• Post author:

Na noite desta segunda-feira (9), uma conversa pública na Pinakotheke Cultural, em Botafogo, marcou o lançamento da plataforma digital do Instituto Pintora Djanira (IPD).

Ana Holck, Fernanda Lopes, Rhanine Pessoa, Andre Neves e Clarissa Romancini - Instituto Pintora Djanira
Ana Holck, Fernanda Lopes, Rhanine Pessoa, Andre Neves e Clarissa Romancini – Instituto Pintora Djanira

 

Fotos Bruno Ryfer

Fundado em 2021, com direção geral de Eduardo Taulois – sobrinho do historiador baiano José Shaw da Motta e Silva, companheiro da pintora paulista – e direção artística da curadora, crítica de arte e pesquisadora Fernanda Lopes, o IPD pretende estabelecer diálogos entre passado e presente, com base nas questões abordadas por Djanira em sua produção constituída entre os anos 1940 e 1970. “Foram três anos de trabalho de estruturação do instituto até aqui e, a partir de agora, iniciamos as atividades públicas”, informa Fernanda.

A nova plataforma reúne informações acerca de um conjunto de 200 itens da artista autodidata – entre pinturas, gravuras e desenhos pertencentes ao acervo artístico gerido por Taulois, que detém os direitos autorais por sucessão. 

Eduardo Taulois, Hugo Bianco e Fernanda Lopes - Instituto Pintora Djanira
Eduardo Taulois, Hugo Bianco e Fernanda Lopes – Instituto Pintora Djanira

 

“A proposta é que seja uma iniciativa de apoio a projetos e um centro de referência em torno da obra dessa importante artista. Pretendemos estimular a reflexão sobre o legado deixado por Djanira, a fim de reafirmar sua potência e contribuição para a discussão de questões relevantes para a atual produção artística e crítica do Brasil”, revela Eduardo, lembrando que Djanira foi uma pintora muito falsificada e, em vida, já demonstrava preocupação em relação às cópias.

“Queremos incentivar discussões sobre a importância da certificação e do desenvolvimento de expertise para reconhecimento de autenticidade”.

Leonel Kaz, Eduardo Taulois e Evandro Carneiro
Leonel Kaz, Eduardo Taulois e Evandro Carneiro

 

De acordo com Fernanda Lopes, a intenção é reunir informações de obras e fazer parcerias com outras instituições, como o Museu Nacional de Belas Artes, que abriga o maior conjunto de trabalhos da Djanira. Outro ponto que a diretora artística ressalta é que a pintura moderna brasileira é um território pouco explorado pelas novas gerações. 

“Não pretendemos pensar a Djanira apenas dentro do arco do modernismo brasileiro. Queremos mostrar uma certa contemporaneidade no trabalho dela, estimulando novas pesquisas. Nos interessa que o IPD funcione como um importante centro de referência em pesquisa, divulgação e leitura, tanto para um público especializado quanto para o público em geral”, afirma Fernanda.

Ulisses Carrilho, Fernanda Lopes e Eduardo Taulois
Ulisses Carrilho, Fernanda Lopes e Eduardo Taulois

 

SERVIÇO:

Instituto Pintora Djanira 

www.institutopintoradjanira.com.br

Voltar para a home aqui