As inaugurações de duas exposições inéditas na Casa Roberto Marinho, centradas na produção de Elizabeth Jobim, estavam marcadas para as 19h de ontem (24). Mas desde às 16h30, o público já lotava os salões à espera das visitas mediadas pela artista e pelo curador Paulo Venancio Filho, programadas para às 17h30.

Elizabeth Jobim assina a curadoria da coletiva Entre olhares – Encontros com a Coleção Roberto Marinho, que ocupa o térreo com obras próprias, além de trabalhos de sua coleção particular em diálogo com o acervo do instituto cultural no Cosme Velho. Nas paredes, Iberê Camargo, Iole de Freitas, Tunga, Tarsila do Amaral, Jorge Guinle, Ione Saldanha, Angelo Venosa e Gabriela Machado, entre outros. “O recorte apresentado é também uma forma de reflexão sobre os anos 1980 e o contexto da produção abstrata gestual, no qual iniciei a minha pesquisa artística”, pontua Elizabeth Jobim.
No piso superior, a individual A inconstância da forma, curada por Paulo Venancio Filho, celebra os 40 anos de carreira de Jobim, reunindo uma seleção de desenhos, pinturas, objetos e ocupações espaciais que traçam um panorama da trajetória da artista carioca. Os trabalhos revelam como sua pesquisa evoluiu de forma pendular, em constante relação com sua própria trajetória.

Chamou a atenção das cerca de 500 pessoas que passaram por lá o mural “Endless Lines” (2008), de 32 metros de comprimento por 2 de altura, composto por telas dispostas lado a lado. A monumentalidade do trabalho transforma o espaço expositivo em parte essencial da obra, explorando a relação entre pintura e arquitetura.
Outro destaque são as telas costuradas da década de 2020, que introduzem um novo momento da produção da artista. O linho aparece em diferentes tratamentos – cru, branco, pintado ou em tecidos industriais para estofados – enquanto as linhas de costura, que estruturam a grade geométrica, permanecem visíveis. “A tela se organiza à maneira de um patchwork absolutamente bidimensional, uma construção de tecidos organizados e costurados fora do chassi”, descreve Paulo Venancio.

SERVIÇO:
A inconstância da forma (1º andar) | curadoria: Paulo Venancio Filho
Abertura: 24 de abril de 2025, às 18h30
Encerramento: 10 de agosto de 2025
Entre olhares – Encontros com a Coleção Roberto Marinho (térreo) | curadoria: Elizabeth Jobim
Abertura: 24 de abril de 2025, às 18h30
Encerramento: 22 de junho de 2025
Instituto Casa Roberto Marinho
Rua Cosme Velho, nº 1105 – Rio de Janeiro | RJ
Tel: (21) 3298-9449
Visitação: terça a domingo, das 12h às 18h
(Aos sábados, domingos e feriados, a Casa Roberto Marinho abre a área verde e a cafeteria a partir das 9h.)
Ingressos à venda exclusivamente na bilheteria:
R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia entrada)
Às quartas-feiras, a entrada é franca para todos os públicos.
Aos domingos, “ingresso família” a R$10 para grupos de quatro pessoas.
A Casa Roberto Marinho respeita todas as gratuidades previstas por lei e é acessível a pessoas com deficiência física.
Estacionamento gratuito para visitantes, em frente ao local, com capacidade para 30 carros.
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