, Liza Tule, Lucia Higuchi, Nadia Schurkim, Nazareth Pinheiro, Patricia de Paula, Paula Schnapp, Pohl, Regina Giovanolli, Shiro, Simone Poianas, Soiis Rabelo, Thais Squillario, Tais Pozzato
Chile
Javiera Cerda, JOYABRAVA, Lenka Guisande, Lorena Cecilia, Paola Francia, Patricia Iglesas, Rosario Grez
Colombia
Titi Berrio
Espanha
Eva Fortuno
Guatemala
Marilyn Polanco
Mexico
Ana Villalba, Carmen Tapia, Grupo Múltiple, Jorge Manilla
Chrissie Barban (São Paulo, SP 1984) – Vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em Moda pela Faculdade Belas Artes (SP); Pós-graduação na Central Saint-Denis Martins (Londres, ING). Joalheira desde 2001, fundadora do Núcleo de Joalheria Contemporânea, conceitua e lança A BJW. Fascinada pela vida, investiga o mundo ao redor de maneira visceral com uma singularidade que reverbera nas ações que conduz. Cria e assina coleções de Joalheria Contemporânea para a mecenas Alexandra Fructuoso da Maison Alexandrine (São Paulo, Los Angeles e Dubai). Desenvolveu joias para a cantora e atriz Jennifer Lopez. Faz mentorias na escola/laboratório Núcleo de Joalheria Contemporânea e, a mais de 20 anos, desenvolve sua marca autoral de joalheria contemporânea. Se inspira nas diferenças e as cultiva. Aprecia o diverso e o solicita.
BJW
A Brazil Jewelry Week (BJW), idealizada em 2019 pela joalheira e artista Chrissie Barban, é um evento que tem como intuito difundir a joalheria contemporânea na América Latina, inspirando novas experiências comportamentais e estéticas quanto ao ato de se adornar. Para isso busca trabalhar a formação de público, com a finalidade de capacitar o mercado de joalheria contemporânea e conquistar espaço para joalheiros emergentes e consolidar os já consagrados. De forma orgânica, também se apresenta como palco de debates entre os artistas para se pensar em novos e possíveis caminhos para sua prática, renovando e reinventando conceitos, técnicas e materiais. O BJW abre uma porta para se sonhar os rumos da joalheria contemporânea na América Latina e no mundo, desperta uma fagulha em um ambiente já efervescente e espera assim impulsionar e fortalecer o desenvolvimento de um espaço próspero e com alto potencial criativo.
