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As inaugurações de duas exposições inéditas na Casa Roberto Marinho, centradas na produção de Elizabeth Jobim, estavam marcadas para as 19h de ontem (24). Mas desde às 16h30, o público já lotava os salões à espera das visitas mediadas pela artista e pelo curador Paulo Venancio Filho, programadas para às 17h30.

Valtercio Caldas, Beatriz Milhazes, José Bechara e Elizabeth Jobim
Valtercio Caldas, Beatriz Milhazes, José Bechara e Elizabeth Jobim

 

Elizabeth Jobim assina a curadoria da coletiva Entre olhares – Encontros com a Coleção Roberto Marinhoque ocupa o térreo com obras próprias, além de trabalhos de sua coleção particular em diálogo com o acervo do instituto cultural no Cosme Velho. Nas paredes, Iberê Camargo, Iole de Freitas, Tunga, Tarsila do Amaral, Jorge Guinle, Ione Saldanha, Angelo Venosa e Gabriela Machado, entre outros. “O recorte apresentado é também uma forma de reflexão sobre os anos 1980 e o contexto da produção abstrata gestual, no qual iniciei a minha pesquisa artística”, pontua Elizabeth Jobim.

No piso superior, a individual A inconstância da forma, curada por Paulo Venancio Filho, celebra os 40 anos de carreira de Jobim, reunindo uma seleção de desenhos, pinturas, objetos e ocupações espaciais que traçam um panorama da trajetória da artista carioca. Os trabalhos revelam como sua pesquisa evoluiu de forma pendular, em constante relação com sua própria trajetória.

Lauro Cavalcanti, Claudia Saldanha ,George e Monica Kornis
Lauro Cavalcanti, Claudia Saldanha ,George e Monica Kornis

 

Chamou a atenção das cerca de 500 pessoas que passaram por lá o mural “Endless Lines” (2008), de 32 metros de comprimento por 2 de altura, composto por telas dispostas lado a lado. A monumentalidade do trabalho transforma o espaço expositivo em parte essencial da obra, explorando a relação entre pintura e arquitetura. 

Outro destaque são as telas costuradas da década de 2020, que introduzem um novo momento da produção da artista. O linho aparece em diferentes tratamentos – cru, branco, pintado ou em tecidos industriais para estofados – enquanto as linhas de costura, que estruturam a grade geométrica, permanecem visíveis. “A tela se organiza à maneira de um patchwork absolutamente bidimensional, uma construção de tecidos organizados e costurados fora do chassi”, descreve Paulo Venancio.

Beth Jobim e Luiz Aquila
Beth Jobim e Luiz Aquila

 

SERVIÇO:

A inconstância da forma (1º andar) | curadoria: Paulo Venancio Filho
Abertura: 24 de abril de 2025, às 18h30

Encerramento: 10 de agosto de 2025

Entre olhares – Encontros com a Coleção Roberto Marinho (térreo) | curadoria: Elizabeth Jobim

Abertura: 24 de abril de 2025, às 18h30
Encerramento: 22 de junho de 2025

Instituto Casa Roberto Marinho
Rua Cosme Velho, nº 1105 – Rio de Janeiro | RJ
Tel: (21) 3298-9449

Visitação: terça a domingo, das 12h às 18h
(Aos sábados, domingos e feriados, a Casa Roberto Marinho abre a área verde e a cafeteria a partir das 9h.)

Ingressos à venda exclusivamente na bilheteria:
R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia entrada)
Às quartas-feiras, a entrada é franca para todos os públicos.
Aos domingos, “ingresso família” a R$10 para grupos de quatro pessoas.

A Casa Roberto Marinho respeita todas as gratuidades previstas por lei e é acessível a pessoas com deficiência física.

Estacionamento gratuito para visitantes, em frente ao local, com capacidade para 30 carros.

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