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O Instituto de Pesquisa e Memória Preto Novo (IPN), oficializado recentemente Patrimônio Cultural da cidade do Rio de Janeiro, celebra seus 19 anos com uma exposição imperdível. No dia 10 de maio (sexta-feira), a artista visual Fátima Farkas inaugura a exposição “Será o Benedito”, com curadoria do jornalista e curador Mauro Trindade.

Com cerca de 35 telas impactantes, a mostra traz à tona personagens marcantes das lutas raciais, muitos dos quais foram esquecidos devido à herança racista e patriarcal. Farkas utiliza sua pintura expressiva para reconstruir a memória, apropriando-se de retratos fotográficos de negros.

Um exemplo é Benedito Caravelas, também conhecido como Benedito Meia-Légua, líder de grupos quilombolas que libertavam escravos no Nordeste e no Espírito Santo. A artista se inspira em fotografias antigas, como a de Alfred Henschel, para dar vida a esses personagens históricos.

Outros retratos notáveis incluem figuras como João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, Luiz Gama, Nzinga, rainha de Ndongo e de Matamba, e o arquiteto burquinês Diébédo Francis Kéré. Farkas também denuncia o apagamento histórico ao substituir rostos por vegetação ou por um vazio branco, representando o sumiço de corpos e vidas.

Para Mauro Trindade, curador da exposição, Fátima Farkas revela esse processo de apagamento e, numa ação estética e política, propõe uma reelaboração da memória através da apropriação de retratos fotográficos de negros que recria, com beleza e dignidade, grandes personagens do passado e do presente.

 

Fotos Marco Rodrigues

A artista Fatima Farkas, Anna Accioly e o curador Mauro Trindade

 

Instituto
Claudia Vitalino, Fatima Farkas e Lenilda Campos

 

Fatima Farkas, Vitória Maldonado e Carlos Vidigal

 

Fechada do Instituto de Pesquisa e Memoria Pretos Novos

 

Seu Candinho e Fátima Farkas

 

O fotógrafo Walter Firmo

 

Mayra Rodrigues , Rogério Reis e Monica Sanches

 

Lais Carvalho e Bruno Machado

 

Gringo Cardia e Fatima Farkas