Estreou ontem (29/11) e segue até 10 de dezembro 0 novo espetáculo do Grupo Galpão “Cabaret Coragem” que mescla dramaturgia, música ao vivo e dança como forma de reafirmar a arte como identidade, permanência e crítica social.
Ao percorrer o universo do cabaré, de Brecht à contemporaneidade, o novo espetáculo do Grupo Galpão, que chega ao Rio de Janeiro, apresenta uma trupe envelhecida e decadente que, apesar das intempéries e dos revezes, reafirma a arte como lugar de identidade e permanência. Ao mesclar um repertório de músicas interpretadas ao vivo com números de variedades e danças, fragmentos de textos da obra de Brecht e cenas de dramaturgia própria,o Cabaré Coragem convida o público a uma viagem sonora e visual.
Fiel às suas origens de teatro popular e de rua, o Grupo Galpão busca, na nova montagem, a ocupação de espaços alternativos, ao romper, uma vez mais, com a relação entre palco e plateia, numa encenação que incorpora, radicalmente, a presença do público, sempre convidado a compartilhar da encenação. As apresentações serão realizadas de quinta a domingo na primeira semana e de quarta a domingo na segunda semana, às 19h30, e aos domingos, às 18h30, no Teatro Rival.
Os ingressos, a R$ 90 (inteira – Setor A), R$80 (inteira – Setor B) e R$ 35 (ingresso especial), estarão à venda na plataforma https://site.bileto.sympla.com.br/teatrorival/ e na bilheteria do teatro.
Estreou ontem (29/11) “Cabaret Coragem” com o Grupo Balcão no Teatro Rival
Com direção de um de seus integrantes, o ator e diretor Júlio Maciel, o espetáculo conta com direção musical, trilha e arranjos de Luiz Rocha, dramaturgia coletiva com supervisão de Vinicius de Souza, cenários e figurinos de Márcio Medina, iluminação de Rodrigo Marçal e, no elenco, os atores Antonio Edson, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Luiz Rocha, Lydia del Picchia, Simone Ordones e Teuda Bara.
A temporada de estreia de “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão, no Rio de Janeiro, é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Cemig e da Petrobras.
Júlio Maciel, ator do Grupo Galpão e diretor do espetáculo, conta que “já se passaram muitos meses desde que nos sentamos ao redor de nossa mesa de trabalho na busca por um novo espetáculo. Como sempre, vieram muitas ideias, uma enxurrada de sonhos e vontades. Líamos Bertolt Brecht à procura de inspiração e para entender o caos político e social que vivíamos, enquanto uma persistente pandemia nos assombrava. Lembro-me de que, num desses encontros, às vezes acalorados, alguém disse a palavra ‘Cabaré’”.
Naquele instante, conta o artista, os olhos se acenderam: “Logo depois, fomos inundados por indagações. Um Cabaré Brecht? Um Cabaré Brasileiro? Um Clássico? Jovem? Contemporâneo? Político? Feroz? Drag?
Vedete? Teatro de Revista? E o teatro? O que diferencia o Cabaré do Teatro? Seria uma peça sobre um Cabaré de Beira de Estrada? Um Inferninho, com tipos excêntricos? Ou um show, uma festa de reencontro com o público?”
Fotos Cristina Granato