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Livro organizado por Carlos Leal será lançado dia 8 de maio na Livraria Argumento em homenagem ao legado de um dos maiores fotógrafos do Brasil.

 

Tanit Galdeano e Ricardo Stambowsky
Tanit Galdeano e Ricardo Stambowsky

 

“A câmera na mão, o braço cheio de pulseiras, as botas com salto, cabelos passando dos ombros, um sotaque carioca forte com um toque diferente na fala – seria uma língua presa? Assim era o pacote de encantamento que o fotógrafo Antonio Guerreiro oferecia a quem estivesse em seu entorno.” – Bob

Wolfenson, fotógrafo.

Nos anos 1970 e 1980, o nome Antonio Guerreiro era uma unanimidade entre artistas, personalidades e celebridades brasileiras quando o assunto era fotografia, especialmente retratos. Algumas destas imagens estão reunidas no livro Portraits, organizado por Carlos.

Manu Vaghi Gama e Alessandra Vaghi
Manu Vaghi Gama e Alessandra Vaghi

 

Leal e publicado pela Barléu Edições, em homenagem ao legado de Guerreiro, considerado um dos maiores fotógrafos do Brasil. Ele eternizou, por meio de suas lentes, personalidades icônicas da música, do teatro, do cinema e da literatura, criando um registro visual que se tornou parte da memória afetiva e cultural do país. O lançamento do livro foi dia 8 de maio,  na Livraria Argumento, no Leblon.

A prima ballerina Nora Esteves que também é capa do livro

 

Conhecido como “o fotógrafo das estrelas”, Guerreiro construiu uma carreira que ia além do mero registro estético; suas imagens capturavam a essência de seus retratados. Pelas suas lentes passaram Caetano Veloso, Gal Costa, Rita Lee, Sonia Braga, Sandra Brea, Fernanda Montenegro, Scarlet Moon, Nelson Rodrigues, Vinicius de Moraes e Hélio Oiticica, entre outros.

Fernanda Basto, Teresa Freire, Kiki Galavaglia e Luiz Garrido
Fernanda Basto, Teresa Freire, Kiki Garavaglia e Luiz Garrido

 

Além das fotos, a obra conta com textos de Bob Wolfenson – que trabalhou como seu assistente nos anos 1970 -, Luiz Carlos Lacerda – amigo de infância, quando estudaram Colégio São Fernando – e do fotógrafo Luiz Garrido – que trabalhoucom ele na revista Machete -, além de um depoimento de sua irmã, Fernanda Brito Ferreira Neves. Cada texto contextualiza a importância do trabalho de Guerreiro e mostra sua contribuição para a arte fotográfica em diferentes épocas.

Antonio Guerreiro fotografou durante um dos períodos mais turbulentos da história do Brasil.

Nos anos de chumbo da ditadura militar, seu estúdio se tornou um espaço de resistência cultural e, enquanto o regime reprimia artistas e intelectuais, Guerreiro celebrava a liberdade por meio da arte. Muitas de suas fotografias foram censuradas na época, mas ele seguiu registrando sua visão de um Brasil vibrante, sensual e expressivo. Imagens que se transformaram em símbolos de um período de criatividade e ousadia, mesmo em tempos de repressão.

Bárbara Pittigliani
Bárbara Pittigliani

 

Entre as imagens selecionadas para o livro estão retratos de Sandra Brea, Zuzu Angel, Sonia Braga, Nelson Rodrigues cercado pelas atrizes Regina Casé, Cristina Aché, Ana Maria Magalhães, Sura Berditchevsky e Sônia Dias, que atuaram no filme “Os sete gatinhos”, as Frenéticas, e o Dzi Croquetes e Leila Diniz, além de Maria Gladys, em um ensaio sensual.

“Assim como Rembrandt, Caravaggio e Hopper foram reconhecidos na História da Arte pela originalidade e peculiar uso da luz natural reproduzida em suas telas, o fotógrafo Antonio Guerreiro ficou reconhecido como um grande artista da iluminação, priorizando nos seus estúdios a beleza feminina.” – Luiz Carlos Lacerda, cineasta.

“Antonio um grande fotógrafo e Guerreiro da fotografia, criou um estilo único e influenciou uma geração de fotógrafos. Conseguia através das lentes transformar as belas mulheres ainda mais belas!” – Luiz Garrido, fotógrafo.