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O coquetel de apresentação das cinco pinturas setecentistas de José Joaquim da Rocha no Museu da República

Ontem (15/08) foi um dia especial para a cultura brasileira. O perfeito cerimonial deu voz a personagens da cultura nacional que através do Projeto Movimento de Aquisição de Obras para Museus Brasileiros – com patrocínio do Instituto Cultural Vale, aprovado por meio da Lei de Incentivo à Cultura,  apresentaram a convidados especiais o as obras José Joaquim da Rocha (1737-1807) que é considerado um dos grandes mestres do Barroco nacional e foram doadas ao Museu Nacional de Belas Artes.

As obras foram apresentadas no Museu da Republica, antigo Palácio do Catete , ao grupo de convidados especiais e onde ficaram exposta até 01 de outubro.

A iniciativa prevê o resgate e a democratização do acesso a importantes exemplares do acervo artístico colonial brasileiro. A parceria com o setor privado para aquisição de obras de relevantes coleções particulares para os acervos dos museus públicos, por intermédio do programa da Lei Rouanet, é fundamental para as instituições do país. Além de garantir a preservação dessa herança cultural no Brasil, oferece à população o direito de apreciá-la a qualquer tempo, gratuitamente. O Projeto Movimento de Aquisição de Obras para Museus Brasileiros é apoiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.

José Joaquim da Rocha (1737-1807) . Foi fundador da Escola Baiana de Pintura e influenciou duas gerações de continuadores, que preservaram princípios da sua estética até meados do século XIX. Entre as suas obras mais notáveis consta a “Glorificação da Imaculada Conceição”, pintura no teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, considerada sua obra-prima.

As cinco pinturas que compõem o conjunto que será incorporado ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes são: Alegoria Agnus Dei; Alegoria Pelicano; David tocando harpa; Sacerdote oferecendo pão e vinho e Sumo Sacerdote de Israel.

O Projeto Movimento de Aquisição de Obras para Museus Brasileiros teve início na Bahia, em abril deste ano, com a aquisição de uma imagem de Nossa Senhora do Presépio, datada do século XVII, para o Museu Palácio da Sé, em Salvador. Agora chega ao Rio de Janeiro com o conjunto de pinturas de José Joaquim da Rocha, que pertenciam originalmente à antiga Igreja de São Pedro, Freguesia de São Pedro Velho Extramuros, na capital baiana, demolida em 1913 em prol da “modernização da cidade”.

Com o desaparecimento de igrejas e construções do Brasil Colônia, muitas obras de mestres barrocos como José Joaquim da Rocha e José Theophilo de Jesus foram destruídas ou adquiridas por particulares. E muitos museus do país têm carência desse acervo historicamente tão rico e fundamental. O Museu Nacional de Belas Artes é um exemplo importante: sua pinacoteca oferece um panorama singular sobre a pintura brasileira, mas até agora não possuía obras da relevante Escola Baiana de Pintura.

José Joaquim da Rocha – O Mestre da Escola Baiana de Pintura
De 16 de agosto a 01 de outubro de 2023
Museu da República
R. do Catete, 153, Catete, Rio de Janeiro / RJ
Horário: de terça a sexta, de 10 às 17h
Aos sábados, domingos e feriados, 11h às 17h

Fotos Marco Rodrigues

José Joaquim da Rocha
Ana Lígia Petroni, Vera Matagueiro, Vicente de Mello e Lidiane Gomes

 

Antônio Neves da Rocha e Cristina Penna

 

Evandro Salles, Daiana Castilho Dias, Itamar Musse e Hugo Barreto

 

Itamar Musse e Flora Gil

 

Itamar Musse Neto, Itamar Musse Filho, Almirante Humberto Caldas e Ricardo Henriques

 

Mauro Viegas Filho e Daniela Matera

 

Marcos Duprat, Heleno Bernartdi e Daniel Faingold

 

Maria Clara Rodrigues e César Aché

 

Paulo Herkenhoff

 

Zé Ronaldo Müller e Lidiana Gomes