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Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro, abrirá para o público no dia 18 de março de 2024 a exposição “Anjos com armas”, apresentando aproximadamente 50 obras dos artistas Sergio Camargo (1930-1990), Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980. A curadoria é de Max Perlingeiro, diretor da Pinakotheke Cultural, com a colaboração do artista Luciano Figueiredo.

HÉLIO OITICICA (1937-1980) Vôo alto prá cima pra dentro e prá fora [da série Metaesquema], 1958, foto de Jaime Acioli
HÉLIO OITICICA (1937-1980) Vôo alto prá cima pra dentro e prá fora [da série Metaesquema], 1958, foto de Jaime Acioli

A mostra é um tributo ao crítico e curador britânico Guy Brett(1942-2021), que desempenhou papel decisivo na internacionalização da arte brasileira, ao criar, junto com o artista filipino David Medalla(1942-2020), e outros amigos, a lendária galeria Signals, que de 1964 a 1966 exibiu obras desses fundamentais artistas que são Lygia ClarkHélio Oiticica,Mira SchendelSergio Camargo. Quatro obras que estiveram originalmente na Signals, estarão expostas na Pinakotheke Cultural: “Bicho-Contrário II” (1961), “Espaço Modulado nº 4” (1958) e “Espaço modulado nº8” (1959), de Lygia Clark, e “Relief” (1964), de Sergio Camargo.

Na abertura de “Anjos com armas”, estará presente o crítico, historiador e filósofo da arte Yve-Alain Bois (Constantine, Argélia, 1952), pesquisador no prestigioso Institute for Advanced Study, em Princeton, EUA.

Na abertura da exposição será lançada a dupla publicação “Anjos com Armas”– dois volumes envolvidos por uma “luva” – bilíngüe (port/ingl), em formato de 21 x 27 cm. O primeiro, com 132 páginas, traz na íntegra o texto “Anjos com Armas” (“Angels with Guns”), de Yve-Alain Bois.

 Quando o filósofo enviou o texto para a tradução em português, ele instigou a Pinakotheke a montar uma exposição com base no ensaio, que trata-se de um texto muito amoroso sobre a importância da Signals e a amizade.

LYGIA CLARK Bicho, década de 1960_credito jaime acioli_ PINAKOTHEKE
LYGIA CLARK Bicho, década de 1960_credito jaime acioli_ PINAKOTHEKE

 

volume 2, com 128 páginas, contém as imagens das obras da exposição, e fotografias de época, como as que mostram a Signals. Os textos são de Guy Brett sobre os artistas Sergio Camargo, Lygia ClarkMira Schendel Hélio Oiticica,apresentação de Max Perlingeiro, e ainda um texto de Luciano Figueiredo, que em 2017 organizou, com Paulo Venâncio Filho, no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, a exposição “Guy Brett: a proximidade crítica”, em “reconhecimento ao longo interesse intelectual e afetivo do crítico por nossos artistas”, assinala Max Perlingeiro.

Outros destaques da exposição são os Bichos, de Lygia Clark, em alumínio: Bicho caranguejo (1960) e Bicho-contrário II (1961); o conjunto de sete “Metaesquemas”de Hélio Oiticica, de 1957 a 1959; o conjunto de seis “Relevos”de Sergio Camargo, entre eles o Relevo nº 172 (Fenditura spazio orizzontal e lungo), de 1967; os seis trabalhos da série “Monotipias” dos anos 1960 de Mira Schendel, além de seu “Caderno de artista” (1966), o “Diário de Londres”, em que a artista usa, “ao que parece, pela primeira vez, as letras decalcadas (letraset)”, afirmou Taisa Palhares, no catálogo da exposição “O espaço infindável de Mira Schendel” (2015), na Galeria Frente.

 

MIRA SCHENDEL (1919-1988) Sem título [da série Monotipias], 1965
MIRA SCHENDEL (1919-1988) Sem título [da série Monotipias], 1965

Serviço: Exposição “Anjos com armas – Sergio CamargoLygia ClarkMira Schendel e Hélio Oiticica

Pinakotheke Cultural

18 de março a 11 de maio de 2024

Pinakotheke Cultural – Rio de Janeiro

Rua São Clemente 300, Botafogo

22260-004 – Rio de Janeiro – RJ

Telefones: 21.2537.7566      

E-mail: contato@pinakotheke.com.br

Segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados das 10h às 17h.

Entrada gratuita

https://pinakotheke.com.br/

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