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Giselle, um dos balés mais famosos do mundo, que estreou em 1841 na Ópera de Paris, está de volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Com realização AATM e patrocínio Ouro Petrobras, música de Adolphe Adam, libreto de Théophile Gautier e concepção e adaptação de Hélio Bejani e Jorge Texeira (segundo Jean Coralli e Jules Perrot), a temporada estreia no dia 5 de abril, às 19h e contará com dez récitas – sendo uma apresentação fechada para escolas públicas – com a participação do Ballet e da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (BTM), sob a regência do maestro Jésus Figueiredo.

No libreto imaginado pelo grande poeta do romantismo francês Gautier, a jovem camponesa Giselle é traída e morre de amor, voltando para vingar-se do amante traidor na forma de uma Willi – espíritos de virgens que morreram antes de se casarem. Vingativas, elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na estrada, às altas horas da noite.

Giselle
Foto: Alice Bravo

 

Uma das curiosidades de Giselle é ser um dos poucos balés dançados ainda em tutu romântico – ou seja, saias das bailarinas na altura da panturrilha que remontam as crinolinas da segunda metade do século XIX. Giselle exige técnica e emoção de seus intérpretes, cuja expressão facial conta muito na apresentação da obra. O papel de Giselle é um dos mais ambicionados do repertório, já que exige tanto perfeição técnica, quanto graça e lirismo.

Várias das mais habilidosas bailarinas do mundo representaram esse papel ao longo dos tempos: as célebres Margot Fonteyn, Yvette Chauviré, Natalia Makarova e Carlotta Grisi (para quem o papel foi criado); O Theatro Municipal conheceu Giselle pela primeira vez em 27 de outubro de 1913, dançado pela Companhia de Bailados Russos de Diaghilev e por suas maiores estrelas, Tamara Karsavina e Vaslav Nijinski. Nosso Corpo de Baile apresentou-o pela primeira vez em 21 de novembro 1951, com coreografia de sua diretora Tatiana Leskova, que também dançou o papel título.

Na vesperal do dia 25, Berta Rosanova deve ter sido a primeira brasileira a dançá-lo em sua versão completa. Duas de suas grandes intérpretes foram as primeiras bailarinas do TMRJ, Aurea Hämmerli e Ana Botafogo.

Depois de anos apresentando a tradicional produção de Sir Peter Wright, o BTM mostra uma versão baseada na coreografia original de Jean Coralli e Jules Perrot. A iluminação é assinada por Paulo Ornellas, a cenografia é de Manuel Puoci e o figurino de Tânia Agra. A direção artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é de Eric Herrero.

A Presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, comemora a estreia de Giselle nesta nova temporada de dança do ano:

“Giselle é um clássico dos ballets.

O espetáculo foi encenado no Theatro Municipal algumas vezes, sempre com grande sucesso. Atendendo às demandas do público, encenamos essa obra novamente, como o primeiro título de balé de 2023. Também é uma data muito especial, pois será a última interpretação de Giselle da nossa primeira bailarina, Cláudia Mota.

Foto: Carlos Villamayor – A primeira bailarina do BTM Claudia Mota que estará na estreia de Giselle

 

“Dando sequência à nossa temporada artista 2023, o Theatro Municipal traz seu primeiro Ballet do ano: Giselle! A mais tradicional companhia de ballet brasileira no palco mais importante do país. Com os solistas Claudia Mota, Márcia Jaqueline, Juliana Valadão, Marcella Borges, Manuela Roçado, Cícero Gomes, Filipe Moreira e Rodrigo Hermesmeyer. Uma alegria enorme poder oferecer ao público espetáculo de tão alta qualidade artística e técnica!”, ressaltou o diretor artístico do Theatro Municipal, Eric Herrero.

“Considerando a importância de nossa Companhia dentro da tradição dos grandes clássicos de repertório e sendo a única no país a preservar estas características apresentamos o Ballet Giselle, uma das obras mais importantes no cenário mundial. Com esta versão procuramos passar com clareza todas as sensações necessárias para que o público, mesmo sem conhecer o libreto, possa sentir a dramaticidade e perceber as variações emocionais sugeridas dentro das características de cada personagem”- afirma Hélio Bejani, diretor geral de Giselle.

 “Giselle é a mais conhecida obra do compositor Adolphe Charles Adam, compositor francês, do período romântico da música. Ele escreve dezenas de óperas e 14 balés, além de muitas cantatas como Oh Noite Santa! reconhecida canção natalina. O Ballet Giselle foi criado em 1841 e se tornou uma referência, não só na parte coreográfica, mas também na parte musical, influenciando vários outros compositores das gerações seguintes, entre eles o próprio Tchaikovsky. Adam utiliza formas musicais muito curtas, porém sempre muito bem construídas e bem interessantes e belas” – destaca o maestro Jésus Figueiredo. 

Ficha Técnica:

Solistas:

5 e 15 de abril  Cláudia Mota e Cícero Gomes

6 e 11 de abril  Marcella Borges e Filipe Moreira

8,13 e 16 de abril – Márcia Jaqueline e Cícero Gomes

9 e 14 de abril – Juliana Valadão e Filipe Moreira

12 de abril – Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer

Ensaiadores: Jorge Texeira, Aurea Hammerli, Cristiane Quintan, Mônica Barbosa, Priscila Albuquerque

Figurino: Tânia Agra

Iluminação: Paulo Ornellas

Cenografia: Manoel Puoci

Confecção: Pará Produções e Eventos

Concepção e Adaptação: Hélio Bejani e Jorge Texeira, segundo Jean Coralli e Jules Perrot

Balé e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Regência: Jésus Figueiredo

Direção Geral: Hélio Bejani

Direção Artística do TMRJ: Eric Herrero

 

Serviço:

Giselle com Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Ballet dramático em 2 atos

Música: Adolphe Adam, revisada por Joseph Horovitz

Libreto: Théophile Gautier, segundo Heinrich Heine

Duração do espetáculo: Cada ato terá 45 minutos de duração, com um intervalo de 15 minutos

Datas: 5, 6, 8, 12, 13, 14 e 15 – 19h / Dias 9 e 16 – 17h / Dia 11 às 14h (somente escolas)

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro

Classificação: Livre