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Depois de mais de duas décadas ausente, com o Patrocínio Oficial Petrobras, La Traviata, de Giuseppe Verdi, está de volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A ópera baseada em “A Dama das Camélias”, romance e peça teatral de Alexandre Dumas Filho, narra a história de Violetta Valery, famosa cortesã parisiense que se apaixona por um jovem estudante. É uma das óperas mais queridas do público. Após o sucesso da estreia, a temporada segue em datas variadas: domingo, 19 de novembro, às 17h, e nos dias 23, 24 e 25, às 19h, sendo que a última récita, em 26 de novembro, será às 17h.

“São 22 anos de espera para recebermos novamente esse grande espetáculo no palco do Municipal. Desde 1974 nenhum brasileiro dirigiu essa ópera no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e agora temos a oportunidade de receber uma nova versão de André Heller-Lopes. O TMRJ, com o Patrocínio Oficial Petrobras, mais uma vez abre suas portas para que você possa se emocionar junto com a gente!” – convida Clara Paulino, presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

“É uma alegria programar La Traviata, um título tão querido e pedido pelo público e artistas da casa, que ficou tanto tempo fora das temporadas do TMRJ. Com uma equipe de primeiríssima, podemos oferecer seis apresentações, com três elencos distintos. Com Traviata fechamos um ciclo de seis títulos operísticos neste ano – um em concerto e cinco montagens. Que este número cresça bastante em 2024!” – complementa o diretor artístico do Theatro Municipal, Eric Herrero.

La Traviata
Ludmilla Bauerfeldt no papel de Violetta

 

Interessa-me o fato de a ópera tratar do universo da alta prostituição e seus conflitos com uma moral religiosa; no entanto, é na cortesã que está o amor, enquanto que a morte vem pelas mãos das imposições de uma sociedade moralista que pretende tomar para si a palavra divina. Ambos os temas permanecem atuais em nosso mundo — e arrisco dizer que assim continuarão por muitos anos futuros, infelizmente. Seja no século XIX ou num futuro distópico, La Traviata mantém-se contemporânea” – ressalta o Diretor Cênico da ópera, André Heller- Lopes.

Na concepção de Heller, não se trata de um acaso que o título inicialmente previsto por Verdi e Piave para a ópera La Traviata seja “Amore e morte”. Para o diretor cênico, esses dois elementos permeiam toda concepção do espetáculo, enlaçados pelo tema onipresente: o curso inexorável do tempo. 

Ludmilla Bauerfeldt no papel de Violetta

 

La Traviata está de volta ao Theatro Municipal RJ depois de mais de 20 anos

A montagem de La Traviata está cheia de novidades. O cenário, por exemplo, é representado por um espaço dominado por estruturas em ferro fundido, remetendo à influência francesa, muito presente na arquitetura do Rio. Isso é apenas um spoiler do que está sendo apresentado. As récitas acontecem nos dias 19, 23, 24, 25 e 26.

No dia 23, haverá uma atividade educativa voltada para 260 pessoas, entre refugiados da Cáritas Brasileira, estudantes da UERJ, FAETEC e idosos, que serão convidados para assistir à récita. Antes de cada apresentação, é realizada uma palestra gratuita no Salão Assyrio, com a presença de um intérprete de Libras. Há lugares especiais para portadores de deficiência física e idosos, rampas de acesso, elevadores e banheiros adaptados. Legendagem e audiodescrição.

Ficha Técnica:

Ludmilla Bauerfeldt, Laura Pisani e Michele Menezes, Matheus Pompeu, Ricardo Gaio e Ivan Jorgensen, Lício Bruno e Vinicius Atique.

Cenário: Renato Theobaldo

Figurinos: Marcelo Marques

Iluminação: Gonzalo Córdova

Coreografias: Bruno Fernandes e Mateus Dutra

Direção musical e regência: Luiz Fernando Malheiro

Concepção e direção cênica: André Heller-Lopes

Diretor Artístico do TMRJ: Eric Herrero