• Post author:

Integrante do circuito oficial da ArtRio 2023, exposição “Essas pessoas na sala de jantar”, com curadoria de Raphael Fonseca traz obras de 12 artistas e provoca fricção entre as artes visuais contemporâneas e um dos mais importantes acervos de arte clássica do país

Ana Ortides - Essas pessoas na sala de jantar
Ana Ortides

 

Integrante do circuito oficial da ArtRio 2023, exposição com curadoria de Raphael Fonseca traz obras de 12 artistas e provoca fricção entre as artes visuais contemporâneas e um dos mais importantes acervos de arte clássica do país.

Com curadoria de Raphael Fonseca, a exposição “Essas pessoas na sala de jantar” reúne 12 jovens artistas visuais contemporâneos, entre 16 de setembro e 19 de novembro na Casa Museu Eva Klabin, em uma ocupação inédita com intervenções em todos os ambientes da casa, incluindo jardim e fachada.

Integrante do circuito oficial da 13a edição da Feira de Arte do Rio de Janeiro (Art Rio 2023), o imóvel na Lagoa Rodrigo de Freitas será ocupado com obras em doze espaços.

Desta interferência surgirá um diálogo trans-histórico com um dos mais importantes acervos de arte clássica do país, composto por mais de duas mil peças de arte clássica, quadros e esculturas, situadas em cinco séculos – do Egito Antigo ao Impressionismo.

Raphael Fonseca, curador de arte moderna e contemporânea latino-americana no Denver Art Museum e da 14a Bienal do Mercosul (2024), convidou para a coletiva: Ana Cláudia Almeida, Ana Hortides, Andréa Hygino, Arthur Chaves, Felipe Rezende, Jonas Arrabal, Marcus Deusdedit, Santiago Pooter, Tadáskía, Talles Lopes, Tiago Sant’ana e Vitória Cribb.

São artistas nascidos em regiões vistas como periféricas, seja em bairros do subúrbio do Rio de Janeiro ou nas periferias de cidades como Anápolis, Belo Horizonte, Cabo Frio, Salvador e Santo Antônio de Jesus, que trazem para suas pesquisas noções de lar, história da arte, ficção, propriedade e cidadania, numa produção de imagens que
aponta para direções contrastantes, mas dialógicas com os itens da coleção de arte de Eva Klabin.

“’Essas pessoas na sala de jantar’ é um projeto importante porque traz uma presença massiva de artistas que têm práticas que refletem seu lugar socioeconômico não privilegiado. Estamos falando de artistas que, assim como eu, vêm de uma classe trabalhadora e que, diferentemente da própria história dessa residência na Lagoa, não
apontam para uma narrativa sobre as elites econômicas brasileiras, mas, sim, para o pólo oposto: para os corpos que compõem aquelas massas tidas como anônimas”, diz Raphael Fonseca.

A exposição

“Essas pessoas na sala de jantar” inclui obras de Tadáskía, uma artista do Rio de Janeiro com trajetória internacional, que este ano participa da Bienal de São Paulo. A artista, cuja pesquisa gira em torno de mistério, transcendência, espiritualidade e abstração, apresenta algumas obras inéditas – objetos e fotografias -, transmitindo sua
profunda exploração conceitual.

Tadáskia, que participa da 35a Bienal de São Paulo, vai ocupar a Sala Chinesa da Casa Museu Eva Klabin

A fachada da Casa Museu ganha vida com a instalação de Santiago Pooter, de Porto Alegre. Ele cria uma marcante cruz preta que preencherá o espaço vazio, adornada com uma estrela no topo. A intervenção de símbolos de diversas religiões com a cultura pop é um tema central da obra do artista, refletindo seu fascínio por simbologia.

No jardim, a intervenção artística de Jonas Arrabal, originário de Cabo Frio e atualmente radicado em São Paulo, traz peças de gesso suspensas. Sua abordagem focada no tempo e na escultura será evidenciada no ambiente verde da instituição, que tem a assinatura de Roberto Burle Marx.

Já na Sala Renascença, a pintora carioca Ana Claudia Almeida, que atualmente cursa mestrado em Yale (EUA), exibe sua habilidade na abstração e na pintura em larga escala. Suas obras muitas vezes dobráveis encontram um elo com o mais amplo e imponente cômodo da Casa.

Seguindo o roteiro, na Sala Inglesa, Tiago Sant’Ana proporciona uma visão única ao explorar a ideia do chá das 17 horas, entrelaçando a coleção inglesa de Eva Klabin com um retrato de sua mãe desfrutando do chá. A fusão desses elementos traz um toque distintivo à sala.

Ana Hortides, nascida no Rio de Janeiro e moradora de São Paulo, explora o subúrbio carioca e suas iconografias no hall superior da Casa. No auditório, Vitória Cribb, de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, traz uma
animação afrofuturista.

Daniela Matera, Arthur Chaves e Nancy Pio Borges
Daniela Matera, Arthur Chaves e Nancy Pio Borges

 

A sala onde Eva Klabin costumava responder cartas exibe o trabalho de Talles Lopes, que explora os mapas de Goiás e a expansão do Brasil rumo ao oeste. A sala subsequente será ocupada por Felipe Rezende, da Bahia, explorando a figura
do trabalhador com obras em borracha e lona.

Arthur Chaves, de Seropédica, na Região Metropolitana, traz para o Quarto de Eva uma sua série de obras têxteis e escultura, utilizando tecidos antigos da casa. Andréa Hygino ocupa a Sala de Jantar, que empresta o nome à exposição. Sua intervenção envolve cadernos e massinha com letras do alfabeto, explorando a interseção entre educação e artes visuais.

Marina e Marcela Otterson
Marina e Marcela Otterson

 

Sobre o curador

Raphael Fonseca nasceu em 1988 no Rio de Janeiro, Brasil e vive em Denver, nos
Estados Unidos. Pesquisador da interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação, Raphael Fonseca é doutor em Crítica e História da Arte pela Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.

É curador de arte moderna e contemporânea do Denver Art Museum desde 2021. Curador-chefe da 14a Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil, em 2024. Consultor curatorial da Prospect 6, Trienal de Nova Orleans, Estados Unidos, também a ser realizada em 2024. Ao lado de Renée Akitelek Mboya, assina a curadoria da 22a Bienal
de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (São Paulo, 2023). Entre 2017 e 2020, foi curador do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Ganhou o Prêmio Marcantonio Vilaça na categoria curadoria (2015) e uma bolsa da Andy Warhol Foundation para desenvolvimento de projeto curatorial (2022).

Marta Supernova e Daniel Policarpo
Marta Supernova e Daniel Policarpo

 

Entre suas exposições, destaque para Who tells a tale adds a tail(Denver Art Museum, 2022); The silence of tired tongues (Framer Framed, Amsterdã, 2022); Raio-que-o-parta: ficções do
moderno no Brasil (Sesc 24 de Maio, São Paulo, 2022); Sweat (Haus der Kunst,
Munique, 2021); Vaivém (Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro,
Brasília e Belo Horizonte, 2019–2020); Lost and found (ICA Singapore, 2019) e A vida
renasce, sempre – Sonia Gomes (MAC Niterói, 2018). Tem textos publicados em livros,
catálogos e periódicos especializados como ArtNexus, Terremoto!, ArtReview e Folha
de S. Paulo.

Ruth Levy e Felipe Rezende
Ruth Levy e Felipe Rezende

 

Os artistas

Ana Cláudia Almeida
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1993, é artista visual baseada em New Haven,
Connecticut. É formada em Desenho Industrial pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro com graduação sanduíche em Virginia Commonwealth University, hoje
candidata ao mestrado em Artes Visuais em Pintura e Gravura na universidade de Yale,
e integrante do coletivo Trovoa. Sua investigação tem como base as linguagens da
pintura e do desenho. Trabalha elementos como tempo, ação e paisagem como
elementos do espaço. Entende as superfícies como contadoras de histórias das suas próprias vidas e de recortes de tempo específicos. A partir das ideias de natureza e artificialidade cria desdobramentos visuais distintos que compõem sistemas plásticos.

Tadáskía
Tadáskía

 

Abstrações – Casarão Arte Sesc (2022)

Ana Hortides
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1989. Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
Doutoranda em Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem
formação em Arte pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro.
Participou da Residência Pivô Arte Pesquisa, São Paulo (2022). Artista indicada ao
Prêmio PIPA (2021). Prêmio aquisição do 1o Salão de Artes em Pequenos Formatos do
Museu de Arte de Britânia, Goiás (2019).

O seu trabalho integra as coleções do Museu de Arte do Rio e do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Exposições recentes: Ana Hortides – Dona, curadoria de Ludmilla Fonseca, Galpão Cru e ArteFASAM Galeria, São Paulo (2023), Ana Hortides – Fundação, Casa Fiat de Cultura, Belo Horizonte, texto de Pollyana Quintella (2022), Cartas ao Mundo, SESC Av. Paulista, curadoria de Bia Lessa (2022), Outras Imaginações Políticas – Festival Agora,
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, curadoria de Luisa Duarte e Pollyana
Quintella (2022), Casa Carioca, Museu de Arte do Rio, curadoria de Marcelo Campos e
Joice Berth (2020-2021), Ao Ar, Livre – Projeto de Arte Pública no Brasil, Chile e México,
curadoria de Tiago de Abreu Pinto (2020-2021).

Talles Lopes
Talles Lopes

 

Caquinhos de canto, da série Casa 15, 2022 – Créditos da foto: Rudolf Kurz |

Instagram: @anahortides

Andréa Hygino
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1992. Atua como artista visual, arte-educadora e professora. É Bacharela em Artes Visuais (UERJ) e Mestra em Linguagens Visuais (PPGAV-EBA-UFRJ). Atualmente é professora substituta do Instituto de Artes da UERJ.
A artista se debruça sobre o ambiente escolar, os processos de aprendizado, adestramentos, disciplina, repetição e encontra na desobediência de estudante o lugar necessário de contestação e criação. Nos trabalhos da artista as memórias de infância – da escola criada por sua mãe que funcionava em casa – se entrelaçam às experiências do presente enquanto artista-professora/professora-artista e à condição da educação pública no Brasil.

Tiago Sant_ana e Andréa Hygino com Diogo Maia
Tiago Santana e Andréa Hygino com Diogo Maia

 

Nos últimos anos integrou exposições coletivas em espaços nacionais e internacionais de referência, como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Galeria Antônio Sibassoly (GO), Galeria Nara Roesler (Nova Iorque) e Galeria Belmacz (Londres); Foi vencedora do 3o Prêmio SeLecT de Arte e Educação (categoria Camisa Educação) e
do Prêmio FOCO ARTRio 2022. Entre dezembro (2021) e fevereiro (2022), participou de residência artística na Bag Factory Artists’ Studios e realizou uma ocupação no Wits Art Museum, em Joanesburgo, África do Sul. Em março deste ano participou de residência artística no JA.CA. Centro de Arte e Tecnologia (Nova Lima – MG).

Série Tipos de comer – Fotografias – macarrão sopa de letrinhas sobre a língua, 2022 –

Crédito: Thiéle Elissa – Instagram: @andreahygino8

Arthur Chaves
Natural do Rio de Janeiro, de 1986. Graduado em Design de Moda pela Universidade Veiga de Almeida, mestrando em Arte, Experiência e Linguagem pelo Ppgartes UERJ, sua pesquisa concilia costuras em construções de peças sem formas pré-estabelecidas, acontecendo entre: instalação, imagem, desenho e memória. Atua como artista- educador no Lapclin-Aids, INI/Fiocruz e em cursos livres.

Sem título, tecido e costura, dimensões variáveis, 2023 – Instagram @artchvs

Felipe Rezende
Nasceu em Salvador-BA, em 1994. Vive e trabalha entre Salvador, Barreiras e São
Paulo. É artista visual, formado pela Universidade Federal da Bahia. Sua pesquisa reúne
em território comum um conjunto de interesses que vão de cenas do seu cotidiano
bricoladas com referências da literatura de ficção, cinema e elementos da cultura pop.
A partir de vivências, deambulações e da catalogação de imagens, constrói arranjos
narrativos que tangem relações de classe, autoficção e conflitos políticos e
socioambientais, transitando nos interstícios entre onirismo e testemunho, ficção e
realidade. Para isso, normalmente trabalha com o desenho em papel e a pintura em
materiais que carregam “uma história”, como detritos de construções, objetos usados
ou lonas de caminhão. O artista participou de exposições coletivas como Carvão (2019)
no Museu Nacional da Cultura Afro Brasileira, Salvador, 7o Prêmio EDP nas Artes (2020)
no Instituto Tomie Ohtake (artista premiado), e Encruzilhada (2021) no Museu de Arte
Moderna da Bahia, na qual passou a integrar o acervo do museu. Exposições individuais
incluem Ladeira da Fonte (2019) na Mouraria 53, Salvador, Long is the Road (2022) na
Jack Bell Gallery, Londres e O último buritizeiro (2023) na Galeria Leme, São Paulo.

Residências selecionadas incluem o Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto
(2022), Pivô Pesquisa (2022) e Projeto URRA (2023), em Buenos Aires.

Las luces de la cartelera se ven más bonitas cuando estoy cayendo – Acrílica e óleo

sobre lona de toldo – 214 x 144 cm, 2022
Instagram: @_felipe_rezende

Jonas Arrabal
Artista visual, graduado em Teoria do Teatro pela Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (UNIRIO) e mestre em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ). Começou sua produção artística em 2012 em diferentes linguagens,
como vídeo, instalação e a escultura, em diálogo com o teatro, o cinema e a literatura.
Inicia sua pesquisa numa investigação entre a escrita e a voz, elementos que compõem
a materialidade dos seus trabalhos, para pensar num gesto escultórico, tencionando
outras formas de criação de imagem através da narrativa. Em sua pesquisa poética há
um interesse particular sobre o tempo e a memória, numa aproximação com a ecologia,

meio ambiente e a história, propondo uma reflexão sobre a transformação constante
das coisas, dos lugares e como isso nos afeta e nos permite novas percepções. Em
seus trabalhos há uma operação que transita entre a invisibilidade e a visibilidade,
transições e apagamentos concretos (conscientes ou não) numa aproximação com
elementos da natureza, opondo materiais industriais com orgânicos, propondo novas
mutações.

Humanos, inumanos, orgânicos, industriais – hélices de alumínio, cabo de aço e coral,

2023

Instagram: @jonasarrabal

Marcus Deusdedit
Vive em BH e é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Sua prática elabora
possíveis atualizações da produção do campo de arquitetura e design a partir do
deslocamento estético de seus códigos. Atualmente, tem a edição de imagem e vídeo
e a elaboração de instalações como linguagens de interesse.

Poltrona mole, Sérgio Rodrigues. Série edição limitada, 2022

Instagram: @marcusdeusdedit

Santiago Pooter
Nascido como Santiago Pooter (Porto Alegre/RS, 1995). Além de artista visual, atua
como pesquisador. Graduando em História da Arte, no Instituto de Artes Universidade
Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS. Sua pesquisa dedica-se a meditar, aprender e
produzir em torno de imagens, no intuito de desenvolver cada vez mais um olhar
consciente e participativo em torno de questões diretamente ligadas aos aspectos
socioculturais do Brasil. Suas investigações geralmente partem de pesquisas com
símbolos, códigos, formas, escritas, sons, sensações e pensamentos. A partir disso, o
artista experimenta diferentes linguagens e mídias durante o processo de criação.
Palavra, forma e movimento frequentemente estão em diálogo do seu trabalho para
versar sobre as suas origens, e as suas vivências no ambiente periférico onde cresceu.

Tipo uma dança, 2023 – Instalação site-specific (grafite, acrílica, manta plástica, telas e

fita automotiva sobre telas, linha de crochê e tubos de papelão)

Instagram: @santoculto

Tadáskía
É formada em Artes Visuais Licenciatura pela UERJ (2012-2016) e mestra em Educação
pela UFRJ (2019-2021). Seu trabalho em desenho, fotografia, instalação e têxtil mobiliza
paisagens inventadas e místicas. Por meio de sua prática, busca elaborar também as
experiências imaginativas da diáspora negra, em torno de encontros familiares e
estrangeiros.
A artista participa da Bienal de São Paulo deste ano e seus trabalhos fazem parte das
coleções do Inhotim, Museu de Arte do Rio, Institute for Studies on Latin American Art,
Instituto Cultural Çarê, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Fundación ARCO MADRI
e Fundación Canaria para El Desarrollo de La Pintura.
Realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e pelo mundo, como “noite
dia” (Sé, São Paulo, 2022), “As parecidas” (Madragoa, Lisboa, 2023) e “Rara ocellet”
(Joan Prats, Barcelona, 2023), 37o Panorama da Arte Brasileira: “Sob as cinzas, brasa”
(MAM, São Paulo, 2022), “Eros Rising: Visions of the Erotic in Latin American Art”
(ISLAA, Nova York, 2022), “JAIMES” (Triangle Asterídes, Marselha, 2022), “The Silence
of Tired Tongues” (Framer Framed, Amsterdam, 2022), “Uma história natural das ruínas”

(Pivô, São Paulo, 2021), “Hábito/habitante” e “Estopim e segredo” (EAV Parque Lage),
“Casa Carioca” (Museu de Arte do Rio de Janeiro, 2020-21), “Esqueleto” (Paço Imperial,
Rio de Janeiro, 2019-2020), entre outros. Também realizou exposições em dupla com
Leonilson (Auroras, São Paulo, 2020), com Diambe da Silva (Despina, Rio de Janeiro,
2018) e com Rebecca Sharp (Projeto Kura, São Paulo, 2022).

Linha dourada, 2012-2022, tamanho variável. Linha e ovo sobre prato

Instagram @tadaskia

Talles Lopes

É artista e arquiteto graduado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Vive e
trabalha em Anápolis, cidade do interior de Goiás situada entre as cidades planejadas
de Goiânia e Brasília. Partindo da revisão de arquivos, atlas, projetos arquitetônicos e
catálogos de exposições, o artista vem se dedicando a investigar a paisagem construída
na periferia do pensamento moderno no Brasil, bem como as suspeitas relações entre
o imaginário de modernidade e as heranças coloniais.
Participou de mostras como a 12a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
(2019), a exposição “Histórias Brasileiras” (2022) no MASP – Museu de Arte de São

Paulo, além da mostra “Concretos” (2022) no TEA – Tenerife Espacio de las Artes
(Espanha), também foi contemplado pelo Prêmio EDP nas Artes (2020), realizado no
Instituto Tomie Ohtake. oi artista residente no ateliê El Despacho em Tenerife (2021) e
na Fundação Delfina em Londres (2022).

Antropofagia. Aquarela e nanquim sobre papel. 56 x 76 cm, 2023

Instagram: @talleslopes_

Tiago Sant’Ana

Nasceu em Santo Antônio de Jesus, 1990. Artista visual, curador e doutor em Cultura e
Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. É curador adjunto 14a Bienal do

Mercosul. Seus trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-
brasileiras, entendendo as dinâmicas que envolvem a produção da história e da

memória. Foi premiado com a Bolsa de fotografia ZUM do Instituto Moreira Salles
(2021), laureado com o Soros Arts Fellowship (2020), vencedor do Prêmio Foco ArtRio
(2019) e um dos indicados ao Prêmio Pipa (2018, 2023). Participou de exposições

nacionais e internacionais como “Histórias brasileiras” (2022) e “Histórias afro-
atlânticas” (2018), no MASP, “Enciclopédia negra” (2021), na Pinacoteca de São Paulo,

“Um defeito de cor” (2022) e “O Rio dos Navegantes” (2019), no Museu de Arte do Rio,
“Axé Bahia: The power of art in an afro-brazilian metropolis” (2017), no The Fowler
Museum e “Reply All” (2016), na Grosvenor Gallery UK. Suas obras fazem parte de
acervos como os do MASP – Museu de Arte de São Paulo, Denver Art Museum,
Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte do Rio, Museu de Arte Moderna da Bahia e
Instituto Moreira Salles.

Sete Luas – Acrílica sobre tela – 120 x 120, 2022
Instagram @tiagosantanaarte

Vitória Cribb
É formada pela Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio
de Janeiro. Filha de pai haitiano e mãe brasileira, Vitória Cribb cria e experimenta
através de narrativas digitais e visuais que permeiam técnicas como: animações e
desenvolvimento de imagens CGI, realidade aumentada e ambientes imersivos para
web. A artista utiliza o ambiente digital como meio para explicitar suas investigações e

reflexões atravessadas pelo seu subconsciente enquanto investiga o comportamento
social perante o desenvolvimento de novas tecnologias visuais de informação, na
sociedade contemporânea. A transposição do seu pensamento através da
imaterialidade presente no digital são pontos centrais nas obras desenvolvidas pela
artista nos últimos anos.
Em 2022 foi nomeada e premiada pelo Prêmio Pipa – Relevante prêmio de Arte
Contemporânea Brasileira. No mesmo ano, Cribb foi nomeada para o Prêmio CIFO-Ars
Electronica, um prêmio com foco em artistas Latino Americanos, organizado pela
Fundação Cisneros Fontanals (CIFO) e a Instituição Ars Electronica. Entre as
exposições destacam-se: CHAOS: CALM (Bangkok Art Biennale, 2022); Who Tells a
Tale Adds a Tail (Denver Art Museum, 2022); Perfect Body (Esc Medien Kunst Labor,
Graz, Austria); The Silence of Tired Tongues (Framer Framed, Amsterdam, 2022); Hotel
Blue (Vellum LA, Los Angeles, 2022); Oh I Love Brazilian Women (Apexart, New York,
2022); Futuração (Galeria Aymoré, Rio de Janeiro, 2021); Disembodied Behaviors (
bitforms gallery, New York , 2020); The Brazil that I Want (Centre d’Art Contemporain
Genève, online, 2020); Começo de Século (Galeria Jaqueline Martins, São Paulo, 2019).

Vitoria Cribb – VE1_VCRIBB_STILL1

A Casa Museu Eva Klabin

A Casa Museu Eva Klabin abriga a coleção reunida por Eva Klabin, um dos mais
importantes acervos de arte clássica dos museus brasileiros, contando com mais de
duas mil peças que cobrem um arco de tempo de quase 50 séculos, do Egito Antigo ao

Impressionismo. A coleção está em exposição permanente e aberta ao público na casa-
museu instalada na residência em que a colecionadora viveu por mais de 30 anos e

abrange pinturas, esculturas, mobiliário e objetos de arte decorativa. A Casa que abriga
o Museu foi uma das primeiras residências da então recém-urbanizada Lagoa Rodrigo
de Freitas, e desde a sua abertura ao público, em 1995, tem oferecido programação
cultural variada, que inclui, além das visitas ao acervo, atividades como concertos e
shows, oficinas, cursos, conferências e exposições temporárias.
http://evaklabin.org.br | IG @evaklabinoficial

Serviço:
De 16 de setembro a 19 de novembro
Abertura: 16 de setembro, das 17h às 21h
Visitação: quarta a domingo, das 14h às 18h.
Gratuito
Quarta a domingo: 14h às 18h, última entrada às 17:30h
Segunda e terça: fechado | Livre e gratuito
Casa Museu Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa, 2480 | Lagoa | Rio de Janeiro |RJ
(21) 3202-8550 | cultura@evaklabin.org.br

Voltar para a home aqui