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Luisa Strina tem o prazer de apresentar Uma e algumas cadeiras / Camuflagens, exposição inédita que reúne trabalhos do artista Cildo Meireles, retomando uma série de projetos idealizados pelo artista nas décadas de 1980 e 1990. Com abertura marcada para o dia 3 de outubro, a mostra permanece em cartaz até 23 de novembro de 2024.

Cildo Meireles: Uma e algumas cadeiras / Camuflagens
Cildo Meireles: Uma e algumas cadeiras / Camuflagens

 

Realizada pela primeira vez na Galeria Lelong, Nova York, a instalação Uma e Sete Cadeiras (1997) presta homenagem ao artista Joseph Kosuth. Composta por oito elementos elaborados a partir de diferentes materiais e técnicas – além de uma cadeira em madeira maciça –, integram a instalação 110 lâminas de vidro que formam uma torre, cujo interior, por sua vez, reflete a imagem de mais uma cadeira, gerada a partir de 1.100 lonas pintadas em tinta acrílica.

A cadeira reaparece na série Camuflagem, dessa vez acompanhada por um banco, um guarda-sol, um guarda-chuva, uma maca e tendas. “Essa parte da exposição, que chamo de Camuflagem, teria outro nome: Pintura de Chão. Pois todas as obras estão pousadas nele”, explica Cildo Meirelles.

Cildo Meireles: Uma e algumas cadeiras / Camuflagens
Cildo Meireles: Uma e algumas cadeiras / Camuflagens

 

Também em repouso no chão do espaço expositivo está o conjunto de pinturas hiper-realistas realizadas pelo artista apenas com pinceladas em branco no fundo azul. Épuras, conceito matemático que dá título à série, são as representações geométricas e bidimensionais para formas tridimensionais. Duas Épuras acompanhadas de dois estudos sobre cadeiras transmitem, em última análise, o pensamento artístico de Cildo Meireles, conectando a pintura à racionalidade matemática, onde o artista utiliza a geometria descritiva como ferramenta constitutiva da obra, valendo-se de dois planos perpendiculares onde são representadas duas visões do objeto, uma frontal e outra vista decima.

Uma e algumas cadeiras / camuflagens começou a ser produzida em 2020, totalizando 13 obras nas quais Cildo Meireles retoma a prática da pintura, em reverência aos seus grandes mestres, entre eles o brasileiro Alfredo Volpi.

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