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A dotART galeria em Belo Horizonte abriu  sua temporada de exposições

Nesta terça-feira (09/05), a dotART galeria, em Belo Horizonte abriu  sua temporada de exposições. Três mostras simultâneas de jovens artistas em que a pintura é o carro-chefe vão ficar em cartaz até 25 de julho. Rafael Prado, natural de Porto Velho (RO), faz a sua estreia na galeria, enquanto que Maria Fernanda Lucena e Laura Villarosa retornam com novos trabalhos, vale dizer que ambas artistas cariocas. 

Segundo o material de divulgação, as obras dos três artistas têm alguns aspectos em comum como o cotidiano, a natureza e as questões sociais. A individual de Rafael Prado foi batizada de “Lembro das árvores de quando eu ainda nem era nascido” e traz imagens do cotidiano da região em que nasceu, no norte do país, combinadas com o misticismo. Além de enquadramentos de paisagens da Amazônia, o pintor também vai apresentar uma série de imagens antropomórficas, cujo os personagens são ativistas do meio ambiente desenhados como árvores.

Maria Fernanda Lucena traz a pintura em diferentes suportes, explorando “caixas”, papelão, molduras antigas e objetos em “Kodak”, sua nova exposição na dotART, que abre amanhã (9-5).

Em referência à indústria de filmes e fotografia, ela revive as cores da memória com um resgate de frames e imagens analógicas encontradas em antiquários e feiras, guardados por ela, para ganhar novas camadas.

“‘Kodak’ é uma exposição concebida especialmente para a galeria dotART, quando a pintura se aproxima de um tempo analógico onde as imagens manifestam-se como uma impressão numa superfície querendo se distanciar do modo `digital` fragmentado e decomposto em milhões de números”, afirma a artista. São retratos e paisagens pintadas em diferentes estruturas e texturas. “Relaciono o analógico à pintura, com o material, é a minha versão dessas paisagens, ora expandidas, ora cortando e combinando as paisagens. A minha memória de infância tem a cor dessas fotos, como a gente fotografava muito, a textura dessa fotografia fica na minha percepção desse tempo. Essas pinturas também têm essa camada de memória, dessa cor presente na fotografia dos filmes analógicos”, aponta.

dotART
Maria Fernanda Lucena
Maria Fernanda Lucena

 

 

“Aurora”, de Laura Villarosa, uma ode à restauração da natureza e ao recomeço da vida. Incorporando bordado, tapeçaria e pintura, Laura traz seu primeiro trabalho em grande formato espacialmente para esse retorno, que abre amanhã (9-5).

“É sobre ciclos da natureza. Dessa vez falo do início, sobre o momento de renovação. É sobre o início da vida e os reinícios que estão presentes em todas as formas de existência”, aponta a artista. A escolha por esse recorte também resgata o contexto do período pós-pandemia, ela conta que “procuro representar momentos de transformação. Especificamente agora, vejo que estamos vivendo um momento coletivo. Todos estamos compartilhando essa sensação de renascimento, de esperança, de recomeçar”, diz.

A dotART galeria em Belo Horizonte

 

Laura Villarosa
Laura Villarosa 

 

Rafael Prado

 

Rafael Prado