Em uma grande instalação, “Nuno Ramos – Espectros (Cadeira 17)” agora ocupa o salão central da Anita Schwartz Galeria, com 8 metros de pé direito, Nuno Ramos realiza uma peça teatral mecânica, com aproximadamente 50 minutos de duração, em um momento culminante de sua aproximação com a dramaturgia, presente ao longo de sua trajetória.
E a abertura aconteceu dia 14/11 com um uma grande celebração ao artista Nuno Ramos e que montou essa cenário – instalação e como sempre surpreendeu a todos a exposição fica em cartaz até 19 de janeiro de 2024. Veja que passou por lá na abertura da exposição ou na noite de estreia.
Fotos Cristina Granato
Nuno Ramos conta que o título se refere à peça “Espectros”, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), “onde o passado, o hereditário, o inevitável, não cessam de retornar”. E “Cadeira 17” é a cadeira ocupada desde março de 2022 por Fernanda Montenegro, na Academia Brasileira de Letras. “Seu discurso na cerimônia de posse é uma das fontes e inspirações deste trabalho”, diz o artista.
Em um trabalho exaustivo e minucioso – “infernal”, observa Nuno Ramos – ele vem se ocupando da elaboração desta obra há um ano. Para construir as falas dos personagens, o artista mixou mais de sete mil fragmentos de vozes, selecionadas em arquivos históricos e na internet, em uma extensa pesquisa. “É uma homenagem ao teatro, uma fantasmagoria. Lidar com vozes pré-existentes me deu uma liberdade maior para criar o texto. Elas falam o que querem, e eu tento fazer com que falem o que quero, e desta luta saiu meu texto”, explica.